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O câncer de pele é o mais frequente no Brasil, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados. O melanoma representa 4% desses tumores e é considerado grave, pois tem grandes chances de metástase. Apesar disso, como alguns outros tipos de câncer, tem um prognóstico muito positivo de cura se diagnosticado no início. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), anualmente 134.170 novos casos de câncer de pele são diagnosticados. No último levantamento oficial, em 2013, foram registradas 1.802 mortes em decorrência da doença no país.
O melanoma cutâneo não é o mais comum, mas é considerado o tipo de câncer de pele mais grave, pois possui alta possibilidade de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos. Tem origem nas células responsáveis pela produção de melanina, que dão cor à pele.
É mais comum em adultos depois dos 40 anos. Pessoas com pele clara, olhos azuis, cabelos loiros e ruivos são mais suscetíveis. Crianças e adolescentes também podem desenvolver a doença, mas esses casos são relacionados a pintas de nascença com mais de 20 cm (nevos melanocíticos congênitos tipo gigante).
Pintas e manchas com bordas irregulares, que podem coçar e descamar, são os principais sintomas do melanoma cutâneo. Essas alterações podem ocorrer em pintas que já existem, ou podem surgir novas pintas já com essas características.
Também fique atento para:
As pintas que apresentam qualquer tipo de modificação ou que estejam coçando devem ser analisadas com um dermatoscópio – aparelho que faz uma microscopia na superfície da pele e auxilia no diagnóstico do melanoma. As pintas suspeitas serão retiradas cirurgicamente ou submetidas a uma biópsia ( retirada de um fragmento da lesão ) e o material será encaminhado para exame anátomopatológico pelo médico patologista.
O tratamento mais indicado é o cirúrgico. Mas a radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas. Quando o câncer já se espalhou para outros órgãos, o melanoma se torna incurável, e o tratamento passa a ser paliativo. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são tão importantes no caso do melanoma cutâneo.