Edging, tab-jumping e mais: Pesquisadores identificam características do vício em pornografia | IDOR – Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino array(63) { ["SERVER_SOFTWARE"]=> string(6) "Apache" ["REQUEST_URI"]=> string(107) "/instituto/idoredging-tab-jumping-e-mais-pesquisadores-identificam-caracteristicas-do-vicio-em-pornografia/" ["PHP_PATH"]=> string(24) "/opt/bitnami/php/bin/php" ["FREETDSLOCALES"]=> string(0) "" ["FREETDSCONF"]=> string(0) "" ["OPENSSL_ENGINES"]=> string(31) "/opt/bitnami/common/lib/engines" ["OPENSSL_CONF"]=> string(39) "/opt/bitnami/common/openssl/openssl.cnf" ["SSL_CERT_FILE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["CURL_CA_BUNDLE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["LDAPCONF"]=> string(42) "/opt/bitnami/common/etc/openldap/ldap.conf" ["GS_LIB"]=> string(43) "/opt/bitnami/common/share/ghostscript/fonts" ["MAGICK_CODER_MODULE_PATH"]=> string(60) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/modules-Q16/coders" ["MAGICK_CONFIGURE_PATH"]=> string(73) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/config-Q16:/opt/bitnami/common/" ["MAGICK_HOME"]=> string(19) "/opt/bitnami/common" ["PATH"]=> string(260) "/opt/bitnami/apps/wordpress/bin:/opt/bitnami/varnish/bin:/opt/bitnami/sqlite/bin:/opt/bitnami/php/bin:/opt/bitnami/mysql/bin:/opt/bitnami/letsencrypt/:/opt/bitnami/apache2/bin:/opt/bitnami/common/bin:/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin" ["USER"]=> string(6) "daemon" ["HOME"]=> string(9) "/usr/sbin" ["SCRIPT_NAME"]=> string(10) "/index.php" ["QUERY_STRING"]=> string(0) "" ["REQUEST_METHOD"]=> string(3) "GET" ["SERVER_PROTOCOL"]=> string(8) "HTTP/1.0" ["GATEWAY_INTERFACE"]=> string(7) "CGI/1.1" ["REDIRECT_URL"]=> string(107) "/instituto/idoredging-tab-jumping-e-mais-pesquisadores-identificam-caracteristicas-do-vicio-em-pornografia/" ["REMOTE_PORT"]=> string(5) "58885" ["SCRIPT_FILENAME"]=> string(44) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs/index.php" ["SERVER_ADMIN"]=> string(15) "[email protected]" ["CONTEXT_DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["CONTEXT_PREFIX"]=> string(0) "" ["REQUEST_SCHEME"]=> string(4) "http" ["DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["REMOTE_ADDR"]=> string(12) "54.233.9.234" ["SERVER_PORT"]=> string(2) "80" ["SERVER_ADDR"]=> string(11) "172.26.1.14" ["SERVER_NAME"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SERVER_SIGNATURE"]=> string(0) "" ["LD_LIBRARY_PATH"]=> string(410) "/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/varnish/lib:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish/vmods:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/common/lib64" ["HTTP_CDN_LOOP"]=> string(19) "cloudflare; loops=1" ["HTTP_CF_CONNECTING_IP"]=> string(11) "18.97.14.86" ["HTTP_ACCEPT_LANGUAGE"]=> string(14) "en-US,en;q=0.5" ["HTTP_ACCEPT"]=> string(63) "text/html,application/xhtml+xml,application/xml;q=0.9,*/*;q=0.8" ["HTTP_USER_AGENT"]=> string(40) "CCBot/2.0 (https://commoncrawl.org/faq/)" ["HTTP_CF_VISITOR"]=> string(22) "{\"scheme\":\"https\"}" ["HTTP_CF_RAY"]=> string(20) "942c29f84e69e5b2-GRU" ["HTTP_ACCEPT_ENCODING"]=> string(8) "gzip, br" ["HTTP_CF_IPCOUNTRY"]=> string(2) "US" ["HTTP_TRUE_CLIENT_IP"]=> string(11) "18.97.14.86" ["HTTP_X_AMZN_TRACE_ID"]=> string(40) "Root=1-682c82ef-6b862ff43990f0fa314e4e34" ["HTTP_X_FORWARDED_PORT"]=> string(3) "443" ["HTTP_CONNECTION"]=> string(5) "close" ["HTTP_X_FORWARDED_PROTO"]=> string(4) "http" ["HTTP_X_FORWARDED_FOR"]=> string(40) "18.97.14.86, 172.69.39.61, 10.247.45.216" ["HTTP_X_REAL_IP"]=> string(13) "10.247.45.216" ["HTTP_X_FORWARDED_HOST"]=> string(25) "www.rededorsaoluiz.com.br" ["HTTP_HOST"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SCRIPT_URI"]=> string(127) "http://54.225.48.228/instituto/idoredging-tab-jumping-e-mais-pesquisadores-identificam-caracteristicas-do-vicio-em-pornografia/" ["SCRIPT_URL"]=> string(107) "/instituto/idoredging-tab-jumping-e-mais-pesquisadores-identificam-caracteristicas-do-vicio-em-pornografia/" ["REDIRECT_STATUS"]=> string(3) "200" ["REDIRECT_SCRIPT_URI"]=> string(127) "http://54.225.48.228/instituto/idoredging-tab-jumping-e-mais-pesquisadores-identificam-caracteristicas-do-vicio-em-pornografia/" ["REDIRECT_SCRIPT_URL"]=> string(107) "/instituto/idoredging-tab-jumping-e-mais-pesquisadores-identificam-caracteristicas-do-vicio-em-pornografia/" ["FCGI_ROLE"]=> string(9) "RESPONDER" ["PHP_SELF"]=> string(10) "/index.php" ["REQUEST_TIME_FLOAT"]=> float(1747747567.9125) ["REQUEST_TIME"]=> int(1747747567) }

Edging, tab-jumping e mais: Pesquisadores identificam características do vício em pornografia

Edging, tab-jumping e mais: Pesquisadores identificam características do vício em pornografia

Estudo classificou comportamentos do uso problemático da pornografia com base em informações de mais de 2 mil homens que consomem o conteúdo 

 

A tecnologia digital, e principalmente a Internet, transformou a maneira como trabalhamos, estudamos, socializamos e nos entretemos. Com o aumento do tempo de tela em todo o mundo, há também o aumento da discussão pública e científica sobre os perigos dos comportamentos digitais potencialmente viciantes.  

Um desses comportamentos controversos é o consumo de pornografia na Internet. Um estudo publicado na revista Addictive Behaviors e realizado por pesquisadores da Universidade australiana de Monash, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), investiga os aspectos problemáticos desse uso, especialmente em homens. 

 

Classificando o Uso Problemático da Pornografia como Transtorno 

O uso problemático da pornografia (UPP) é caracterizado pela dificuldade em controlar o consumo de pornografia, mesmo quando o indivíduo reconhece consequências adversas de seu comportamento. Dados de 2018 revelam que, no Brasil, mais de 10% da população assumiu consumir pornografia, sendo 76% do sexo masculino. Nos Estados Unidos, esse percentual comporta a estimativa de uso problemático da pornografia, com 11% dos homens e 3% das mulheres se declarando viciados no conteúdo. 

Considerando que o problema afeta mais homens que mulheres e que as nuances psicológicas entre os dois gêneros são distintas, a atual pesquisa coletou dados de mais de 2 mil homens para entender seu uso da pornografia na Internet, examinando os comportamentos que podem intensificar esse consumo e escalonar para o vício. 

 

Entendendo o UPP através do público consumidor de pornografia 

Entender e criar terapias bem direcionadas para o UPP ainda são desafios científicos e clínicos, pois não há consenso sobre a classificação do problema como um transtorno de comportamento sexual compulsivo ou como uma das dependências relacionadas à Internet. 

Buscando contribuir com a investigação e classificação do UPP, os pesquisadores exploraram as conexões entre vários indicadores de intensidade, como tolerância qualitativa e quantitativa, maratonas pornográficas (binges), atraso deliberado do orgasmo (edging) e mudança frequente entre estímulos, como a abertura de diferentes janelas de pornografia durante o consumo (tab-jumping). A amostra foi composta por homens que haviam consumido pornografia na Internet pelo menos uma vez nos últimos doze meses, recrutados através de plataformas on-line nos Estados Unidos e no Reino Unido. 

A metodologia do estudo incluiu a aplicação de um questionário medindo dificuldades como a de reduzir o uso de pornografia e de resistir à impulsividade, além de avaliar a busca por pornografia para lidar com emoções fortes. Além disso, foram medidos comportamentos específicos: maratonas pornográficas (binges) foram definidas como sessões de pelo menos duas horas e/ou envolvendo múltiplos orgasmos; edging foi avaliado com a pergunta “Com que frequência você atrasa o clímax para prolongar a sessão?”; e tab-jumping foi medido perguntando “Com que frequência você muda para novos estímulos durante uma sessão?”. 

 

Resultados do Estudo 

Os resultados do estudo mostraram que o aumento do tempo gasto com pornografia para satisfazer as necessidades estava fortemente ligado a outros indicadores de intensidade estabelecidas no UPP, como a dificuldade de controlar a impulsividade. Isso sugere que o aumento do engajamento, junto com o prazer diminuído que ocorre após a exposição contínua, podem ser características importantes do problema. A pesquisa também identificou que as maratonas pornográficas, o tab-jumping e o edging são relevantes para entender o UPP.  

Os autores destacaram que o UPP parece estar menos relacionado a transtornos sexuais off-line, como o vício em sexo, do que com o uso problemático da Internet, uma vez que a novidade sexual digitalmente mediada se mostrou fator central nos padrões de uso investigados.  

Além disso, os resultados indicam que a tolerância adquirida pelos conteúdos pornográficos pode atuar como um intermediário para comportamentos intensivos de uso de pornografia e perda de controle comportamental.  O estudo estabeleceu relações entre o tab-jumping e o edging como sinais importantes que concordam com a ideia de que indivíduos com UPP podem buscar cada vez mais novidades sexuais enquanto usam pornografia. 

 

Alvos terapêuticos e perspectivas no enfretamento ao vício em pornografia 

Este estudo foi pioneiro em quantificar comportamentos específicos como maratonas pornográficas (binges), atraso deliberado do clímax (edging) e mudança frequente entre estímulos (tab-jumping) no UPP. Mensurar esses aspectos em uma população é um esforço que pode auxiliar intervenções clínicas e autoguiadas. A pesquisa também sugere que a tolerância ao conteúdo pode ser um alvo potencial para intervenções, dado seu papel de mediação entre o uso intensificado de pornografia, que estimula os usuários a gastar mais tempo na atividade e buscar vídeos mais intensos.  

O atual estudo oferece novas perspectivas sobre os comportamentos que podem intensificar o uso problemático de pornografia e propõe novas direções para intervenções clínicas e futuras investigações científicas. A compreensão desses comportamentos pode ajudar a desenvolver estratégias mais eficazes para abordar o UPP e suas consequências na saúde mental de jovens e adultos. 

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu. 

09.05.2025

Conteúdo Relacionado
Fale com a gente.