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Evolução, Cultura e Autoconhecimento: Por Que o estudo da Personalidade Humana é Tão Importante?

Evolução, Cultura e Autoconhecimento: Por Que o estudo da Personalidade Humana é Tão Importante?

Liderada pelo Dr. Ronald Fischer no IDOR, linha de pesquisa sobre personalidade humana envolve desde estudos evolutivos até intervenções de saúde mental

Na área de Neurociências, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) é amplamente reconhecido por pesquisas envolvendo patologias, desde malformações a doenças adquiridas.  A compreensão das doenças, porém, não é o único foco da área, que também se compromete com pesquisas teóricas e evolutivas sobre a mente humana. Entender por que existem determinados sentimentos, ou como o cérebro reage à música, ao café, ou a paixões esportivas são alguns dos muitos temas estudados no Instituto. Entre eles, uma das linhas de maior destaque é a que estuda a personalidade humana de forma holística, buscando entender sua relação com fatores culturais, demográficos e socioeconômicos. 

Quando falamos em personalidade, provavelmente o que nos vem primeiro à mente são características pessoais, como a forma de se expressar e o temperamento. Podemos ainda pensar por uma vertente mais cultural, encontrando as diferenças entre brasileiros e japoneses, por exemplo, ou até mais esotérica, relacionando-a com crenças e religiões. Na visão comum, a personalidade é quase um axioma do ser, mas não pensamos geralmente sobre o quanto da personalidade é uma construção cultural, ou o quanto dela está condicionado ao ambiente externo e o quanto é inato a todos os humanos. 

Essas são algumas ponderações que ciências como a Antropologia e a Psicologia buscam investigar. Algumas linhas de entendimento sugerem que a personalidade pode não existir em todas as culturas, enquanto outras afirmam que ela se desenvolve dentro de limites comuns a todas as pessoas, independentemente da sociedade em que vivem. “A posição do nosso grupo de pesquisa está no meio desses polos. Entendemos que os traços da personalidade resultam de funções históricas, socioeconômicas e culturais, mas conseguimos analisar a trajetória desse desenvolvimento e definir contextos em que a personalidade vai ter uma estrutura mais complexa ou mais simples. E isso não quer dizer melhor ou pior, apenas que cada meio-ambiente vai demandar uma constelação de traços própria. Afinal, a personalidade é uma característica psicológica que auxilia as pessoas a se ajustarem ao ambiente em que vivem, e, por isso, não é surpreendente que diferentes ambientes possam refletir constelações de personalidade distintas”, explica o cientista comportamental, Dr. Ronald Fischer, que lidera a linha de pesquisa sobre personalidade humana no IDOR, e já publicou diversos artigos e livros sobre o tema. 

Sua publicação mais recente, um artigo no periódico Current Research in Ecological and Social Psychology, tratou novamente deste assunto ao interpretar se a pandemia de covid-19 haveria causado efeitos de personalidade equiparáveis em diferentes populações de 16 países. Esses grupos foram avaliadas por meio de um questionário adaptado às suas línguas e culturas. Mesmo adaptado, foi observada bastante variabilidade na qualidade dos dados, além de variações no quadro da personalidade.  

Segundo o pesquisador, não ter uma qualidade equiparável entre as respostas não reflete em uma má qualidade da pesquisa. Na realidade, o questionário utilizado é amplamente aplicado em diversas outras pesquisas populacionais, mas não encontrar o resultado esperado desta vez abriu espaço para reavaliar a própria metodologia desse tipo de estudo. “Não é um problema de tradução do questionário que faz com que as respostas tenham qualidades diferentes. Existem fatores socioeconômicos e demográficos que influenciam na qualidade das respostas, e na segunda parte do artigo buscamos entender que fatores são esses”, explica. 

O estudo empregou análises estatísticas complexas – como o método bayesiano, considerado padrão-ouro nesse tipo de pesquisa – para entender por quais características devemos limitar um nicho populacional em uma pesquisa de personalidade, tendo em vista que a divisão por países não trouxe dados de qualidade equiparáveis.  

A descoberta foi que a expectativa de vida era um fator que agrupava resultados de qualidade equiparáveis entre populações similares, já o outro aspecto destacado para essas divisões foi a complexidade econômica da sociedade onde é realizada o teste. “Em populações em que há maior diversidade de estilos de vida, de profissões etc., nota-se que as personalidades geralmente apresentam maior variedade de traços, e isso também reflete na maneira pela qual as pessoas respondem aos questionários. A complexidade econômica de uma sociedade diz mais sobre a qualidade das respostas do que as condições econômicas individuais das pessoas que vivem nela. Outras pesquisas no passado focaram mais na renda e fatores macroeconômicos com o PIB. Essa observação de que a complexidade econômica teve esse efeito é bem interessante e confirma teorias recentes originando dentro da antropologia”, resume Fischer, ressaltando que o ideal é que cada questionário seja afinado especificamente para o nicho analisado, em contrapartida à aplicação de um mesmo questionário para diversas populações. 

Mas a metodologia dos estudos de personalidade não é o principal foco do grupo de pesquisa liderado pelo cientista. O Dr. Ronald Fischer conduziu diferentes estudos para entender a relação entre cultura e personalidade, e sua interferência mútua. Em uma de suas publicações analisou a narrativa de Gilgamesh, uma epopeia mesopotâmica que representa uma das primeiras obras da literatura humana, e a forma como ela era descrita ao longo de milênios. A análise revelou que a narrativa e os personagens adquiriam mais complexidade ao longo dos anos, espelhando modelos de personalidade mais próximos com as personalidades das pessoas de cada época.  

Mas por que estudar a personalidade? 

Na Psicologia, área de graduação de Fischer, essa pergunta é essencial para aprimorar o entendimento dos chamados transtornos de personalidade, oferecendo diagnósticos e tratamentos mais efetivos, mas o pesquisador não se limita ao interesse clínico. “Estudar a personalidade é estudar a evolução, entender de onde viemos. A mente humana é muito flexível, mas não é sem fronteiras”, comenta o pesquisador. 

O interesse por diferentes culturas e personalidades acompanham o cientista desde o início de sua vida profissional. Crescendo na República Democrática Alemã sob a ditadura socialista, a inexistência de liberdade de deslocamento o manteve longe da diversidade cultural até a queda do muro de Berlim e posterior dissolução da chamada Alemanha Oriental, em 1990. O pesquisador aproveitou a oportunidade histórica para fazer um mestrado na Inglaterra. “Na época não tinha internet, as coisas não eram facilmente acessíveis. Tive que pedir os livros na biblioteca local para escrever meu projeto e concorrer a uma bolsa de estudos. Chegaram depois de alguns meses e eram todos em inglês. Foi difícil, porque eu ainda não falava na época”, reconta a história, agora em português fluente. 

Após o mestrado e doutorado no Reino Unido, Fischer foi lecionar psicologia social e psicologia organizacional na Nova Zelândia, na Victoria University of Wellington, à qual segue associado como pesquisador até os dias atuais.  

Sua história com o IDOR se inicia cerca de nove anos atrás, quando vem ao Brasil participar de um congresso evolucionista e compartilha os seus interesses de pesquisa com dois neurocientistas do IDOR presentes na reunião. Eles então o apresentam ao Dr. Jorge Moll Neto, fundador do Instituto e neurocientista com grande interesse pela evolução da mente humana. “Ele me pediu para mostrar minhas pesquisas. Voltei no outro dia com um powerpoint e passamos a tarde inteira conversando sobre isso. E estou aqui desde então”, compartilha o pesquisador, acrescentando que ainda tem muito o que desenvolver em pesquisas junto ao IDOR. 

Em seu projeto mais recente, Fischer lidera pelo IDOR uma plataforma online de autoconhecimento. Recém-inaugurada, ela conta com testes de personalidade on-line, gratuitos e abertos à população. A ideia é fornecer a oportunidade de autoconhecimento para as pessoas, pois isso permite maior controle de situações como estresse e ansiedade, além de coletar dados para a realização de pesquisas populacionais sobre a personalidade de diversos nichos brasileiros. Os questionários passaram por inúmeros testes e foram feitos especialmente para o público do Brasil, oferecendo ainda resultados personalizados para cada um dos participantes. A plataforma é mais uma iniciativa que integra o apoio e a pesquisa em saúde mental do IDOR, e é precedida pelo Portal IDOR de Saúde Mental, que foi criado durante o pico da pandemia de covid-19 e oferece até hoje conteúdos e atividades regulares, que são apresentadas por profissionais de saúde para controle de sintomas de ansiedade e depressão. 

Não deixe de conferir os questionários da plataforma para ampliar seus conhecimentos sobre si e utilizar esses recursos para aumentar seu bem-estar ou evoluir em questões como foco e regulação emocional. Clique no link abaixo para começar! 
https://jornada.idor.org/  

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu. 

01.09.2023

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