O desafio de garantir a segurança de estudantes e pacientes traz novos desafios à formação dos futuros profissionais.
O contexto atual nos pede ainda mais atenção para a formação dos profissionais da saúde e renova as discussões sobre o modelo ideal. Nessa linha, o periódico científico Journal of American Medical Association publicou um artigo de opinião de Suzanne Rose, da Escola de Medicina da Pensilvânia, que aborda muitos aspectos válidos também para o Brasil. Ela acredita que o futuro do ensino médico pode ter sido modificado para sempre. A pandemia traz as questões que incluem a segurança do paciente em ambiente hospitalar, mas também do corpo médico, incluindo estudantes de medicina, para que não haja aumento da contaminação.
A educação médica vem se modificando rapidamente nos Estados Unidos, incorporando tecnologias, estimulando o aprendizado individual e o trabalho em equipe, de forma a promover cada vez mais o ensino individualizado e interpessoal. Nas faculdades de medicina, nos últimos 18 meses de curso, a presença física de estudantes no ambiente hospitalar, em modelos de internato, faz com que as imersões tragam experiência clínica relevantes para os futuros profissionais da saúde. No entanto, o distanciamento social que se impõe, enquanto esperamos um remédio efetivo ou uma vacina para enfrentar a Covid-19, já está mudando a configuração do ensino médico.
Em resposta à epidemia do novo coronavírus, os programas de medicina rapidamente se aumentaram as aulas online. Os grupos criados no início do curso, que antes tinham encontros presenciais, agora têm reuniões virtuais; e a nova modalidade deste ensino precisará de avaliações de resultado, futuramente. Rose pontua que a transição do ambiente hospitalar para o estudo em casa traz isolamento e a dificuldade de separar trabalho de lazer, entre outros pontos. Existe ainda um comprometimento do papel que os estudantes de medicina desempenham no universo da saúde – eles são parte de um time, aprendizes que demandam supervisão. E se em outras situações de crise tiveram a chance de colaborar, nesta epidemia foram excluídos pelo risco de se contaminarem ou contaminarem os pacientes. Ademais, alguns pontos contribuem para que haja ausência do estudante na clínica, como a falta de testagem, menos cirurgias e consultas, além da implementação do teleatendimento em saúde.
Um dos pontos futuros importantes é que haja reconsideração de uma premissa que valia até o início da pandemia do novo coronavírus: a saúde do paciente está acima da saúde do corpo médico. A partir de agora, médicas e médicos que atuam em ambiente hospitalar precisam garantir sua saúde, pois do contrário, podem contaminar aqueles de quem cuidam. Por fim, Suzanne Rose traz alguns pontos que podem ser incorporados à formação médica a partir de agora, como a telemedicina e protocolos de pesquisa adaptados. Para esses novos obterem sucesso, é preciso que estudantes e professores trabalhem juntos, assim novos currículos e práticas serão postos em prática de forma efetiva na capacitação de médicas e médicos futuros.
Escrito por Luiza Mugnol Ugarte
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