Juntamente com o RT-PCR, testes de anticorpos ajudam a detectar presença do novo coronavírus.
Em época de pandemia, a testagem se faz obrigatória para que governos planejem com segurança e responsabilidade a saída do isolamento. Já abordamos em outro texto como o teste de RT-PCR pode auxiliar no diagnóstico do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Hoje, abordaremos o teste sorológico, que também é peça-chave nos diagnósticos durante a pandemia por ser capaz de informar qual parcela da população já foi contaminada.
Os anticorpos, também conhecidos como imunoglobulinas, são proteínas sintetizadas por nosso sistema imunológico para proteger o sangue de invasores microscópicos como vírus, bactérias e toxinas. Existem diferentes tipos de anticorpos, cada uma com uma função. No caso de infecções, como a causada pelo novo coronavírus, as principais imunoglobulinas ativadas são a IgM e a IgG, pois agem em conjunto para a proteção imediata e a longo prazo contra esse tipo de invasão.
Diferente do teste RT-PCR, que normalmente usa amostras de saliva e pode detectar o vírus logo após a contaminação, o teste de anticorpos normalmente utiliza amostras sanguíneas, e a presença dos anticorpos para o vírus investigado geralmente é detectada duas semanas depois da coleta. Mas, pesquisadores recentemente desenvolveram um método que identifica níveis de IgM e IgG em 15 minutos, para a testagem de infecção por SARS-CoV-2 em suas diferentes fases.
O intervalo de tempo para que os anticorpos sejam, mais ou menos, produzidos é chamado de seroconversão. Nesse período, um anticorpo específico se desenvolve como resposta a um antígeno – substância estranha ao organismo – e se torna detectável no soro. Quando fazemos exame de sangue, o soro é o plasma sanguíneo sem fibrinogênio – proteína essencial para a formação de coágulos sanguíneos -, que foi liberado após a coagulação do sangue.
Assim, temos o coronavírus detectável em amostras do trato respiratório via RT-PCR, enquanto no sangue conseguimos medir a presença de anticorpos IgM e IgG de forma acurada. Pesquisadores mostram que para a infecção por SARS-CoV-2 o IgG se mantém em altos níveis após a infecção, e o IgM aumenta em média durante 1 semana, mas diminui 4-5 semanas após o início da doença. Com tais medidas, aplicadas conjuntamente, podemos entender quem está contaminado e quem esteve, e considerar que estes últimos indivíduos possivelmente estarão imune por um curto período de tempo, como meses ou semanas.
É necessário ter cuidado ao pensar no tempo que dura a imunidade da população para SARS-CoV-2, pois há risco de reinfecção. Ainda é muito cedo para afirmar o tempo que, e se, as pessoas ficarão imunes ao novo coronavírus, principalmente considerando que nas próximas semanas estaremos chegando ao pico de contágio e, infelizmente, de mortes no Brasil. Por isso, a melhor maneira de se manter imune é ficar em casa, para aquele que podem.
Escrito por Luiza Mugnol Ugarte
Quer receber as notícias do IDOR pelo WhatsApp? Clique aqui, salve o nosso número e mande uma mensagem com seu nome completo. Para cancelar, basta pedir!
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |