Entre os projetos contemplados está o da pesquisadora do IDOR Dra. Renata Colombo Bonadio. O objetivo do seu estudo é identificar pacientes com câncer de mama triplo-negativo que possam se beneficiar de terapias menos agressivas, porém eficazes. Segundo a pesquisadora, os resultados esperados têm potencial para melhorar a abordagem terapêutica de forma mais personalizada: “Ao identificar com maior precisão quais pacientes respondem bem ao tratamento inicial, é possível reduzir a exposição desnecessária a quimioterapias intensivas, diminuindo efeitos colaterais e melhorando a qualidade de vida, sem comprometer a eficácia terapêutica.”
Outro projeto premiado foi o do Dr. José Bines, também do IDOR, que busca esclarecer o impacto dos novos tratamentos no câncer de mama triplo-negativo. “Nosso estudo tem dois objetivos principais”, explica. “Primeiro, avaliar como os novos tratamentos influenciam os resultados para as pacientes — carboplatina e pembrolizumabe antes e capecitabina após a cirurgia”. Por outro lado, se propõe analisar as características da doença residual no momento da cirurgia e como esses aspectos podem orientar as terapias pós-operatórias. “Essa é uma área com poucas informações. Continuamos a tratar com base nas características iniciais do tumor, sem considerar o que restou após o tratamento. Nosso objetivo é gerar dados que permitam decisões mais precisas e personalizadas”, complementa o Dr. Bines.
A seleção no edital representa também um reconhecimento à pesquisa nacional. “Trata-se de um apoio fundamental para a consolidação de estudos inovadores propostos e liderados por pesquisadores brasileiros, que buscam responder a questões diretamente relacionadas à nossa realidade clínica”, afirma Dra. Renata. Para o Dr. Bines, o reconhecimento no edital FIP GBECAM é motivo de orgulho e destaca a importância da colaboração em pesquisa. “Gosto sempre de lembrar que trabalhamos em grupo, e quero deixar registrados meus co-investigadores: Renata Bonadio, Leonardo Spolidoro, Fernanda Madasi e Rubem Moreira”
A premiação reforça o compromisso do IDOR em contribuir para a evolução da ciência, com foco na pesquisa translacional em diversas áreas, inclusive em oncologia. Os projetos selecionados buscam aprimorar as abordagens terapêuticas para o câncer de mama, um dos tipos mais comuns entre as mulheres no Brasil.