Com os dois novos casos da variante Ôminicron no Brasil confirmados pelo Ministério da Saúde, Raquel Muarrek, infectologista do Hospital São Luiz, da Rede D’Or em São Paulo, dá entrevista sobre o assunto a Denise Campos de Toledo no Jornal da Gazeta.
A médica explica que, pela Organização Mundial da Saúde, toda variante de um vírus é analisada de acordo com as classificações epidemiológica, sinais e sintomas, gravidade, tempo de início dos sintomas, período de transmissão. Ela resume as diferenças entre as variantes do vírus que transmite a Covid-19:
Variantes do coronavírus
Como saber se há transmissão comunitária?
De acordo com Raquel, é necessário fazer rastreio epidemiológico das pessoas que vieram da região oriunda do vírus e variante, de voos anteriores, com quadro positivo ou sintomas.
Sintoma de alerta
A febre está presente em todas as variantes do coronavírus. Deve ser avaliada com mais critério caso esse sintoma surja após viajar ou ter contato com pessoas com suspeita da doença.
Testes de farmácia
No Brasil, para a infectologista, seria fundamental que os testes rápidos de antígeno fossem mais liberados e de fácil acesso, como ocorre em outros países. Deve ser feito pelo menos 48h do início dos sintomas para ter mais segurança. Esse teste diagnostica o coronavírus, mas não há avaliação molecular sobre qual CEPA está predominante. Essa avaliação de qual é a variante é feita em grande escala por cidades, estados e países.
Comprovantes de vacinação, exames e quarentena para quem chega ao Brasil
O que seria ideal para o Brasil, segundo a médica, em portos e aeroportos para quem chega ao Brasil: comprovante ou passaporte da vacinação, teste de PCR para entrada no transporte e exame feito novamente no Brasil e quarentena de 14 dias para diminuir o alastramento do vírus.
Flexibilização do uso de máscaras e grandes eventos
Para Raquel Muarrek, é necessário manter uso de máscara e distanciamento. A avaliação do Carnaval deve ser feita 3 a 4 semanas antes para saber se a transmissão vai aumentar ou não no Brasil. O Réveillon fica mais prejudicado.
Eficácia das vacinas
Pela história, a vacina da gripe é renovada todo ano de acordo com as mutações do vírus. Pelo grau de mutações nessa variação do coronavírus, o Ômicron, pode haver menor resposta vacinal e aumento de transmissão. É necessário aguardar pesquisas sobre o tema.
Confira a reportagem completa no Jornal da Gazeta.