Nosso emocional pode prejudicar um pouco nossas interações e isso pode se intensificar com o isolamento
Vamos direto ao ponto: dá para desaprender a socializar? Depende. Alguns fatores determinantes são a idade em que cada um entrou em quarentena, o tempo e o grau de isolamento social.
Em linhas gerais, adultos saudáveis, sem grandes dificuldades de socializar antes da quarentena e que mantiveram contato com outras pessoas — pelo menos online — não devem encontrar problemas quando voltarem a encontrar grandes grupos. “Eu acho muito improvável que a população em geral desaprenda a interagir. Há pesquisas com pessoas que ficaram isoladas no Ártico, por exemplo, e elas mostram que o efeito é principalmente no estado emocional da pessoa. Isso, depois, pode atrapalhar a interação. Mas é um efeito colateral de um transtorno emocional”, diz Ronald Fischer, cientista comportamental e pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e da Victoria University of Wellington, na Nova Zelândia.
Em outras palavras, passar muito tempo sozinho ou interagindo apenas pelas redes sociais mexe com nosso psicológico — mas não há evidências de que mexa com o cérebro dos seres humanos, sociais por natureza.
O que muda, emocionalmente? Quem tinha alguma tendência a fobia social, por exemplo, pode apresentar algum grau do transtorno se não tiver oportunidades de interagir durante muito tempo. Quem é mais extrovertido, por outro lado, pode estar doido para gastar energia socializando e, quando puder, vai voltar a fazê-lo com todo prazer.
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