O retorno à escola antes que exista uma vacina contra o coronavírus tem causado preocupação nos pais e professores. Gera também intenso debate entre profissionais de saúde e autoridades governamentais, tanto no Brasil como em outros países.
O retorno à escola antes que exista uma vacina contra o coronavírus tem causado preocupação nos pais e professores. Gera também intenso debate entre profissionais de saúde e autoridades governamentais, tanto no Brasil como em outros países.
De fato, o tema é discutido amplamente para que se evite o aumento do número de casos de COVID-19.
“É fundamental que os pais não mandem seus filhos à escola com qualquer possibilidade de quadro infeccioso, seja este febre, manifestações respiratórias ou diarreia, entre outros”, recomenda Lucas Berbert Pulcheri, coordenador médico da Pediatria do Hospital Niterói D’Or. “Nesses casos, eles devem ser afastados enquanto se aguarda a conclusão do diagnóstico, com o cuidado de não estigmatizar a criança, o que posteriormente pode trazer consequências negativas, como bullying entre a turma”, acrescenta.
Sem relaxar nas precauções
O Amazonas foi o primeiro estado a permitir a reabertura de escolas públicas, em agosto, um mês após os colégios particulares. De acordo com a Secretaria de Educação do Estado, a qualquer momento as aulas presenciais podem ser suspensas, se houver aumento nos índices de contágio pelo coronavírus.
“Todas as medidas de prevenção da doença devem ser mantidas no retorno às aulas presenciais, e os pais precisam estar atentos aos planos de ação traçados pelas instituições de ensino”, diz Pulcheri.
Os cuidados devem incluir:
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também fornece diversas recomendações. Entre elas, estão:
O pediatra do Hospital Niterói D’Or esclarece que o mais recente comunicado da Organização Mundial de Saúde (OMS) indica máscara apenas para crianças acima de 5 anos.
O especialista também ressalta que, embora as crianças pareçam menos vulneráveis à COVID-19, não estão livres de riscos.
“O primeiro estudo sobre COVID-19 em pacientes de UTI Pediátrica, liderado pelo médico Arnaldo Prata no IDOR (Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino), demonstrou que a letalidade é baixa entre crianças, de modo geral, mas doenças crônicas e outras comorbidades desempenharam um papel importante no desenvolvimento das formas graves da COVID-19”, explica Pulcheri.
Por isso, é fundamental que sejam promovidas todas as ações de prevenção para que os alunos voltem com máxima segurança às salas de aula.