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Cérebros de Mulheres e de Homens diferem em anatomia e na distribuição de neurônios

Cérebros de Mulheres e de Homens diferem em anatomia e na distribuição de neurônios

Estudo do IDOR avaliou diferenças na estrutura cerebral de homens e mulheres na juventude e na terceira idade

As diferenças estruturais e funcionais que o cérebro apresenta em cada sexo é um tema de frequente controvérsia na literatura científica. Muitos questionamentos surgem a partir das diferenças encontradas nas funções comportamentais e cognitivas de homens e mulheres, assim como na prevalência de algumas doenças neurológicas e psiquiátricas. Buscando auxiliar no entendimento dessas diferenças, um estudo com participação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) analisou mais de 30 cérebros de mulheres e homens de diferentes idades, e os resultados foram publicados no periódico científico Cerebral Cortex. A pesquisa contou ainda com a participação da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade da Califórnia em São Francisco, e do Instituto Nacional de Neurociência Translacional.

 

Cérebro de mulher, cérebro de homem

Alguns apontamentos científicos sugerem que homens têm melhor desempenho em tarefas visuoespaciais, enquanto as mulheres se destacam em tarefas linguísticas. Por outro lado, o transtorno depressivo, os transtornos alimentares e a doença de Alzheimer são mais frequentes em mulheres, enquanto o transtorno do espectro autista, a esquizofrenia, o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são mais prevalentes em homens.

Mas será que os cérebros de homens e mulheres são estruturalmente diferentes? A resposta curta é sim, existem diferenças, mas não há consenso sobre elas na literatura científica. Tendo em vista que essas informações são relevantes para o desenvolvimento de terapias e para o melhor entendimento do corpo humano, os autores do estudo buscaram contribuir com a delimitação dessas diferenças através do estudo de 43 cérebros post mortem, isto é, cujos doadores já haviam falecido. Os órgãos foram fornecidos pelo Biobanco para Estudos no Envelhecimento da USP, e as alterações cerebrais relacionadas à idade também foram analisadas no estudo.

Para a seleção de cérebros, os autores precisaram identificar pelo histórico os pacientes que nunca receberam qualquer diagnóstico de transtornos neurológicos ou psiquiátricos. Abuso de álcool ou de outras drogas também foi um ponto de corte para a pesquisa, resultando na seleção final de 32 cérebros de homens e 11 cérebros de mulheres, cujos doadores tinham de 25 a 87 anos quando faleceram.

Os pesquisadores realizaram ainda análises histológicas e imunoistoquímicas para reconhecer nesses órgãos possíveis doenças que não chegaram a ser diagnosticadas em vida. Depois, eles utilizaram um método chamado de fracionador isotrópico para avaliar os tecidos cerebrais. Essa última técnica possibilita cortar o cérebro em diferentes frações e estimar com grande precisão a quantidade de células no tecido cerebral, que apresenta uma distribuição muito heterogênea de células.

O estudo focou em uma região muito importante para o processamento de informações sensoriais, motoras, cognitivas, e associativas, denominada córtex cerebral, que se localiza na superfície do cérebro. O trabalho foi o primeiro a utilizar essa técnica para a comparação precisa do número e distribuição de células entre homens e de mulheres da idade adulta até a terceira idade nesta região.

Os cientistas relataram que a massa cerebral dos homens era 15% maior que as das mulheres, mas o número de neurônios no córtex era semelhante nos dois sexos: aproximadamente 10 bilhões.   

Eles também descobriram que os homens possuíam mais células neuronais no córtex occipital, área do cérebro responsável pelo processamento visual. As mulheres, por sua vez, tinham maior densidade neuronal no lobo frontal do cérebro, área responsável para a resolução de problemas, motivação, planejamento e atenção. Os autores também mencionam que outros estudos do mesmo grupo identificaram 50% mais neurônios no bulbo olfatório das mulheres, que é a seção responsável pelo olfato e está fortemente ligada às funções emocionais e comportamentais primitivas do sistema nervoso.

Antes que isso paute debates sexistas, os cientistas comentam que o tamanho do cérebro também está diretamente relacionado ao tamanho do indivíduo, independentemente de seu sexo, e o fato de homens geralmente alcançarem estaturas mais altas que mulheres de sua mesma etnia é um fato que pode explicar essa correlação. Eles também ressaltam que outras diferenças anatômicas não são parâmetro para embasar quaisquer diferenças comportamentais ou cognitivas entre os sexos, sendo a educação, o contexto político e a experiência de vida de cada pessoa fatores muito mais relevantes para esse entendimento.

Cérebro jovem, cérebro idoso

Além de buscar entender as diferenças estruturais dos cérebros de mulheres e homens, os cientistas aproveitaram a variação de idade entre os órgãos para entender melhor as mudanças acarretadas pelo envelhecimento. O envelhecimento cerebral pode ocorrer de duas formas: senescência, que é o envelhecimento saudável, ou senilidade, que é o envelhecimento patológico.

Em ambos os sexos, a pesquisa selecionou somente casos de envelhecimento saudável, em que foi identificada uma diminuição da massa cerebral com a progressão da idade. De acordo com outros trabalhos, a massa cerebral também possui relação com o nível de escolaridade e com comorbidades tais como hipertensão e problemas cardíacos.

Os resultados da correlação entre idade e número de células mostraram a preservação do número de neurônios em todo o córtex com o aumento da idade e uma diminuição no número de células não neuronais como as da glia, cuja função vai além de oferecer suporte aos neurônios. Recentemente estão sendo mostradas mais funções primordiais por parte destas células para o funcionamento do sistema nervoso, incluindo a participação nas sinapses, no metabolismo, na inflamação, entre outros.

A senescência pode causar uma diminuição na velocidade de processamento e na memória, e isso começa a ocorrer após os 30 anos de vida. Quem tem mais de 60 anos já sabe bem disto, mas é importante ressaltar que envelhecer também tem suas vantagens para o cérebro. A experiência de vida traz mais maturidade e o vocabulário também tende a aumentar com a idade.

No envelhecimento, a justificativa para a função cerebral não acompanhar no mesmo passo a diminuição da massa cinzenta se apoia na chamada reserva cognitiva, que se refere à capacidade do órgão de manter um desempenho cognitivo saudável, apesar dos efeitos do envelhecimento ou até mesmo de lesões cerebrais ou doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.

A boa notícia é que essa reserva cognitiva também pode ser estimulada em qualquer idade. Indivíduos que se mantêm em processo constante de aprendizagem, estudando ao longo da vida, têm maior probabilidade de desenvolvê-la. Atividades como a leitura e a escrita também são enriquecedoras, e outros estudos reforçam que o exercício físico e a interação social também são fatores impactantes.

Entender como as células do córtex cerebral humano estão distribuídas é muito relevante para entender como o nosso cérebro é estruturado de acordo com nossa genética e com o avanço da idade. Muito além de sugerir uma competitividade entre homens e mulheres, jovens e idosos, esses resultados são uma fonte preciosa para o entendimento de diferentes problemas que afetam o cérebro humano, desde questões psiquiátricas até danos neurológicos causados por traumas ou por doenças neurodegenerativas.

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu.

09.04.2024

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