UTIs especializadas em doenças infecciosas obtêm melhor desempenho no manejo de infecções graves no sistema nervoso | IDOR – Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino array(64) { ["SERVER_SOFTWARE"]=> string(6) "Apache" ["REQUEST_URI"]=> string(23) "/instituto/idor?p=64437" ["PHP_PATH"]=> string(24) "/opt/bitnami/php/bin/php" ["FREETDSLOCALES"]=> string(0) "" ["FREETDSCONF"]=> string(0) "" ["OPENSSL_ENGINES"]=> string(31) "/opt/bitnami/common/lib/engines" ["OPENSSL_CONF"]=> string(39) "/opt/bitnami/common/openssl/openssl.cnf" ["SSL_CERT_FILE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["CURL_CA_BUNDLE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["LDAPCONF"]=> string(42) "/opt/bitnami/common/etc/openldap/ldap.conf" ["GS_LIB"]=> string(43) "/opt/bitnami/common/share/ghostscript/fonts" ["MAGICK_CODER_MODULE_PATH"]=> string(60) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/modules-Q16/coders" ["MAGICK_CONFIGURE_PATH"]=> string(73) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/config-Q16:/opt/bitnami/common/" ["MAGICK_HOME"]=> string(19) "/opt/bitnami/common" ["PATH"]=> string(260) "/opt/bitnami/apps/wordpress/bin:/opt/bitnami/varnish/bin:/opt/bitnami/sqlite/bin:/opt/bitnami/php/bin:/opt/bitnami/mysql/bin:/opt/bitnami/letsencrypt/:/opt/bitnami/apache2/bin:/opt/bitnami/common/bin:/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin" ["USER"]=> string(6) "daemon" ["HOME"]=> string(9) "/usr/sbin" ["SCRIPT_NAME"]=> string(10) "/index.php" ["QUERY_STRING"]=> string(7) "p=64437" ["REQUEST_METHOD"]=> string(3) "GET" ["SERVER_PROTOCOL"]=> string(8) "HTTP/1.0" ["GATEWAY_INTERFACE"]=> string(7) "CGI/1.1" ["REDIRECT_QUERY_STRING"]=> string(7) "p=64437" ["REDIRECT_URL"]=> string(15) "/instituto/idor" ["REMOTE_PORT"]=> string(5) "42582" ["SCRIPT_FILENAME"]=> string(44) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs/index.php" ["SERVER_ADMIN"]=> string(15) "[email protected]" ["CONTEXT_DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["CONTEXT_PREFIX"]=> string(0) "" ["REQUEST_SCHEME"]=> string(4) "http" ["DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["REMOTE_ADDR"]=> string(12) "15.228.8.216" ["SERVER_PORT"]=> string(2) "80" ["SERVER_ADDR"]=> string(11) "172.26.1.14" ["SERVER_NAME"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SERVER_SIGNATURE"]=> string(0) "" ["LD_LIBRARY_PATH"]=> string(410) "/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/varnish/lib:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish/vmods:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/common/lib64" ["HTTP_COOKIE"]=> string(206) "__cf_bm=v.vDNlFN1d.wiuGANYrFo1M8mF.bLSLCmWkrcwO..Ps-1764953621.004339-1.0.1.1-uup.4qtEJRCn3QOdxlJv.s5s9iBDw1iJmCiSRK8GzC1maMPtcSYZwq6fmhoS0G7vw0FRyWIHzdLzhpwI8Kwqoiy60LW.FQkDKe0QjLxy7W3DsvAvBhHobE_JKOO3A8BA" ["HTTP_CF_IPCOUNTRY"]=> string(2) "US" ["HTTP_TRUE_CLIENT_IP"]=> string(13) "216.73.216.14" ["HTTP_CF_CONNECTING_IP"]=> string(13) "216.73.216.14" ["HTTP_CDN_LOOP"]=> string(19) "cloudflare; loops=1" ["HTTP_ACCEPT"]=> string(3) "*/*" ["HTTP_USER_AGENT"]=> string(103) "Mozilla/5.0 AppleWebKit/537.36 (KHTML, like Gecko; compatible; ClaudeBot/1.0; [email protected])" ["HTTP_CF_RAY"]=> string(20) "9a950fa4ba6c6483-GRU" ["HTTP_ACCEPT_ENCODING"]=> string(8) "gzip, br" ["HTTP_CF_VISITOR"]=> string(22) "{\"scheme\":\"https\"}" ["HTTP_X_AMZN_TRACE_ID"]=> string(40) "Root=1-69330e15-2b2aa1e26231c3bc06d7540a" ["HTTP_X_FORWARDED_PORT"]=> string(3) "443" ["HTTP_CONNECTION"]=> string(5) "close" ["HTTP_X_FORWARDED_PROTO"]=> string(4) "http" ["HTTP_X_FORWARDED_FOR"]=> string(43) "216.73.216.14, 104.22.10.103, 10.247.45.183" ["HTTP_X_REAL_IP"]=> string(13) "10.247.45.183" ["HTTP_X_FORWARDED_HOST"]=> string(25) "www.rededorsaoluiz.com.br" ["HTTP_HOST"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SCRIPT_URI"]=> string(35) "http://54.225.48.228/instituto/idor" ["SCRIPT_URL"]=> string(15) "/instituto/idor" ["REDIRECT_STATUS"]=> string(3) "200" ["REDIRECT_SCRIPT_URI"]=> string(35) "http://54.225.48.228/instituto/idor" ["REDIRECT_SCRIPT_URL"]=> string(15) "/instituto/idor" ["FCGI_ROLE"]=> string(9) "RESPONDER" ["PHP_SELF"]=> string(10) "/index.php" ["REQUEST_TIME_FLOAT"]=> float(1764953621.7574) ["REQUEST_TIME"]=> int(1764953621) }

UTIs especializadas em doenças infecciosas obtêm melhor desempenho no manejo de infecções graves no sistema nervoso

UTIs especializadas em doenças infecciosas obtêm melhor desempenho no manejo de infecções graves no sistema nervoso

Estudo brasileiro revela que UTIs especializadas oferecem tratamentos mais eficazes para infecções neurológicas graves 

 

Um estudo publicado no Journal of Intensive Care Medicine investigou a eficácia de UTIs especializadas em doenças infecciosas no tratamento de infecções graves do sistema nervoso central. Conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e outros centros nacionais e internacionais de pesquisa, o estudo comparou essas UTIs com outras unidades de terapia intensiva no Brasil, trazendo novos insights sobre a importância da especialização no manejo de infecções complexas. 

 

Diferenças entre as UTIs 

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são áreas hospitalares críticas para o tratamento de pacientes gravemente enfermos. No entanto, nem todas as UTIs são iguais. Existem UTIs gerais ou mistas, que atendem uma ampla gama de condições clínicas e cirúrgicas, e UTIs especializadas, focadas em áreas específicas como cardiologia, neurologia e doenças infecciosas. A especialização permite que as equipes médicas desenvolvam uma expertise mais profunda e utilizem protocolos específicos para o manejo de certas doenças. 

Estudar as diferenças entre esses tipos de UTI é crucial para entender quais abordagens proporcionam melhores resultados para os pacientes. As UTIs especializadas em doenças infecciosas, por exemplo, podem oferecer vantagens significativas no tratamento de infecções graves do sistema nervoso, que requerem intervenções complexas e cuidadosas. 

 

Como mensurar e comparar resultados entre UTIs? 

Considerando a lacuna existente no referente à eficiência de UTIs especializadas, os pesquisadores do estudo buscaram analisar dados de 785 internações e 82 casos de infecções do sistema nervoso central na UTI de um centro de referência em doenças infecciosas no Brasil, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI) da Fiocruz, entre janeiro de 2012 e janeiro de 2019.  

Para fins de comparação, foram utilizados dados de 303.500 internações em UTIs do sistema público de saúde (SUS) no Brasil. Essas informações foram fornecidas pelo projeto “UTIs Brasileiras” da Epimed Solutions, que coleta dados de mais de 1.000 UTIs no país. 

Os dados coletados incluíram indicadores clínicos, epidemiológicos e de desempenho das UTIs. Para permitir uma comparação detalhada entre as UTIs especializadas e as UTIs gerais, as métricas de desempenho utilizadas no estudo foram a taxa de mortalidade padronizada (TMP) e a taxa de uso de recursos padronizada por paciente sobrevivente na UTI (URP). Os resultados das 2 métricas devem ser interpretados como:  

  • Igual a 1: resultado conforme o esperado, índice neutro. 
  • Maior que um: mortalidade ou uso de recursos maiores que o esperado, sendo um índice negativo. 
  • Menor que um: mortalidade ou uso de recursos menores que o esperado, sendo um índice positivo.
Taxas de mortalidade e uso de recursos em UTIs mistas e especializadas 

Os resultados mostraram que infecções eram o diagnóstico mais frequente nas UTIs mistas do SUS (18,2%) e na UTI do INI (49,6%), sendo nesta última 11% de infecções do sistema nervoso central, o segundo diagnóstico mais frequente na UTI. O estudo aponta que esses pacientes tiveram uma alta taxa de mortalidade, mas também um gerenciamento mais especializado que possivelmente contribuiu para evitar piores resultados clínicos. 

Pacientes admitidos na UTI do INI também eram, em média, mais graves do que aqueles das UTIs mistas e neurológicas do SUS, cenário que os autores consideram estar relacionado à presença de muitos pacientes com HIV e aids no INI. Essa população possui um sistema imunológico mais frágil, contribuindo para uma alta prevalência de infecções graves, incluindo sepse, que levou a uma maior necessidade de intervenções como hemodiálise, uso de vasopressores e ventilação mecânica. 

Em termos de desempenho, a UTI do INI mostrou uma TMP de 1,1 e uma URP de 1,1, indicando uma mortalidade e uso de recursos dentro do esperado para a gravidade dos casos. Quando focado especificamente nos pacientes com infecções do sistema nervoso central, a UTI do INI apresentou uma TMP de 0,95 e uma URP de 1,01, sugerindo uma eficiência ligeiramente melhor em comparação com as UTIs mistas e neurológicas do SUS. 

As UTIs mistas do SUS apresentaram uma taxa de mortalidade de 1,26 e uma taxa de uso de recursos em 1,59, enquanto as UTIs neurológicas do SUS tiveram um as mesmas taxas em 1,17 e 2,23, respectivamente. Esses dados indicam que as UTIs especializadas em doenças infecciosas, como o INI, podem oferecer uma abordagem mais eficiente e eficaz para o tratamento de infecções neurológicas graves. 

 

Expansão de UTIs especializadas em doenças infecciosas pode melhorar atendimento a pacientes críticos 

Os achados do estudo sugerem que UTIs especializadas em doenças infecciosas, como a do INI, podem proporcionar um tratamento mais eficiente e eficaz para infecções graves do sistema nervoso central quando comparadas a UTIs mistas e neurológicas do SUS. A especialização e a expertise desenvolvida nessas unidades são fatores cruciais que podem melhorar significativamente os resultados dos pacientes. 

Este estudo sublinha a importância de expandir a presença de UTIs especializadas em doenças infecciosas, especialmente em regiões com alta prevalência de infecções complexas. Mais pesquisas são necessárias para continuar explorando e confirmando esses benefícios, potencialmente influenciando políticas de saúde e o manejo de recursos hospitalares. 

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu. 

Conteúdo Relacionado