Em parceira com o Futuro da Saúde (https://futurodasaude.com.br/) e o Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, o IDOR realizou no dia 15 de maio em São Paulo o evento O Futuro do Cuidado no Autismo – Desafios e Tendências do TEA no Brasil.
Em um espaço acessível e acolhedor foi oferecida a oportunidade para profissionais de imprensa entenderem melhor os desafios relacionados ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), pelas palavras de profissionais de saúde e familiares. O encontro envolveu pacientes, familiares, profissionais da saúde, gestores e membros da sociedade civil.
A programação incluiu a apresentação de dados atualizados sobre o TEA, mostrou pesquisas na área e discutiu os desafios do seu manejo por diferentes perspectivas. Além disso, criou uma oportunidade única para o compartilhamento de vivências por profissionais e familiares envolvidos com o cuidado de pessoas com o transtorno. Ainda houve espaço para o debate de subtemas de interesse da imprensa.
A abertura foi realizada pela Dra. Fernanda Tovar-Moll que introduziu os presentes sobre o evento e apresentou o IDOR.
Na sequência, o Dr. Guilherme Polanczyk, professor associado de psiquiatria da infância e adolescência da USP, apresentou as origens do diagnóstico de autismo, popularização do tema e falou sobre as características do TEA.
O Dr. Paulo Mattos, psiquiatra e pesquisador do IDOR, discutiu os possíveis motivos para o grande aumento no número de casos que vem sendo observados no mundo todo, destacando o impacto das mídias sociais nesse processo. Sobre o necessário rigor para o reconhecimento dos sintomas, o Dr. Paulo observou: “os traços de autismo são distribuídos na população em geral (…) não basta ter traço de autismo para receber diagnóstico de autismo”.
Milena Pondé, psiquiatria, professora doutora adjunta da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (BAHIANA) e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Pesquisa em Autismo, destacou a importância de uma abordagem diagnóstica e terapêutica complexa e diversa para tratar de um transtorno mental heterogêneo como o autismo.
A foniatra especialista em comunicação no TEA, Mônica Guerra, encerrou a sequência de palestras com uma exposição sobre os desafios no desenvolvimento da linguagem no autismo e a importância da intervenção precoce e individualizada nos pacientes.
Após uma sessão de perguntas aos palestrantes, o evento contou uma mesa redonda com o tema “Papel da família no desenvolvimento da criança autista”, entre os convidados, mães atípicas, fonoaudiólogas, psicólogas e terapeutas ocupacionais. O painel buscou promover o compartilhamento de experiências entre as famílias atípicas e esclarecer a importância do envolvimento familiar no tratamento das crianças com autismo.
Tema de amplo interesse social e emergente demanda na saúde pública, o autismo ainda carrega mitos e desafios para sua compreensão, mesmo para pacientes e familiares.
O conteúdo do evento pode ser visto abaixo.







