Apesar de uma década de estudos, os cientistas ainda buscam respostas sobre os danos causados pelo vírus no cérebro de bebês cujas mães tiveram zika na gravidez.
Uma das pistas vem do Nordeste. No Agreste, onde a seca é intensa, a população depende de açudes sem tratamentos para ter água, quando a chuva some. Estudos já tinham comprovado a presença de uma toxina resistente e perigosa nesses reservatórios, a saxitoxina. Ela se reproduz e se torna ainda mais tóxica quando o nível dos açudes fica mais baixo.
“Na pesquisa de 2024, identificamos que neurônios já formados, que normalmente não seriam suscetíveis ao vírus da Zika, passavam a ser”, comenta Stevens Rehen, pesquisador do IDOR.
19.03.2025