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Lentidão Obsessiva: saiba mais sobre esse sintoma pouco conhecido do TOC

Lentidão Obsessiva: saiba mais sobre esse sintoma pouco conhecido do TOC

Pesquisa coordenada pelo IDOR identificou predisposições clínicas ao problema, que pode fazer com que pessoas levem horas para executar tarefas simples 

Quando falamos de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), imediatamente imaginamos alguém extremamente exigente com a organização de todos os objetos, ou altamente preocupado com a limpeza das mãos e do ambiente. Mas você já ouviu falar em lentidão obsessiva? Um novo estudo se debruçou sobre esse sintoma pouco conhecido do TOC, buscando diferenciá-lo de outras características do espectro obsessivo-compulsivo e identificando preditores para o seu desenvolvimento.  

A pesquisa, publicada no International Journal of Psychiatry in Clinical Practice, foi coordenada pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), com participação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade de Monash, Austrália. 

Segundo a organização Mundial da Saúde (OMS), até 2% da população apresenta TOC. Seus sintomas mais comuns são relacionados a pensamentos invasivos sobre contaminação, simetria, religião, verificação, além de comportamentos como a acumulação excessiva. Todos esses sintomas, contudo, são apenas parte do espectro obsessivo-compulsivo, que engloba várias outras características, entre elas a lentidão obsessiva. Mas o que seria isso? 

Já pensou em ter que acordar 4 horas mais cedo pro trabalho porque não consegue tomar banho e escovar os dentes em menos tempo que isso? Em alguns casos, uma simples rotina matinal pode levar até 10 horas para ser executada por alguém com o problema, e o atraso pode estar relacionado a momentos de paralização e imobilização que atrapalham na execução de tarefas corriqueiras. Dificuldades na carreira profissional tendem ser uma realidade constante na vida dessas pessoas, e os sintomas geralmente começam a se desenvolver na adolescência e no início da idade adulta. 

Considerando que a literatura científica acerca da população com essa condição debilitante ainda é muito escassa, os autores do estudo investigaram dados de mais de uma centena de pessoas com lentidão obsessiva, em um esforço para distinguir as características clínicas e demográficas do grupo, como gênero, estado civil, além de comorbidades com outros transtornos mentais ou sintomas do TOC.

“O que difere a procrastinação da lentidão obsessiva é que a primeira é um sintoma mais inespecífico, que pode ser observado em pessoas com diferentes sintomas ansiosos, caracterizados pelo medo, ou depressivos, caracterizados por falta de ânimo ou iniciativa. A lentidão obsessiva se deve a uma meticulosidade e necessidade de precisão que pode envolver ou não sentimentos de medo”, esclarece o coordenador do estudo, Dr. Leonardo Fontenelle, que é pesquisador do IDOR e professor na UFRJ. 

Para realizar a pesquisa, foram utilizados como base os dados de mais de 1.000 pacientes com TOC recrutados e avaliados pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa em Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo. A coleta de dados dessa iniciativa, da qual o Dr. Fontenelle também fez parte, ocorreu de 2003 a 2009 e reuniu pesquisadores de 7 centros universitários brasileiros. 

As informações do Consórcio foram muito detalhadas em relação à severidade dos sintomas dos pacientes, dados demográficos de cada indivíduo e comorbidades relacionadas a diferentes graus de ansiedade e depressão. Da base de dados, foram selecionadas para o artigo as informações de 189 participantes com lentidão obsessiva, enquanto outros 478 pacientes com TOC que não apresentavam o problema serviram como grupo comparativo. 

Os achados da pesquisa foram diversos e reabriram o debate para algumas características previamente associadas à lentidão obsessiva. Uma delas foi em relação ao gênero em que o problema é mais incidente: enquanto pesquisas anteriores associavam uma maior recorrência da lentidão obsessiva em homens, a amostra do artigo atual apontou a população feminina como predominante, fato que os autores argumentam ser um questionamento sobre a relevância do sexo dos pacientes na predisposição à lentidão obsessiva. 

Outros achados foram preditores ainda mais importantes, como o estado civil dos participantes. Segundo a pesquisa, os indivíduos solteiros com TOC tinham 54% a mais de chance de desenvolver a lentidão obsessiva, um marcador que foi mais relevante até que a taxa de desemprego e o nível de escolaridade entre os pacientes.  

O estudo destacou que a maioria dos participantes com lentidão obsessiva estavam desempregados, mas que isso não configurava uma característica demográfica específica do problema, tendo em vista que uma parcela menor dos indivíduos mantinha seus empregos, até mesmo os de período integral. 

Apesar da relação com algumas características demográficas, os aspectos clínicos tiveram maior destaque na predisposição ao problema. Foi descoberto que os participantes com lentidão obsessiva possuíam sintomas em todas as principais dimensões do TOC, sendo mais recorrentes os sintomas relacionados a simetria e contaminação. Não só isso, aqueles que apresentavam tiques (movimentos ou vocalizações involuntárias e repetitivas) tinham mais de 71% de chance de apresentar a lentidão obsessiva. Outros sintomas do TOC como acumulação e pensamentos sobre agressão também aumentavam as chances de desenvolver a lentidão no espectro obsessivo-compulsivo. 

Um fato curioso é que transtornos de ansiedade e depressão não aparentaram relação direta no desenvolvimento da lentidão obsessiva no TOC, o que sugere que tratamentos focados em redução de ansiedade podem não ser efetivos para esse caso clínico. Já algumas complicações pós-natais, que foram relatadas pelos pacientes, apresentaram uma maior relação estatística com o desenvolvimento da lentidão, mas os autores afirmam que o assunto precisa ser aprofundado antes de se estabelecer uma associação definitiva. Os cientistas reportam ainda que, como não há uma duração precisa e quantificada da intensidade de lentidão para o diagnóstico dos pacientes, é possível existir diferentes graus do problema, e isso é outro ponto que necessita de investigações no futuro. 

 Como as informações foram colhidas de acordo com a percepção dos indivíduos, os autores reconhecem que a subjetividade dos participantes possa trazer algumas limitações à atual pesquisa. Ainda assim, a relevância do estudo é incontestável, já que foi a maior análise descritiva já feita no mundo sobre a lentidão obsessiva, e trouxe consigo evidências promissoras de que pessoas com o problema podem ser distinguidas dentre outros pacientes no espectro obsessivo-compulsivo.  

Para profissionais da prática clínica, saber que o estado civil, tiques e outros sintomas do TOC podem ser fatores de risco para o desenvolvimento da lentidão obsessiva é muito relevante para o direcionamento terapêutico de seus pacientes. Mas talvez o maior impacto de pesquisas como essa seja a visibilidade trazida para o problema, já que muitas pessoas podem conviver e sofrer com a condição todos os dias, sem ter consciência de que podem alcançar melhoras em sua qualidade de vida através do devido tratamento. 

Terapia Cognitivo-Comportamental e tratamento do TOC 

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens da Psicologia Clínica. Com evidências científicas robustas, o método é capaz de trazer muita qualidade de vida para pacientes com ansiedade, depressão e principalmente com TOC, pois o seu foco é no entendimento e ressignificação de pensamentos que influenciam o comportamento das pessoas.  

Cerca de 70% dos pacientes com TOC apresentam melhoras após a TCC, e metade deles chega a superar o problema, mostrando resultados até para pessoas que não reagiram bem a tratamentos psiquiátricos medicamentosos. 

Na Graduação em Psicologia do IDOR, os estudantes entram em contato com diferentes abordagens da área, indo para o mercado de trabalho sabendo da ampla abrangência de seu futuro profissional. Outro diferencial é que os alunos estão sempre próximos da produção científica do IDOR, o que possibilita a constante atualização de seus conhecimentos. 

Se você ama a mente humana e busca trazer qualidade de vida para as pessoas através da saúde mental, não deixe de conferir as informações sobre o curso e ser informado sobre as novas turmas! 

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu.

04.12.2023

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