O que o ChatGPT já pode fazer por médicos e pacientes? | IDOR – Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino array(64) { ["SERVER_SOFTWARE"]=> string(6) "Apache" ["REQUEST_URI"]=> string(69) "/instituto/idoro-que-o-chatgpt-ja-pode-fazer-por-medicos-e-pacientes/" ["PHP_PATH"]=> string(24) "/opt/bitnami/php/bin/php" ["FREETDSLOCALES"]=> string(0) "" ["FREETDSCONF"]=> string(0) "" ["OPENSSL_ENGINES"]=> string(31) "/opt/bitnami/common/lib/engines" ["OPENSSL_CONF"]=> string(39) "/opt/bitnami/common/openssl/openssl.cnf" ["SSL_CERT_FILE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["CURL_CA_BUNDLE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["LDAPCONF"]=> string(42) "/opt/bitnami/common/etc/openldap/ldap.conf" ["GS_LIB"]=> string(43) "/opt/bitnami/common/share/ghostscript/fonts" ["MAGICK_CODER_MODULE_PATH"]=> string(60) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/modules-Q16/coders" ["MAGICK_CONFIGURE_PATH"]=> string(73) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/config-Q16:/opt/bitnami/common/" ["MAGICK_HOME"]=> string(19) "/opt/bitnami/common" ["PATH"]=> string(260) "/opt/bitnami/apps/wordpress/bin:/opt/bitnami/varnish/bin:/opt/bitnami/sqlite/bin:/opt/bitnami/php/bin:/opt/bitnami/mysql/bin:/opt/bitnami/letsencrypt/:/opt/bitnami/apache2/bin:/opt/bitnami/common/bin:/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin" ["USER"]=> string(6) "daemon" ["HOME"]=> string(9) "/usr/sbin" ["SCRIPT_NAME"]=> string(10) "/index.php" ["QUERY_STRING"]=> string(0) "" ["REQUEST_METHOD"]=> string(3) "GET" ["SERVER_PROTOCOL"]=> string(8) "HTTP/1.0" ["GATEWAY_INTERFACE"]=> string(7) "CGI/1.1" ["REDIRECT_URL"]=> string(69) "/instituto/idoro-que-o-chatgpt-ja-pode-fazer-por-medicos-e-pacientes/" ["REMOTE_PORT"]=> string(5) "14532" ["SCRIPT_FILENAME"]=> string(44) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs/index.php" ["SERVER_ADMIN"]=> string(15) "[email protected]" ["CONTEXT_DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["CONTEXT_PREFIX"]=> string(0) "" ["REQUEST_SCHEME"]=> string(4) "http" ["DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["REMOTE_ADDR"]=> string(12) "15.228.8.216" ["SERVER_PORT"]=> string(2) "80" ["SERVER_ADDR"]=> string(11) "172.26.1.14" ["SERVER_NAME"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SERVER_SIGNATURE"]=> string(0) "" ["LD_LIBRARY_PATH"]=> string(410) "/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/varnish/lib:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish/vmods:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/common/lib64" ["HTTP_COOKIE"]=> string(207) "__cf_bm=_6Y15rPEiZ_WTqzSIbmlOR4bM5ZOw34pmSgQ2ANQYKI-1764973248.5023172-1.0.1.1-SKeuzRVNmvlXUw7vfFG1V_LzGCcP76wVsjSestFk8WLkbhXlcYcU4tuasxy5LVny10ReuRAx0GQTGUxKDszIQQVR.Nw2eLriUQiOYbNKrNn7DCCrnxbM58q6RRos8hay" ["HTTP_CF_VISITOR"]=> string(22) "{\"scheme\":\"https\"}" ["HTTP_CF_IPCOUNTRY"]=> string(2) "US" ["HTTP_TRUE_CLIENT_IP"]=> string(13) "216.73.216.14" ["HTTP_CF_CONNECTING_IP"]=> string(13) "216.73.216.14" ["HTTP_CDN_LOOP"]=> string(19) "cloudflare; loops=1" ["HTTP_ACCEPT_ENCODING"]=> string(8) "gzip, br" ["HTTP_CF_RAY"]=> string(20) "9a96eed32b305b65-GRU" ["HTTP_REFERER"]=> string(102) "http://www.rededorsaoluiz.com.br/instituto/idor/o-que-o-chatgpt-ja-pode-fazer-por-medicos-e-pacientes/" ["HTTP_USER_AGENT"]=> string(103) "Mozilla/5.0 AppleWebKit/537.36 (KHTML, like Gecko; compatible; ClaudeBot/1.0; [email protected])" ["HTTP_ACCEPT"]=> string(3) "*/*" ["HTTP_X_AMZN_TRACE_ID"]=> string(40) "Root=1-69335ac0-309630274718253006838cf9" ["HTTP_X_FORWARDED_PORT"]=> string(3) "443" ["HTTP_CONNECTION"]=> string(5) "close" ["HTTP_X_FORWARDED_PROTO"]=> string(4) "http" ["HTTP_X_FORWARDED_FOR"]=> string(44) "216.73.216.14, 172.71.239.128, 10.247.46.192" ["HTTP_X_REAL_IP"]=> string(13) "10.247.46.192" ["HTTP_X_FORWARDED_HOST"]=> string(25) "www.rededorsaoluiz.com.br" ["HTTP_HOST"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SCRIPT_URI"]=> string(89) "http://54.225.48.228/instituto/idoro-que-o-chatgpt-ja-pode-fazer-por-medicos-e-pacientes/" ["SCRIPT_URL"]=> string(69) "/instituto/idoro-que-o-chatgpt-ja-pode-fazer-por-medicos-e-pacientes/" ["REDIRECT_STATUS"]=> string(3) "200" ["REDIRECT_SCRIPT_URI"]=> string(89) "http://54.225.48.228/instituto/idoro-que-o-chatgpt-ja-pode-fazer-por-medicos-e-pacientes/" ["REDIRECT_SCRIPT_URL"]=> string(69) "/instituto/idoro-que-o-chatgpt-ja-pode-fazer-por-medicos-e-pacientes/" ["FCGI_ROLE"]=> string(9) "RESPONDER" ["PHP_SELF"]=> string(10) "/index.php" ["REQUEST_TIME_FLOAT"]=> float(1764973248.762) ["REQUEST_TIME"]=> int(1764973248) }

O que o ChatGPT já pode fazer por médicos e pacientes?

O que o ChatGPT já pode fazer por médicos e pacientes?

Estudo com participação do IDOR revisa aplicações do ChatGPT no cuidado oftalmológico, destacando usos promissores na triagem de pacientes, apoio ao diagnóstico e educação médica 
 

Um levantamento publicado no International Journal of Retina and Vitreous reuniu 68 estudos para mapear como a inteligência artificial generativa — com destaque para o ChatGPT — vem sendo usada por médicos na área da saúde, especialmente no cuidado oftalmológico. A revisão, que contou com a participação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), mostra como ferramentas baseadas em modelos de linguagem de larga escala (LLMs, na sigla em inglês) estão ganhando espaço na rotina médica, sobretudo para triagem, diagnósticos preliminares e educação médica. 

Nos últimos anos, plataformas como o ChatGPT, da OpenAI, têm ocupado cada vez mais espaço em discussões sobre o futuro da medicina. Alimentadas por grandes bases de dados, essas inteligências artificiais são capazes de responder a comandos e perguntas com linguagem natural, simulando conversas humanas com impressionante fluidez. Mas, afinal, o que a IA já é capaz de fazer por médicos e pacientes? 

Buscando responder a essa pergunta, os pesquisadores realizaram uma revisão sistemática da literatura sobre o uso do ChatGPT na atenção oftalmológica, com foco especial em doenças da retina. O estudo considerou 68 artigos publicados nas principais plataformas científicas, incluindo publicações que abordavam a aplicação do ChatGPT por profissionais de saúde, pesquisadores, pacientes e familiares, desde que envolvessem o cuidado com doenças da retina. 

Os artigos foram classificados em oito categorias principais: diagnóstico (44 estudos), manejo de doenças (49), aconselhamento a pacientes (33), educação médica (23), pesquisa acadêmica (8), documentação clínica (5), consulta à literatura (2) e codificação/burocracia médica (1). Muitas publicações foram incluídas em mais de uma categoria, evidenciando a transversalidade da IA em diferentes etapas da atenção à saúde. 

IA na triagem e no diagnóstico 
Entre os principais destaques do levantamento está a utilização do ChatGPT como ferramenta de triagem, ou seja, no primeiro contato do paciente com o sistema de saúde. Nessa etapa, o paciente insere seus sintomas e recebe orientações iniciais sobre a necessidade (ou não) de procurar um atendimento especializado. Embora ainda existam desafios, como a correta interpretação dos sintomas relatados, os resultados são promissores: a IA demonstrou capacidade de reconhecer padrões de linguagem associados a quadros clínicos e indicar níveis apropriados de cuidado. 

Já no apoio ao diagnóstico, o ChatGPT apresentou um desempenho irregular. Em alguns casos, foi capaz de oferecer orientações alinhadas às diretrizes clínicas, inclusive em doenças complexas como degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética. No entanto, o modelo ainda trouxe respostas equivocadas, especialmente quando confrontado com casos raros ou com descrições imprecisas. Além disso, foi possível constatar o risco de alucinação, termo usado para designar respostas convincentes, porém falsas, geradas pela IA. 

Educação médica com apoio da IA 
Outro campo em que o ChatGPT tem se destacado é a educação médica. Diversos estudos incluídos na revisão testaram o desempenho da IA em exames teóricos de oftalmologia e em questões de múltipla escolha similares às utilizadas em conselhos médicos. Em muitos casos, o ChatGPT apresentou resultados comparáveis ou até superiores aos de profissionais da área. 

Isso não significa, porém, que a IA possa substituir o treinamento médico. Há relatos de imprecisões conceituais, uso inadequado de referências e dificuldade em lidar com contextos específicos. Por isso, especialistas defendem que o ChatGPT seja utilizado como ferramenta complementar, capaz de fornecer explicações, revisar conceitos e auxiliar no raciocínio clínico, mas sempre sob supervisão humana. 

Outros usos em avaliação 
Além das áreas de triagem, diagnóstico e educação médica, o estudo também identificou aplicações do ChatGPT em tarefas administrativas, como preenchimento de prontuários e geração de códigos de procedimentos; na consulta a literatura científica; e até mesmo na elaboração de textos acadêmicos. Contudo, nesses casos, a performance da IA é mais instável e ainda exige validação rigorosa. 

O que esperar do futuro 
O estudo oferece um panorama valioso sobre os usos atuais e potenciais do ChatGPT na medicina, com foco em doenças da retina. Embora ainda existam limitações importantes, especialmente no que diz respeito à precisão e à verificação das informações, as IAs generativas já representam uma ferramenta concreta de apoio à prática médica. 

Com o avanço da tecnologia e o desenvolvimento de modelos mais robustos, espera-se que essas ferramentas se tornem úteis em processos como triagem automatizada, suporte à decisão clínica e formação médica continuada. Para isso, será fundamental investir em supervisão profissional, integração com fontes confiáveis e aprimoramento contínuo da IA, lembrando que a inteligência generativa não é uma fonte confiável de informações, sendo responsabilidade dos usuários checar dados por ela oferecidos.  

Quando o assunto é a saúde dos pacientes, a necessidade de recorrer a fontes científicas tradicionais é ainda maior, o que reforça o papel insubstituível dos profissionais da saúde no avanço tecnológico da medicina. 

[Leia também: IDOR desenvolve ferramentas de Inteligência Artificial para diagnóstico de doenças pulmonares] 

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu. 

Conteúdo Relacionado