As políticas de formação médica no Brasil passaram por mudanças importantes em 2025 com a homologação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), pelo Ministério da Educação, e o avanço do Projeto de Lei que institui a Prova Nacional de Proficiência Médica (Profimed). Esses dois movimentos respondem a transformações tecnológicas e sociais recentes e ao crescimento acelerado de cursos de medicina no país, com novas regras curriculares e um mecanismo nacional de certificação individual de competências.
Durante esse processo, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) acompanhou as discussões conduzidas pelo Ministério da Educação. Em setembro, a presidente do IDOR, Dra. Fernanda Tovar-Moll, e a pesquisadora Dra. Ludhmila Hajjar, participaram de reunião no MEC, que reuniu especialistas e gestores para debater os principais pontos das diretrizes, bem como o alinhamento das políticas públicas às necessidades atuais da saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS).
Atualizada, as DCNs reforçam a integração entre ensino e SUS, determinando que estudantes vivenciem cenários reais desde os primeiros períodos, com progressão até áreas de maior complexidade. O documento também estabelece padrões de infraestrutura, programas de desenvolvimento docente, políticas de inclusão e apoio à saúde mental, além da incorporação de temas contemporâneos, como inteligência artificial, análise de dados e sustentabilidade.
No âmbito regulatório, o Senado aprovou em primeiro turno o Profimed, exame que será exigido de estudantes que ingressarem na graduação após a promulgação da lei. Diferente do ENAMED, que avalia escolas médicas, o Profimed certifica a proficiência individual do recém-formado para fins de registro profissional, sendo apontado por entidades científicas e médicas como um instrumento para assegurar padrões mínimos de competência diante da expansão heterogênea dos cursos de medicina.
Para o IDOR, que avança nos trâmites para consolidar seu curso de graduação em medicina, esse novo cenário fornece diretrizes atualizadas e mecanismos regulatórios mais consistentes. As mudanças fortalecem a integração entre ensino, ciência e prática assistencial, áreas nas quais o Instituto já atua de forma consolidada, e reforçam o compromisso institucional com uma formação médica alinhada às evidências e às demandas contemporâneas da população brasileira.

