Por que ainda não existe um teste simples para diagnosticar a esquizofrenia? | IDOR – Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino array(67) { ["SERVER_SOFTWARE"]=> string(6) "Apache" ["REQUEST_URI"]=> string(91) "/instituto/idorpor-que-ainda-nao-existe-um-teste-simples-para-diagnosticar-a-esquizofrenia/" ["PHP_PATH"]=> string(24) "/opt/bitnami/php/bin/php" ["FREETDSLOCALES"]=> string(0) "" ["FREETDSCONF"]=> string(0) "" ["OPENSSL_ENGINES"]=> string(31) "/opt/bitnami/common/lib/engines" ["OPENSSL_CONF"]=> string(39) "/opt/bitnami/common/openssl/openssl.cnf" ["SSL_CERT_FILE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["CURL_CA_BUNDLE"]=> string(52) "/opt/bitnami/common/openssl/certs/curl-ca-bundle.crt" ["LDAPCONF"]=> string(42) "/opt/bitnami/common/etc/openldap/ldap.conf" ["GS_LIB"]=> string(43) "/opt/bitnami/common/share/ghostscript/fonts" ["MAGICK_CODER_MODULE_PATH"]=> string(60) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/modules-Q16/coders" ["MAGICK_CONFIGURE_PATH"]=> string(73) "/opt/bitnami/common/lib/ImageMagick-6.9.8/config-Q16:/opt/bitnami/common/" ["MAGICK_HOME"]=> string(19) "/opt/bitnami/common" ["PATH"]=> string(260) "/opt/bitnami/apps/wordpress/bin:/opt/bitnami/varnish/bin:/opt/bitnami/sqlite/bin:/opt/bitnami/php/bin:/opt/bitnami/mysql/bin:/opt/bitnami/letsencrypt/:/opt/bitnami/apache2/bin:/opt/bitnami/common/bin:/usr/local/sbin:/usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin" ["USER"]=> string(6) "daemon" ["HOME"]=> string(9) "/usr/sbin" ["SCRIPT_NAME"]=> string(10) "/index.php" ["QUERY_STRING"]=> string(0) "" ["REQUEST_METHOD"]=> string(3) "GET" ["SERVER_PROTOCOL"]=> string(8) "HTTP/1.0" ["GATEWAY_INTERFACE"]=> string(7) "CGI/1.1" ["REDIRECT_URL"]=> string(91) "/instituto/idorpor-que-ainda-nao-existe-um-teste-simples-para-diagnosticar-a-esquizofrenia/" ["REMOTE_PORT"]=> string(5) "15376" ["SCRIPT_FILENAME"]=> string(44) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs/index.php" ["SERVER_ADMIN"]=> string(15) "[email protected]" ["CONTEXT_DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["CONTEXT_PREFIX"]=> string(0) "" ["REQUEST_SCHEME"]=> string(4) "http" ["DOCUMENT_ROOT"]=> string(34) "/opt/bitnami/apps/wordpress/htdocs" ["REMOTE_ADDR"]=> string(14) "18.230.155.176" ["SERVER_PORT"]=> string(2) "80" ["SERVER_ADDR"]=> string(11) "172.26.1.14" ["SERVER_NAME"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SERVER_SIGNATURE"]=> string(0) "" ["LD_LIBRARY_PATH"]=> string(410) "/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/varnish/lib:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish:/opt/bitnami/varnish/lib/varnish/vmods:/opt/bitnami/sqlite/lib:/opt/bitnami/mysql/lib:/opt/bitnami/apache2/lib:/opt/bitnami/common/lib:/opt/bitnami/common/lib64" ["HTTP_CF_VISITOR"]=> string(22) "{\"scheme\":\"https\"}" ["HTTP_CF_IPCOUNTRY"]=> string(2) "BR" ["HTTP_TRUE_CLIENT_IP"]=> string(13) "186.193.40.81" ["HTTP_CF_CONNECTING_IP"]=> string(13) "186.193.40.81" ["HTTP_CDN_LOOP"]=> string(19) "cloudflare; loops=1" ["HTTP_SEC_FETCH_DEST"]=> string(8) "document" ["HTTP_SEC_FETCH_SITE"]=> string(4) "none" ["HTTP_ACCEPT"]=> string(63) "text/html,application/xhtml+xml,application/xml;q=0.9,*/*;q=0.8" ["HTTP_USER_AGENT"]=> string(144) "Mozilla/5.0 (iPhone; CPU iPhone OS 18_6_2 like Mac OS X) AppleWebKit/605.1.15 (KHTML, like Gecko) GSA/397.0.836500703 Mobile/15E148 Safari/604.1" ["HTTP_CF_RAY"]=> string(20) "9a9655285dbaf16d-GRU" ["HTTP_REFERER"]=> string(23) "https://www.google.com/" ["HTTP_ACCEPT_ENCODING"]=> string(8) "gzip, br" ["HTTP_SEC_FETCH_MODE"]=> string(8) "navigate" ["HTTP_ACCEPT_LANGUAGE"]=> string(14) "pt-BR,pt;q=0.9" ["HTTP_X_AMZN_TRACE_ID"]=> string(40) "Root=1-6933422a-2d4cdd462bc9c6281c2a263e" ["HTTP_X_FORWARDED_PORT"]=> string(3) "443" ["HTTP_CONNECTION"]=> string(5) "close" ["HTTP_X_FORWARDED_PROTO"]=> string(4) "http" ["HTTP_X_FORWARDED_FOR"]=> string(42) "186.193.40.81, 172.69.138.78, 10.247.45.79" ["HTTP_X_REAL_IP"]=> string(12) "10.247.45.79" ["HTTP_X_FORWARDED_HOST"]=> string(25) "www.rededorsaoluiz.com.br" ["HTTP_HOST"]=> string(13) "54.225.48.228" ["SCRIPT_URI"]=> string(111) "http://54.225.48.228/instituto/idorpor-que-ainda-nao-existe-um-teste-simples-para-diagnosticar-a-esquizofrenia/" ["SCRIPT_URL"]=> string(91) "/instituto/idorpor-que-ainda-nao-existe-um-teste-simples-para-diagnosticar-a-esquizofrenia/" ["REDIRECT_STATUS"]=> string(3) "200" ["REDIRECT_SCRIPT_URI"]=> string(111) "http://54.225.48.228/instituto/idorpor-que-ainda-nao-existe-um-teste-simples-para-diagnosticar-a-esquizofrenia/" ["REDIRECT_SCRIPT_URL"]=> string(91) "/instituto/idorpor-que-ainda-nao-existe-um-teste-simples-para-diagnosticar-a-esquizofrenia/" ["FCGI_ROLE"]=> string(9) "RESPONDER" ["PHP_SELF"]=> string(10) "/index.php" ["REQUEST_TIME_FLOAT"]=> float(1764966954.4828) ["REQUEST_TIME"]=> int(1764966954) }

Por que ainda não existe um teste simples para diagnosticar a esquizofrenia?

Por que ainda não existe um teste simples para diagnosticar a esquizofrenia?

Pesquisa com participação do IDOR mostra que a busca por biomarcadores ainda enfrenta obstáculos e pode transformar a psiquiatria no futuro 

Um estudo publicado na revista Neuroscience and Biobehavioral Reviews, realizado pela Universidade de Campinas (Unicamp) e pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), mostra que ainda não existe um exame laboratorial capaz de diagnosticar a esquizofrenia, apesar de avanços importantes na área. Hoje, o diagnóstico é baseado em entrevistas e observação de sintomas, não havendo testes bioquímicos ou exames de imagem para apoiar os médicos nesse processo.  

A complexidade da esquizofrenia 

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta cerca de 21 milhões de pessoas no mundo. Seus sintomas mais comuns incluem delírios, alucinações, fala desorganizada e alterações de comportamento, além de dificuldades cognitivas que comprometem a vida social e profissional do paciente. Diferente de outras áreas da medicina, em que exames laboratoriais ajudam a confirmar diagnósticos, a psiquiatria ainda depende de critérios clínicos e avaliações subjetivas. 

Esse cenário tem levado cientistas a buscar biomarcadores, ou seja, sinais biológicos mensuráveis que poderiam indicar a presença, o risco ou a evolução de transtornos psiquiátricos.  

[Leia também: Pesquisa utiliza organoides cerebrais para identificar causas da esquizofrenia] 

O que a revisão científica descobriu 

A pesquisa analisou 49 estudos sobre proteínas relacionadas à esquizofrenia em fluidos corporais como sangue e líquido cefalorraquidiano. Essas proteínas foram agrupadas em cinco grandes categorias: diagnóstico, prognóstico, risco para psicose, resposta ao tratamento e efeitos colaterais de medicamentos. 

Entre os achados, apareceram moléculas que se mostraram promissoras, como o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), responsável pela manutenção e sobrevivência dos neurônios; a proteína mielina básica (MBP), associada à condução de impulsos nervosos; e o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF), atuante no desenvolvimento de diversos tecidos e processos metabólicos. No entanto, os resultados foram muito heterogêneos, o que impede que um único biomarcador seja usado clinicamente. 

Outro ponto interessante é que algumas proteínas parecem estar associadas não apenas à esquizofrenia, mas também a outros transtornos psiquiátricos. Isso reforça a ideia de que a doença talvez não seja uma entidade única, mas um conjunto de condições diferentes que compartilham características. 

Por que ainda não há um exame confiável 

Segundo os pesquisadores, a dificuldade em consolidar biomarcadores para a esquizofrenia não está na falta de bons estudos, mas na instabilidade do próprio diagnóstico atual. Como muitos pacientes recebem, ao longo da vida, diferentes diagnósticos dentro da psiquiatria, fica difícil padronizar os resultados. Além disso, a diversidade de critérios diagnósticos usados internacionalmente amplia ainda mais essa variabilidade. 

Para avançar, os especialistas defendem a necessidade de estudos longitudinais (que acompanham os pacientes por anos) e de novas formas de classificar os transtornos mentais. Em vez de olhar a esquizofrenia como uma doença fixa, alguns cientistas sugerem entender a psicose como um estado clínico, o que poderia abrir caminho para identificar marcadores biológicos mais consistentes. 

Caminhos para o futuro da psiquiatria 

A revisão conclui que ainda não há um biomarcador validado para o diagnóstico da esquizofrenia. Mas aponta que a proteômica (ciência que estuda o conjunto de proteínas em um organismo) é um campo promissor. O uso de tecnologias avançadas, como a espectrometria de massa, pode ajudar a identificar padrões moleculares mais precisos no futuro. 

Assim, mesmo sem respostas definitivas, o estudo traz uma mensagem de esperança: compreender melhor as bases biológicas da esquizofrenia podem transformar o diagnóstico e o tratamento da psiquiatria, tornando-os mais objetivos, personalizados e eficazes. 

[Leia também: Pesquisa com biomarcadores busca compreender epilepsia pós-traumática em casos de traumatismo cranioencefálico] 

Escrito por Maria Eduarda Ledo. 

Conteúdo Relacionado