Dentre os pesquisadores do IDOR, estavam envolvidos na coordenação científica do evento: Fernanda Tovar-Moll, presidente do IDOR, Sergio T. Ferreira, da UFRJ e IDOR e Roberto Lent, da UFRJ, do IDOR e da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE). Além deles, Flavia C. A. Gomes, Professora Titular da UFRJ; Flavia R. S. Lima, Professora Associada do Programa de Anatomia do ICB/UFRJ; Julia. H. R. Clarke, Professora Adjunta do ICB/UFRJ; Luiz Gustavo Dubois, Professor Assistente Titular da UFRJ e Rogério A. Panizzutti, Professor Associado do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, completavam a comitê.
“O objetivo principal deste encontro é fomentar a interação de pesquisadores e estudantes brasileiros com neurocientistas na vanguarda do conhecimento dessa área. Ao longo dos anos, o simpósio, carinhosamente apelidado de Neurobúzios, tem sido altamente produtivo na facilitação de colaborações entre neurocientistas brasileiros e estrangeiros, resultando em um notável aumento das publicações brasileiras na área nos últimos 15 anos” informou o Dr. Luiz Gustavo, um dos organizadores do evento.
A participação do IDOR não se limitou ao apoio à organização, tendo uma participação expressiva na agenda científica do encontro. No segundo dia, tivemos um módulo, coordenado pela Dra. Fernanda, intitulado Clinical Neuroscience & Global Health Approaches e Dr. Otávio Cabral-Marques e Dr. Fernando Bozza realizaram suas apresentações.
Dr. Otávio, pesquisador do IDOR e da Universidade de São Paulo (USP) abriu a segunda sessão do evento, palestrando sobre as alterações neuroimunológicas na depressão e outras doenças relacionadas. Ele comentou que o objetivo da apresentação foi esclarecer a interação complexa entre o sistema nervoso e o sistema imunológico na depressão e outros transtornos mentais. Dessa forma, é possível ampliar a compreensão científica, identificar novas vias terapêuticas, promover a colaboração interdisciplinar e sensibilizar a comunidade sobre a importância dos fatores imunológicos nos transtornos mentais, com o intuito de melhorar os tratamentos e resultados para os pacientes. Dr. Bozza apresentou dados relacionados à prevalência, fatores de risco e impacto da Covid-19 em comunidades do Rio.
Em outro módulo que abordava o tema Cognição, Dr. Jorge Moll Neto, demonstrou aspectos neuropsicológicos por trás de experiências como o altruísmo e a transcendência. Seguindo na mesma linha, Dr. Ronald Fischer demonstrou o que sabemos da cognição humana em experiências anômalas.
O Simpósio contou ainda com a participação de palestrantes internacionais como a Dr. Maria Lehtinen, do Boston Childrens Hospital, dos Estados Unidos, que abordou o papel e funcionalidade do plexo coróide, estrutura responsável pela produção do líquido cefalorraquidiano. Também tivemos o Dr. Jean Léon Thomas, da Yale School of Medicine, dos Estados Unidos, que palestrou sobre a interação entre o sistema imune e vascular nas meninges e no sistema nervoso central.
“Por essa característica de ser um encontro pequeno e estar num lugar em que as pessoas socializam mais, temos a chance de conversar, de estabelecer colaborações, parcerias. Acho que pelo porte, eles [os alunos] ficaram mais à vontade, participaram mais, fizeram perguntas, apresentaram seus trabalhos, alguns orais, outros em pôster” destaca Dra. Marília Zaluar, pesquisadora do IDOR, que acompanhou toda a programação.
No encerramento, o Dr. Luiz Gustavo comentou sobre o número recorde de submissão de resumos para as apresentações de pôsteres e as sessões de Jovens Pesquisadores, além de convidar a todos para a próxima edição. “A equipe organizadora está entusiasmada e feliz com a retomada desse evento tão valorizado por todos nós. Estamos confiantes de que o Frontiers in Neuroscience continuará a contribuir significativamente para o avanço da neurociência brasileira”.