Houve alta taxa de contágio entre funcionários e crianças após acampamento nos Estados Unidos
Apesar de serem tão vulneráveis à contaminação e transmissão do vírus quanto adultos, crianças e jovens com Covid-19 não apresentam sintomas tão graves. Porém, ainda não há dados suficientes relatando o perfil de contaminação no convívio em grupos nas escolas e creches, devido ao fechamento em massa destas instituições em diversos países desde o início da pandemia. O que se sabe é que o vírus é transmitido por perdigotos, gotículas de saliva contaminadas, mas não sabemos ao certo como se comporta a taxa de transmissão do Sars-CoV-2 em jovens e crianças.
Em artigo publicado no início de agosto, pesquisadores relataram o caso de um acampamento realizado no estado da Geórgia, Estados Unidos, onde um grupo de jovens com idade média de 12 anos sofreu contaminação em massa por Sars-CoV-2 após convívio conjunto no mês de junho. Aproximadamente 600 pessoas – metade eram mulheres – participaram do acampamento, e a idade média dos trabalhadores era de 17 anos.
Os pesquisadores verificaram que o aumento do índice de contágio era proporcional aos dias em que as pessoas foram expostas ao vírus. Ou seja, os trabalhadores, os quais ficaram mais tempo no local, tiveram 56% de taxa de contágio, já jovens que dormiram nas cabines, onde estavam entre 1 e 26 pessoas, tiveram taxa média de contágio de 50% nos 344 jovens que foram testados. Contudo, vários participantes não foram submetidos à testagem, e isso aponta à uma das debilidades do estudo.
Estes números altos de infecção podem ser correlacionados com as medidas não implementadas no acampamento, como o uso de máscaras de pano para pessoas acampadas – apenas para os trabalhadores tais máscaras eram requisitadas – e a abertura de janelas e portas para aumento da ventilação nas cabines. Somando-se, houve amplificação da exposição com atividades de alto contato, como o canto, em espaços abertos e fechados.
Baseando-se nos dados do estudo, os pesquisadores enfatizam que há facilidade no espalhamento do vírus entre crianças e adolescentes de diferentes idades. Por isso, faz-se mandatória a implementação de estratégias para prevenir a transmissão do vírus principalmente por pessoas assintomáticas, pois em locais públicos estas podem contaminar outros facilmente, visto que se não testadas, não saberão que estão contaminadas. Tal estudo e futuras pesquisas são importantes para analisarmos estratégias de volta às aulas, principalmente no Brasil, onde não há planejamento unificado e coordenado do retorno escolar.
Por Luiza Mugnol Ugarte
Quer receber as notícias do IDOR pelo WhatsApp? Clique aqui, salve o nosso número e mande uma mensagem com seu nome completo. Para cancelar, basta pedir!
21.08.2020
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |