O plasma de pessoas recuperadas pode ajudar aquelas que estão com Covid-19.
Diversos caminhos de tratamento para a Covid-19 estão sendo testados ao longo dos últimos meses. Entre eles estão os estudos com plasma – parte líquida do sangue que tem função de transportar substâncias pelo corpo – de convalescentes, ou recuperados. Acredita-se que os anticorpos presentes no plasma de pessoas saudáveis que se recuperaram de uma infecção possam dar um apoio inicial ao sistema imunológico de pacientes que o recebem.
A conceituada revista JAMA fala em seu artigo sobre essa terapia, que tem mais de 100 anos e de certa forma entrou e saiu de moda ao longo do tempo. Isso aconteceu porque o desenvolvimento de vacinas tomou o papel da contenção das doenças com muita eficácia. Mas, falando do tratamento com plasma de convalescentes, alguns estudos reportaram resultados positivos: vidas foram salvas. Agora, pesquisadores de um hospital em Nova York estão estudando tal tratamento em pacientes com Covid-19, são 500 pessoas das quais 33% provavelmente precisarão ser entubadas.
A pesquisa conta que 80% dos pacientes receberá tratamento ativo e 20% receberá o placebo. A ideia é que a maioria das pessoas se beneficie do potencial terapêutico do plasma de convalescentes. É na tendência de incluir todos os pacientes no braço de tratamento que reside um dos buracos de confirmação sobre a efetividade desse tratamento: a maioria dos estudos não têm um grupo controle. Ao mesmo tempo a estratégia é um bom plano para salvar o máximo de vidas atualmente, pois não temos tratamento efetivo confirmado, nem vacina.
A questão que os pesquisadores se perguntam é se o recebimento de plasma controle – aquele sem infecção por Sars-CoV-2 – poderia piorar a situação do grupo receptor. Isso poderia acontecer, porque elementos presentes no plasma podem causar aumento da coagulação sanguínea. Assim, até agora, mesmo sendo promissor, o tratamento não tem provas de que é efetivo.
Nos EUA, pessoas que já foram infectadas e tem como comprovar isso via exame, poderão doar plasma para esse estudo. Também outras universidades, como a conceituada Universidade de Stanford, começarão estudos de tratamento com plasma de convalescentes. Stanford tratará pessoas na ala de emergência, que não estão em estado grave o suficiente para serem internadas, já a Johns Hopkins irá testar o plasma de convalescentes em pessoas que sequer estão doentes. Também o IDOR deve iniciar um estudo com plasma de doadores em pacientes com apresentações graves da Covid-19. Por fim, todos estes pesquisadores acreditam que o tratamento pode ser uma estratégia com resultado positivo até que a vacina seja produzida em massa para a população, afinal, essa chegada pode demorar até um ano e meio.
Escrito por Luiza Mugnol Ugarte
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09.06.2020
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