Neurofeedback e Controle das Emoções
Será que existe uma máquina capaz de mudar a maneira como
uma pessoa percebe ou expressa suas emoções? Como isso se refletiria nos
relacionamentos amorosos? É o que tentam responder os pesquisadores dos
departamentos de Neurociência Cognitiva e Neuroinformática do Insitituto D’Or
de Pesquisa e Ensino (IDOR).
Atualmente, existem algumas técnicas de neuroimagem que
permitem a visualização do cérebro humano em pleno funcionamento. Utilizando
uma dessas técnicas, a Ressonância Magnética funcional (RMf), os pesquisadores
do IDOR estudam como é possível ensinar às pessoas a controlarem sua própria
atividade cerebral, a partir do treinamento com o Neurofeedback.
Com a RMf, é possível
medir o nível do funcionamento cerebral de um voluntário enquanto ele está
deitado dentro do aparelho. Com a ajuda de um software desenvolvido pela equipe de
Neuroinformática do IDOR, um computador então “lê” a atividade do cérebro,
mostrando essa leitura para o voluntário em tempo real. Assistindo na TV como está a ativação de determinadas áreas do cérebro naquele exato
momento, o voluntário aprende a controlá-las.
Diversos estudos vêm demonstrando que, ao receberem
treinamento adequado, voluntários saudáveis são capazes de aprender a controlar
o seu próprio cérebro. Ainda, o controle do funcionamento cerebral acaba se
refletindo no comportamento, induzindo mudanças na sensação de dor, sintomas de
depressão e reconhecimento de imagens, por exemplo.
É aí que entram as
emoções!
“A neurociência
avançou muito nos últimos anos. De maneira geral, já se sabe quais circuitos
cerebrais são importantes para a expressão das emoções. Se o neurofeedback for capaz de ensinar às
pessoas a controlarem esses circuitos, será que isso se refletirá em como elas
percebem ou manifestam suas emoções?”, conta a doutoranda Julie Weingartner.
Em um primeiro estudo, publicado no periódico PLOS ONE em
2014, os pesquisadores mostraram que voluntários saudáveis são capazes de
controlar a rede cerebral responsável pelos sentimentos de ternura e afeto. Agora,
o objetivo é estudar emoções um pouco mais complexas e entender como o controle
das emoções se traduz no comportamento e nas relações diárias.
Além do impacto sobre as relações interpessoais (amorosas ou
não), os pesquisadores acreditam que o neurofeedback
pode ser uma importante ferramenta para pessoas que sofrem de desordens
psiquiátricas, como depressão pós-parto e personalidade antissocial, por
exemplo. Nestes pacientes, a disfunção cerebral relacionada à redução do
comportamento pró-social – aquele que beneficia as relações entre as pessoas –
poderia ser revertida, ainda que parcialmente, o que teria impacto
significativo sobre sua qualidade de vida.
“O avanços científicos recentes têm permitido melhor
entendimento sobre o controle das emoções. Acreditamos que o neurofeedback é uma excelente
ferramenta, que pode abrir novos caminhos para tratamento de doenças
psiquiátricas” finaliza Julie.
12.06.2017
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |