O distanciamento social brasileiro precisa de testagens para poder planejar o fim do confinamento.
Chegar em casa, deixar o sapato na porta, lavar bem as mãos, tirar a máscara, lavá-la a cada uso, sair pouco e não tocar no rosto antes de higienizar as mãos. Essa lista é rotina obrigatória para quem sai de casa durante a pandemia de SARS-CoV-2. No entanto, isolamentos mais intensos como a estratégia de lockdown (isolamento total), que tornou-se obrigatória em alguns países, também chegaram ao Brasil nesta quinta-feira, dia 30 de abril, por decreto da justiça do estado do Maranhão, que declarou bloqueio total em quatro cidades, incluindo a capital São Luís.
No Brasil, como um todo, foi adotado o chamado distanciamento social. Ele se define pelo isolamento de todos os setores da sociedade, o que pode impactar fortemente na economia do país se sustentado por muito tempo. Pelo grande número de casos em São Paulo, o governo estadual declarou que o término da quarentena será no dia 10 de maio, quando a volta à rotina pode acontecer com restrições. Mas, dados do dia 30 mostram que no estado o isolamento social chega apenas à 47%, o que pode arrastar o distanciamento por mais tempo.
Ao evitarmos contato, podemos achatar a curva de contágio e o possível desenvolvimento de sintomas da COVID-19. Em outras palavras, ao ficarmos em casa, evitamos o risco de nos contaminar, portanto, os leitos de hospital destinados a atender pacientes de COVID-19 ficam com maior disponibilidade para atender a todos os doentes. Quando há contaminação aguda, os leitos se esgotam e só abrem vagas quando há alta ou óbito de alguém internado.
Porém, a medição do status de sucesso do distanciamento social é difícil de computar, pois há diversas variáveis a se considerar nessa mensuração. O que se sabe é que as decisões de isolamento tomadas por Hong Kong, por exemplo, foram extremamente eficazes. O país isolou os doentes e os internou quando necessário, além de deixar a população não contaminada em isolamento parcial. Isso diminuiu o número de contágios e resultou em poucas mortes. E a importante peça-chave do plano foi e é a testagem massiva da população.
O impacto da pandemia na saúde é enorme para uma parte da população, mas as intervenções do governo são capazes de atenuar seus efeitos, se bem executadas. Foi o que mostrou um relatório do Imperial College de Londres, que calculou que em 11 países a estratégia de isolamento social pode ter salvado 120 mil vidas. Por isso, manter o isolamento e planejar uma saída segura – com testagem e isolamento de doentes – é essencial para o sucesso da volta ao convívio social, que possivelmente se iniciará mantendo a utilização de máscaras.
Escrito por Luiza Mugnol Ugarte.
Quer receber as notícias do IDOR pelo WhatsApp? Clique aqui, salve o nosso número e mande uma mensagem com seu nome completo. Para cancelar, basta pedir!
03.05.2020
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |