Galactomanana, Aspergillus
O que é o exame Galactomanana, Aspergillus?
O exame Galactomanana, Aspergillus, consiste em um ensaio imunoenzimático (geralmente do tipo ELISA) capaz de identificar fragmentos do antígeno galactomanana liberado pela parede celular do fungo durante sua replicação no organismo. Trata-se de um marcador indireto da presença do Aspergillus, com aplicação clínica principalmente no diagnóstico da aspergilose invasiva.
Este exame é considerado um avanço porque permite detecção precoce, antes de manifestações radiológicas evidentes ou mesmo do isolamento do fungo em cultura, que frequentemente apresenta baixa sensibilidade.
Para que serve o exame Galactomanana, Aspergillus?
A principal utilidade do exame é o diagnóstico precoce da aspergilose invasiva em pacientes de alto risco, como aqueles submetidos a transplante de medula óssea, receptores de transplante de órgãos sólidos, pacientes em quimioterapia prolongada para leucemias agudas, e indivíduos sob uso prolongado de corticoides ou imunossupressores potentes.
O teste também serve como método de monitoramento terapêutico, auxiliando na avaliação da resposta ao tratamento antifúngico. Além disso, pode contribuir em estudos epidemiológicos e na estratificação de risco em protocolos hospitalares.
Como é feito o exame Galactomanana, Aspergillus?
A coleta pode ser realizada em amostras de sangue (soro) ou em lavado broncoalveolar (LBA). Após a coleta, o material é submetido ao ensaio imunoenzimático que utiliza anticorpos monoclonais para capturar o antígeno galactomanana. A leitura do resultado é feita por espectrofotometria, resultando em um índice de positividade (índice GM).
É importante que o exame seja realizado em laboratórios especializados, dado o risco de falsos positivos relacionados a antibióticos beta-lactâmicos ou à presença de outros fungos. A análise sequencial de amostras aumenta a acurácia diagnóstica.
Quando o exame Galactomanana, Aspergillus é solicitado?
É solicitado quando há suspeita clínica de aspergilose invasiva em pacientes imunossuprimidos ou em situações de febre persistente sem foco definido, especialmente em contextos de neutropenia prolongada. Também pode ser solicitado em casos de alterações tomográficas sugestivas (como o “sinal do halo” ou o “sinal do crescente aéreo”) e no monitoramento seriado de pacientes de alto risco internados em unidades hematológicas e oncológicas.
Quais doenças ou condições o exame Galactomanana, Aspergillus pode diagnosticar?
A principal condição detectada é a aspergilose invasiva, que pode comprometer pulmões, seios paranasais, sistema nervoso central e disseminar-se hematogenicamente. Em casos menos frequentes, pode auxiliar na investigação de infecções fúngicas em imunocomprometidos que cursam com lesões nodulares pulmonares de etiologia incerta.
É importante destacar que o exame não substitui métodos complementares, como biópsia, cultura e imagem, mas aumenta significativamente a sensibilidade diagnóstica quando associado a outros critérios.
Quais são os valores de referência do exame Galactomanana, Aspergillus?
Os valores variam conforme o kit utilizado, mas geralmente:
- Índice GM < 0,5: considerado negativo.
- Índice GM entre 0,5 e 1,0: zona cinzenta, podendo requerer repetição ou correlação clínica.
- Índice GM ≥ 1,0: considerado positivo para presença de galactomanana.
É fundamental correlacionar o resultado com achados clínicos, radiológicos e outros exames laboratoriais. O uso seriado do teste aumenta a sensibilidade e especificidade diagnósticas, permitindo melhor acompanhamento da evolução da doença.
Qual especialista pode solicitar o exame Galactomanana, Aspergillus?
Hematologistas, oncologistas, infectologistas, pneumologistas e intensivistas são os principais solicitantes, já que atuam diretamente em populações de risco para infecções fúngicas invasivas. Médicos transplantadores e imunologistas clínicos também podem indicar o exame em protocolos de monitoramento.
Preparativos para o exame
Não há necessidade de jejum ou preparo dietético. No entanto, deve-se informar ao laboratório o uso de antibióticos beta-lactâmicos, como a piperacilina-tazobactam, que podem gerar reatividade cruzada e levar a resultados falso-positivos. Em coletas de lavado broncoalveolar, a realização do exame depende de broncoscopia, que requer cuidados prévios específicos orientados pelo pneumologista.
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