Manometria Esofágica Computadorizada Sem Teste Provocativo

Trata-se de um exame funcional que mede pressões e coordenação dos músculos envolvidos na deglutição. A manometria esofágica avalia a motilidade do esôfago e a função dos esfíncteres esofágicos, sendo fundamental para diagnosticar distúrbios como acalasia, espasmo difuso e motilidade ineficaz.

Na manometria esofágica, o paciente chega em jejum de algumas horas, recebe anestésico local no nariz e tem introduzido um cateter fino até o esôfago. Durante o exame, são realizadas várias deglutições de água, além de manobras específicas, enquanto o aparelho registra as pressões ao longo do órgão.

A manometria esofágica é indicada para investigar disfagia sem causa aparente, para diferenciar os tipos de acalasia, para estudar dor torácica não cardíaca e para avaliar pacientes candidatos a cirurgia antirrefluxo. Já a anorretal é usada para entender casos de constipação refratária, diagnosticar dissinergia pélvica, quantificar a força dos esfíncteres em casos de incontinência e verificar a presença de reflexos importantes, como o reflexo reto-anal inibitório.

A manometria não costuma ser descrita como dolorosa, mas pode gerar desconforto. Na versão esofágica, a passagem da sonda pelo nariz pode provocar náusea, lacrimejamento e irritação transitória da garganta.

A manometria esofágica leva em torno de vinte a quarenta e cinco minutos, incluindo a colocação da sonda e a execução do protocolo de deglutições.

A manometria esofágica utiliza valores de consensos internacionais, seguindo parâmetros como os da Classificação de Chicago, com medições do relaxamento do esfíncter inferior do esôfago, da força das contrações e da porcentagem de deglutições ineficazes. É importante destacar que os valores numéricos de normalidade variam conforme o equipamento utilizado e a posição do paciente durante o exame. O seu médico poderá te informar sobre os valores de referência de normalidade.