Conheça as sequelas mais comuns, relacionadas ao novo coronavírus
A COVID-19 é uma doença nova e, portanto, recém-estudada pela comunidade científica.
Desde que surgiram os primeiros casos, em dezembro de 2019 na China, a literatura médica vem registrando sequelas que podem atingir diferentes partes do organismo.
Até mesmo depois de meses do contágio e da alta médica, existe a chance de surgirem incidentes relacionados ao SARS-CoV-2.
No entanto, isso não significa que todos terão complicações. “A maioria das pessoas que foram infectadas pelo coronavírus fica sem sequela alguma”, afirma Fabio Miranda, Gerente das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Copa Star.
De acordo com o médico, integrante da equipe da linha de frente do combate à COVID-19, pacientes que tiveram quadros graves que exigiram internação, suporte em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ventilação mecânica apresentam maiores chances de eventuais consequências com possibilidade de persistirem.
Entre as sequelas mais comuns estão tosse seca, cansaço, fraqueza muscular, dor de cabeça e perda de olfato e paladar. Os sintomas podem perdurar por algumas semanas.
Também há casos de problemas cardíacos, como miocardite (inflamação no músculo do coração) e pericardite (inflamação na membrana que reveste o órgão), que podem levar a sintomas como arritmias. Outra inflamação relatada por especialistas é a miosite, que acomete os músculos e provoca riscos de fraqueza aguda e generalizada.
O rol de infecções sérias desencadeadas pelo coronavírus envolve problemas pulmonares como a fibrose, um enrijecimento progressivo do pulmão capaz de ocasionar falta de ar e má circulação sanguínea. Além disso, podem ocorrer problemas neurológicos mais graves, como sequelas variáveis de AVC (acidente vascular cerebral).
Mais um aspecto da pandemia ressaltado pelo Dr. Fabio Miranda refere-se ao desencadeamento de desordens emocionais e psiquiátricas, como fobias e síndromes do pânico, não apenas em pessoas acometidas pelo vírus.
“Temos visto que, em geral, as pessoas se recuperam totalmente da COVID-19”, diz o médico intensivista Fabio Miranda.
Os tratamentos podem envolver fisioterapia para situações de fraqueza muscular, psicoterapia e diferentes classes de medicamentos, de acordo com a necessidade de cada caso.
A Rede D’Or conta com todos os recursos e uma equipe multidisciplinar para tratar, orientar e conduzir seus pacientes à reabilitação. O cuidado pós-alta também é fundamental.