Parto prematuro: O que é, quais são os fatores de risco e como lidar com essa situação?

Sem dúvida, a gravidez é um período repleto de questionamentos, especialmente para as mães de primeira viagem. Entre as inúmeras preocupações que podem surgir, o temor do parto prematuro se destaca.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a cada dez minutos, seis bebês prematuros nascem no Brasil, o que corresponde a aproximadamente 340 mil casos no ano.

Diante desse cenário é crucial entender as causas e fatores de risco associados à condição para favorecer uma gravidez saudável e sem preocupações.

O que é o parto prematuro?

O tempo de gestação ideal para que o bebê desenvolva membros, órgãos e tecidos, desde a concepção até o momento do nascimento, é de 38 a 42 semanas. O parto é classificado como prematuro quando o bebê chega ao mundo antes de atingir as 37 semanas.

Para facilitar a compreensão, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dividiu a prematuridade em três categorias, sendo elas:

  • Extremamente prematuro: quando o bebê nasce com menos de 28 semanas de gestação;
  • Prematuridade moderada: bebês nascidos entre a 29ª e a 33ª semana de gestação;
  • Prematuridade tardia: inclui bebês nascidos entre a 34ª e a 37ª semana de gestação.

Como saber se eu corro o risco de ter um parto prematuro?

Para determinar se você está em risco de ter um parto prematuro, deve-se levar em consideração vários fatores. Mulheres que já tiveram episódios anteriores, estão grávidas de gêmeos ou múltiplos, ou possuem histórico de malformações uterinas apresentam risco maior.

Outros fatores que também podem contribuir para a prematuridade são:

  • Ausência de cuidados pré-natais;
  • Tabagismo;
  • Consumo de álcool ou drogas;
  • Estresse;
  • Infecções do trato urinário;
  • Sangramento vaginal;
  • Diabetes;
  • Obesidade,
  • Pressão alta ou pré-eclâmpsia;
  • Distúrbios de coagulação;
  • Idade materna, especialmente aquelas com menos de 17 anos ou acima de 35.

Como posso identificar um trabalho de parto prematuro?

Compreender os sinais de um trabalho de parto prematuro é de extrema importância para todas as futuras mães. A dor persistente na região lombar pode ser um indicativo do início do trabalho de parto prematuro. Isso ocorre devido à pressão exercida na parte inferior da coluna durante as contrações uterinas.

Outro sinal substancial é a sensação de pressão na região pélvica quando o bebê se posiciona para o nascimento, encaixando-se na pélvis. Quando você experimenta essa sensação, pode ser um indicativo de que o parto está se aproximando. Nesse caso, é crucial buscar atendimento médico imediato para uma assistência adequada.

Quais riscos o parto prematuro pode trazer para o bebê?

O índice mais significativo de mortalidade infantil é atribuído ao nascimento precoce. Bebês que conseguem sobreviver a ele frequentemente enfrentam internações prolongadas em unidades de terapia intensiva neonatal e lidam com desafios de longo prazo que podem incluir desde problemas respiratórios, digestivos e visuais até cognitivos, como a deficiência intelectual e a paralisia cerebral.

É possível prevenir o parto prematuro?

A prevenção da prematuridade começa antes mesmo da concepção, sendo fundamental que a mulher adote um estilo de vida saudável.

Isso inclui uma dieta balanceada, a manutenção do peso, a prática de exercícios físicos, sob autorização, e a obrigação de manter o calendário de vacinação atualizado para prevenir complicações que possam aumentar o risco de parto prematuro.

Além disso, o acompanhamento pré-natal é crucial para monitorar o desenvolvimento da gestação e promover maior segurança tanto para a mãe quanto para o bebê.

Encontre um especialista