O câncer de paratireóide é um tumor maligno muito raro, que afeta a glândula paratireóide no pescoço, causando sintomas como cansaço excessivo, fraqueza muscular ou vontade de urinar com frequência. Entenda o que é câncer de paratireóide, sintomas, causas e tratamento
O câncer de paratireoide é um tumor maligno raro que se origina nas glândulas paratireoides, responsáveis pela produção do paratormônio (PTH), o hormônio que regula os níveis de cálcio no organismo. Os sintomas podem incluir cansaço excessivo, fraqueza muscular, aumento da frequência urinária e, em alguns casos, uma massa palpável no pescoço.
Esse tipo de câncer pode ser causado por fatores genéticos, como mutações nos genes relacionados ao câncer, ou por síndromes como a neoplasia endócrina múltipla (MEN). O tratamento geralmente envolve cirurgia, e pode incluir radioterapia, quimioterapia e medicamentos para regular os níveis de cálcio no sangue.
Os principais sintomas incluem:
Além disso, a hipercalcemia pode levar a problemas neurológicos, como dificuldade de concentração, depressão e irritabilidade, bem como aumentar o risco de pedras nos rins, osteoporose, fraturas espontâneas e dor óssea.
As glândulas paratireoides são quatro pequenas glândulas localizadas atrás da glândula tireoide na região do pescoço. Elas são responsáveis pela produção do hormônio paratormônio (PTH), essencial para a regulação dos níveis de cálcio no organismo.
O câncer de paratireoide pode levar a uma produção excessiva de PTH, resultando em hipercalcemia, que pode enfraquecer os ossos e afetar a função renal.
O diagnóstico é realizado por endocrinologistas, clínicos gerais ou oncologistas clínicos, por meio da avaliação dos sintomas, histórico médico e exame físico do pescoço.
Exames laboratoriais e de imagem são essenciais para confirmar o diagnóstico e orientar o tratamento.
Os principais exames incluem:
Um exame específico que pode ser solicitado é o sestaMIBI, que utiliza uma substância radioativa para avaliar a atividade das paratireoides.
O estadiamento do câncer de paratireoide é baseado na localização do tumor e na presença de metástases:
Em caso de suspeita de câncer de paratireoide, recomenda-se consultar um endocrinologista. O tratamento oncológico deve ser realizado por um oncologista clínico.
A causa exata do câncer de paratireoide não é completamente compreendida, mas certas mutações genéticas, como as do gene HRPT2 (CDC73), estão associadas a um aumento do risco.
Os principais fatores de risco incluem:
Além disso, a exposição à radioterapia na região do pescoço também pode aumentar o risco.
O tratamento oncológico é conduzido principalmente por oncologistas clínicos em conjunto com endocrinologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço e visa remover o tumor e normalizar os níveis de PTH e cálcio.
A cirurgia oncológica chamada paratireoidectomia, realizada por um cirurgião de cabeça e pescoço, é o tratamento padrão e envolve a remoção do tumor e do tecido saudável ao redor. Em alguns casos, a tireoide do lado afetado também pode ser removida.lado em que o tumor se encontra também pode ser removida, além de linfonodos próximos.
Medicamentos como ácido zoledrônico, pamidronato, calcitonina, cinacalcete ou denosumabe podem ser utilizados para controlar os níveis de cálcio no sangue, especialmente antes da cirurgia ou quando esta não é possível.
A radioterapia pode ser indicada para o câncer de paratireoide, em alguns casos após a cirurgia para eliminar células tumorais remanescentes ou em caso de recidiva. A radioterapia utiliza uma máquina que emite feixes de radiação sobre a região a ser tratada.
A quimioterapia é um tratamento que pode ser indicado em alguns casos de câncer de paratireoide, pois esse tipo de tumor não responde bem a essa estratégia terapêutica.
Assim, a quimioterapia pode ser indicada nos casos de metástases, quando o tumor se espalhou para outras partes do corpo, ou voltou após a cirurgia.
O acompanhamento é essencial após o tratamento para avaliar os níveis de cálcio e PTH no sangue. Exames de sangue são frequentemente realizados a cada 3 a 6 meses nos primeiros cinco anos após a cirurgia.