A sonda alimentar, também conhecida como sonda de alimentação enteral, é um dispositivo médico utilizado para fornecer nutrição diretamente ao estômago ou intestino de pacientes que não podem ingerir alimentos pela boca.
Esse método é essencial para garantir que indivíduos com dificuldades de deglutição, problemas gastrointestinais ou condições neurológicas recebam os nutrientes necessários para a manutenção da saúde.
Indicações e como se alimentar por sonda
A sonda alimentar é indicada em diversas situações clínicas relacionadas ou não ao câncer e ao tratamento oncológico:
- Disfagia: incapacidade de engolir devido a condições como sequelas de tratamentos oncológicos, acidente vascular cerebral (AVC), esclerose múltipla ou doença de Parkinson.
- Cirurgias: pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos no sistema digestivo ou na região da cabeça e pescoço e não podem ingerir alimentos temporariamente e/ou definitivamente.
- Desnutrição severa: indivíduos com doenças crônicas – ou câncer – que resultaram em perda significativa de peso e massa muscular.
- Distúrbios neurológicos: condições que afetam a parte neurológica responsável pela deglutição.
- Doenças gastrointestinais: problemas como obstruções intestinais por doenças oncológicas ou doença de Crohn.
- Efeitos colaterais do tratamento oncológico: utilizada muitas vezes naqueles pacientes que estão com dificuldade de se alimentar por dor, mucosite, náuseas, entre outros sintomas que podem ocorrer durante o tratamento do câncer.
Quais os tipos e como funciona a sonda alimentar?
Nasoenteral (NE): uma das mais utilizadas para nutrição, é inserida pelo nariz e alcança o intestino delgado; é de fácil implantação e oferece inúmeras possibilidades terapêuticas e de dietas para o paciente.
Gastrostomia Endoscópica Percutânea (GTT): inserida diretamente na parede abdominal até o estômago, com auxílio de endoscopia, para uso prolongado (mais de 4 – 6 semanas). Menos desconforto e mais funcional para o paciente.
Jejunostomia Endoscópica Percutânea (JEP): similar à GTT, mas inserida no intestino delgado, quando a digestão gástrica está prejuducada.
Nasogástrica (NG): inserida pelo nariz, vai até o estômago; é indicada para uso curto (até 4 – 6 semanas) ou para drenar conteúdo estomacal.
Sonda alimentar incomoda?
A adaptação ao uso de uma sonda alimentar pode ser desafiadora, mas com o suporte adequado, o paciente pode aprender a gerenciar essa situação. Conheça 5 dicas para uma melhor adaptação à sonda:
Educação e treinamento: é essencial que o paciente e seus cuidadores recebam instruções detalhadas sobre como cuidar da sonda, preparar a fórmula alimentar e administrar a alimentação.
Higiene rigorosa: manter a sonda e o local de inserção limpos é crucial para prevenir infecções.
Monitoramento contínuo: verificar regularmente a posição da sonda e a condição da pele ao redor do local de inserção auxilia na identificação de problemas.
Apoio emocional: para alguns pacientes, a adaptação pode ser mais difícil. Buscar ajuda em grupos de apoio pode auxiliar nesse sentido.
Adaptação da dieta: trabalhar com um nutricionista para garantir que a fórmula de alimentação atenda às necessidades nutricionais específicas do paciente contribui para a melhora da tolerância e eficácia do tratamento.



