A gravidez gemelar ou múltipla ocorre quando mais de um bebê é gerado simultaneamente. Alguns fatores podem aumentar as chances de ocorrência, tais como: histórico de gêmeos na família (correlação genética por parte da mãe), idade materna após 35 anos, fertilização in vitro, gestação gemelar anterior e avanços nos cuidados pré-natais e pós-parto.
Segundo aponta um levantamento da Universidade de Oxford, nas últimas décadas, a incidência do nascimento de gêmeos aumentou em cerca de 10% em mais de 70 países.
Como saber se estou grávida de gêmeos?
Por meio do exame de ultrassom, em grande parte dos casos, é possível identificar precocemente esse tipo de gestação, já a partir da 6ª semana.
Quais são os tipos de gestação gemelar?
– Gêmeos univitelinos ou monozigóticos: Aqui, um único óvulo é fertilizado por um espermatozoide. Em algum momento inicial do desenvolvimento, esse embrião se divide, resultando em gêmeos idênticos.
– Gêmeos Bivitelinos ou Dizigóticos: Nesse caso, mais de um óvulo é liberado durante o ciclo menstrual e cada um deles é fertilizado por espermatozoides diferentes. É dessa forma que são gestados os gêmeos bivitelinos ou não idênticos, que podem ser de sexos distintos. Vale lembrar que eles não são geneticamente iguais.
Classificação das gestações gemelares e sua importância
-Monocoriônicas-diamnióticas: os bebês compartilham a mesma placenta (órgão que fornece nutrientes e oxigênio a eles durante a gravidez), mas possuem duas bolsas. Isso é típico de uma gestação de univitelinos.
-Dicoriônicas-diamnióticas: quando os gêmeos não dividem a mesma placenta. Nessa situação, eles se encontram em bolsas separadas, sendo sempre bivitelinos.
-Monocoriônicas-monoamnióticas: gêmeos idênticos dividem a mesma placenta e a mesma bolsa.
Identificar o número de placentas é uma parte fundamental do acompanhamento de gestações gemelares, pois isso ajuda a determinar se a gravidez é monocoriônica ou dicoriônica.
A Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF), complicação grave que ocorre na gravidez de gêmeos, incide exclusivamente em gestações monocoriônicas.
Sintomas da gestação gemelar
Os sintomas da gravidez gemelar tendem a ser mais intensos, devido às mudanças hormonais e ao maior volume abdominal. Entre eles, destacam-se: enjoos, vômitos, sensibilidade nos seios, cansaço, sono e dor pélvica. Além disso, ocorre aumento da frequência urinária, das contrações e do surgimento precoce de falta de ar, ao se comparar com a gravidez de um único bebê. Por isso, o acompanhamento com um especialista é fundamental para uma gestação segura e saudável para mamãe e bebê.
Cuidados especiais no pré-natal
A gravidez gemelar é considerada de alto risco e requer cuidados médicos e pré-natais mais rigorosos. Ela apresenta alguns desafios, em razão do maior risco de complicações para a mamãe e o bebê, sobretudo no momento do parto.
Por isso, é necessário adotar determinadas medidas, tais como: controlar a pressão, o peso e a taxa de glicose, apostar em uma dieta rica em nutrientes, ter um tempo maior de repouso e cuidar do lado emocional, por causa da possibilidade de depressão na gravidez ou no pós-parto.
Sobre o parto gemelar
O tipo de parto apropriado para o nascimento de gêmeos depende de vários fatores e deve ser determinado pelo médico obstetra, com base na avaliação da saúde da mãe, da posição dos bebês, da idade gestacional, etc.
Geralmente, ocorre uma maior incidência de cesarianas. No entanto, a gestante pode optar pelo parto normal, desde que conte com a avaliação de um especialista para, juntos, decidirem qual a melhor opção, de acordo com determinados critérios.
Ter gêmeos é uma jornada emocionante, desafiadora e muito especial. É uma experiência de duplo amor, dupla diversão e alegria. Além disso, a conexão entre irmãos gêmeos costuma ser intensa!