Você está em Oncologia D`Or
Você está em Oncologia D`Or

Câncer colorretal: Um tumor prevenível, mas ainda negligenciado

março azul-marinho

O câncer colorretal é um dos tumores mais comuns no Brasil e no mundo. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esta neoplasia está entre as três mais incidentes tanto em homens quanto em mulheres, atrás apenas dos cânceres de mama e de próstata. Apesar da alta ocorrência, a doença ainda é pouco debatida e a maioria das pessoas desconhece as formas de prevenção e de rastreamento.

No triênio de 2023 a 2025, são esperados cerca de 45.630 novos casos por ano, com uma incidência maior nas regiões Sudeste e Sul, de acordo com levantamento do INCA. Apesar de sua prevalência, o câncer colorretal é um dos tumores mais preveníveis, graças à possibilidade de diagnóstico precoce e à identificação de lesões pré-cancerosas por meio de exames como a colonoscopia.

Entretanto, no Brasil, 70% dos casos são detectados em estágios avançados, o que reduz as chances de cura e torna o  tratamento mais complexo.

Entre os principais fatores de risco estão o histórico familiar , doenças inflamatórias intestinais, sedentarismo, alimentação rica em carnes processadas, tabagismo e consumo excessivo de álcool. Ainda assim, grande parte da população não está ciente de que pequenas mudanças no estilo de vida, como adotar uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas e evitar o cigarro, podem reduzir consideravelmente os riscos de desenvolver a doença. Devido a desinformação, o câncer colorretal é diagnosticado tardiamente.

Quando diagnosticado em estágios avançados, o câncer colorretal traz graves consequências para o paciente. O tratamento tende a ser mais agressivo, incluindo cirurgias extensas, quimioterapia e radioterapia. Além disso, a taxa de sobrevida diminui significativamente.

Para pacientes que descobrem o tumor em fase inicial, a taxa de sobrevida é superior a 90% após cinco anos, enquanto aqueles diagnosticados em estágios avançados enfrentam prognósticos bem menos favoráveis.

O maior desafio é que, nos primeiros estágios, o câncer colorretal, na maioria das vezes, é assintomático ou apresenta sinais inespecíficos, como alterações no hábito intestinal, sangramento nas fezes, fadiga e perda de peso. Por isso, o rastreamento precoce é essencial para evitar a progressão silenciosa da doença.

Diferentemente de outros tipos de câncer, o colorretal é altamente prevenível. A maioria dos casos tem origem em pólipos – pequenas alterações no revestimento do intestino que podem levar anos para se transformar em tumores malignos. A colonoscopia é o exame mais eficiente para detectar e remover pólipos adenomatosos, que são lesões pré-cancerosas.

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia recomenda que o rastreamento comece aos 45 anos para indivíduos sem sintomas e sem histórico familiar. Para aqueles com fatores de risco, a investigação precisa ser iniciada ainda mais cedo. O exame permite a visualização total do intestino e a remoção dos pólipos.

Além da colonoscopia, hábitos saudáveis, como uma dieta rica em fibras, frutas e vegetais, e exercícios regulares, reduzem o risco de desenvolver a doença. No entanto, a chave para o sucesso na prevenção é o diagnóstico precoce.

Apesar dos desafios, com a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e a adoção de hábitos saudáveis, podemos mudar o cenário de diagnóstico tardio da doença. É hora de agir: faça consultas e exames regularmente  e adote um estilo de vida saudável.

Juntos, podemos prevenir o câncer colorretal.

Compartilhe este artigo