Você está em Oncologia D`Or
Você está em Oncologia D`Or

Câncer de mama e amamentação: tudo o que você precisa saber

Veja como a amamentação pode reduzir a probabilidade de câncer, quais alterações nas mamas são normais neste período e quando é preciso investigar.

Câncer de mama e amamentação: tudo o que você precisa saber

A maternidade desperta um novo olhar sobre o corpo, os sentimentos e os cuidados com a saúde. Durante o período de amamentação, é comum surgirem sensações e mudanças nas mamas que podem gerar dúvidas e até preocupações. Diante desse cenário, ter acesso a informações confiáveis é fundamental para viver essa fase com mais tranquilidade e segurança. Neste texto, você encontrará esclarecimentos importantes sobre a relação entre aleitamento e câncer de mama. Boa leitura!

A amamentação protege do câncer de mama?

Sim. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o aleitamento materno é um fator de proteção comprovado contra o câncer de mama. Quanto maior o tempo de amamentação, menor tende a ser o risco de desenvolver a doença.

Durante a lactação, a produção de leite reduz a exposição das mamas a estrogênio e outros hormônios que, em níveis elevados e prolongados, estão associados ao aumento do risco de câncer. Além disso, o processo de amamentação favorece a eliminação de células mamárias com possíveis mutações, contribuindo para a renovação celular e proteção tecidual.

Quais alterações nas mamas são normais durante o aleitamento?

Durante a amamentação, o corpo da mulher passa por diversas transformações fisiológicas para produzir e liberar o leite materno. Algumas alterações nas mamas são esperadas e consideradas normais, como:

  • Aumento da sensibilidade;
    Inchaço ou aumento de volume;
  • Veias mais visíveis sob a pele;
  • Tensão ou estiramento da pele mamária.

Essas alterações costumam se estabilizar com o tempo e o ajuste da produção de leite à demanda do bebê.

Quais são as complicações comuns na lactação?

Embora natural, a amamentação pode trazer desafios que requerem atenção e, por vezes, cuidados especializados. Entre as complicações mais frequentes estão:

  • Ingurgitamento mamário (popularmente chamado de “leite empedrado”), causado pelo acúmulo de leite nas mamas;
  • Fissuras nos mamilos, geralmente decorrentes de pega incorreta do bebê;
    Mastite, uma inflamação do tecido mamário que pode ser acompanhada de dor, vermelhidão e febre;
    Obstrução dos ductos lactíferos, com formação de nódulos e desconforto local.

A intervenção precoce nessas situações é essencial para aliviar os sintomas e prevenir complicações mais graves.

Quando é preciso buscar ajuda médica?

Alguns sinais durante a amamentação não devem ser ignorados, pois podem indicar condições mais sérias, incluindo o câncer de mama. É fundamental procurar um profissional de saúde caso você observe:

  • Nódulos endurecidos e persistentes que não desaparecem após as mamadas;
  • Alterações na pele da mama, como enrugamento, retração ou aparência de “casca de laranja”;
  • Inversão ou retração do mamilo;
    Vermelhidão intensa, dor localizada ou inchaço que não se relaciona com mastite ou fissura;
  • Saída de secreção sanguinolenta ou purulenta pelos mamilos.

Mesmo durante a lactação, é indispensável manter o acompanhamento regular com o ginecologista ou mastologista e relatar qualquer anormalidade.

Pode fazer mamografia amamentando?

Sim, a mamografia pode ser realizada com segurança durante a amamentação. Contudo, é recomendável seguir orientações específicas do médico.

Em geral, orienta-se esvaziar as mamas antes do exame (amamentando ou ordenhando) para facilitar a visualização das estruturas internas, já que o tecido mamário fica mais denso nesse período. Apesar da densidade aumentada, o exame segue sendo eficaz na detecção de alterações suspeitas.

Quem tem câncer de mama pode amamentar?

De modo geral, a amamentação não é recomendada durante o tratamento ativo do câncer de mama, que pode incluir quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia ou terapias-alvo. Isso porque muitas dessas abordagens envolvem o uso de medicamentos ou radiações que podem ser eliminados no leite materno e representar risco à saúde do bebê, inclusive com potencial efeito tóxico.

Além disso, a própria condição clínica da paciente,como fadiga intensa, dor mamária, risco de infecção ou alterações na produção de leite, pode tornar o aleitamento inviável ou desaconselhado nesse período.

No entanto, é fundamental ressaltar que cada caso deve ser avaliado de forma individualizada. A decisão sobre a possibilidade de amamentar deve levar em conta:

  • O tipo e o estágio do câncer;
  • O tratamento específico em curso;
    A presença ou não de função mamária preservada;
  • A saúde geral da mãe e do bebê.

O acompanhamento por uma equipe multiprofissional, incluindo oncologista, mastologista e pediatra, é essencial para orientar a paciente de forma segura e personalizada.

Quem já teve câncer de mama pode amamentar?

Sim, muitas mulheres que tiveram câncer de mama conseguem amamentar, dependendo do tratamento que realizaram.

Se a cirurgia foi conservadora (preservando parte da mama e das glândulas mamárias) e não houve radioterapia que comprometesse a função das glândulas lactíferas, a produção de leite pode ser mantida.

Mesmo em casos de mastectomia unilateral (remoção de uma das mamas), é possível amamentar com a outra, desde que esteja saudável e funcional. No entanto, quando ambas as mamas foram retiradas ou os tratamentos afetaram a capacidade de produção de leite, a lactação pode não ser viável.

Em qualquer cenário, o acompanhamento por uma equipe médica especializada é fundamental para avaliar individualmente a condição da paciente e orientar sobre alternativas seguras para alimentar o bebê.

Se precisar, pode contar com a Oncologia D'Or!

A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.

Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso às estruturas hospitalares mais modernas e aos avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.

Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

Compartilhe este artigo