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Cuidados, limpeza e tempo de permanência do cateter

Saiba o que é e conheça as melhores práticas da aplicação do cateter.

O uso de cateteres é uma prática comum no tratamento oncológico, permitindo a administração segura e eficaz de quimioterápicos, medicamentos de suporte, fluidos intravenosos e nutrição parenteral. No entanto, a manutenção rigorosa e a adoção de boas práticas são fundamentais para minimizar riscos, prevenir infecções e garantir a segurança do paciente.

O que é um cateter?

Um cateter é um dispositivo médico composto por um tubo flexível e fino, inserido em uma veia para facilitar a infusão de substâncias ou a coleta de sangue. Dependendo da indicação clínica, os cateteres podem ser classificados em diferentes tipos:

  • Cateter Venoso Central (CVC): inserido em grandes vasos sanguíneos, como a veia jugular, subclávia ou femoral, sendo utilizado para terapias de longa duração.
  • Cateter Central de Inserção Periférica (PICC): introduzido em uma veia do braço e avançado até uma veia central, sendo uma opção menos invasiva para tratamentos prolongados.
  • Port-a-Cath (cateter totalmente implantado): um dispositivo implantado sob a pele, geralmente na região torácica, conectado a um reservatório subcutâneo, que permite o acesso venoso repetitivo com menor risco de infecção.

Cada tipo de cateter possui indicações específicas e requer cuidados distintos para garantir seu funcionamento adequado e reduzir complicações.

Manutenção e cuidados do cateter

A correta manutenção do cateter é essencial para prevenir complicações, como infecções da corrente sanguínea associadas a cateter (ICSRC), tromboses e oclusões. As principais recomendações incluem:

Higiene das mãos

A higienização adequada das mãos com água e sabão ou álcool 70% antes e após o manuseio do cateter é fundamental para reduzir o risco de infecção.

Troca de curativos

A troca do curativo deve ser realizada periodicamente, conforme a recomendação médica e os protocolos institucionais. Curativos estéreis transparentes são preferidos para facilitar a visualização do local de inserção.

Limpeza do local de inserção

Durante a troca de curativos, o local de inserção deve ser higienizado com antissépticos apropriados, como clorexidina alcoólica a 2%, garantindo a descontaminação da área e reduzindo o risco de infecção.

Inspeção regular

O local de inserção deve ser avaliado diariamente para identificar sinais de complicações, como:

  • vermelhidão ou calor local (possível infecção);
  • inchaço ou dor (sinais de trombose venosa associada ao cateter);
  • secreção purulenta (indício de infecção grave).

Caso qualquer um desses sinais esteja presente, é essencial notificar imediatamente a equipe médica para avaliação e conduta apropriada.

O manejo adequado dos cateteres é um aspecto crítico no tratamento oncológico, garantindo a segurança do paciente e a eficácia da terapia. O acompanhamento contínuo de uma equipe multiprofissional e a adesão a protocolos de controle de infecção são essenciais para reduzir complicações e otimizar os resultados clínicos.

Revisão médica:

Dra. Fernanda Frozoni Antonacio

Oncologista Clínica

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