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Mesotelioma: o que é e qual a sua gravidade?

O mesotelioma é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta o mesotélio, uma membrana fina que reveste órgãos internos como os pulmões, o coração e o abdômen. A forma mais comum é o mesotelioma pleural, que acomete a pleura — o revestimento que envolve os pulmões e a parede torácica.

O que é o mesotelioma maligno?

O mesotelioma maligno é uma neoplasia de crescimento agressivo que se origina nas células do mesotélio. Está fortemente associado à exposição ao amianto (asbesto), um mineral amplamente utilizado no passado nas indústrias naval, automotiva e da construção civil. A inalação de suas fibras pode desencadear alterações celulares malignas, geralmente após um longo período de latência, que varia entre 20 e 40 anos.

Sintomas comuns

Os sintomas do mesotelioma pleural incluem:

  • Dor torácica persistente
  • Falta de ar progressiva (dispneia)
  • Tosse crônica
  • Derrame pleural (acúmulo de líquido entre as camadas da pleura)
  • Fadiga e perda de peso inexplicadas

Esses sinais costumam surgir de forma insidiosa e progressiva, o que frequentemente dificulta o diagnóstico precoce.

Gravidade e prognóstico

O mesotelioma é considerado uma doença grave e podendo ser fatal. A sobrevida média após o diagnóstico varia de 8 a 14 meses em doenças avançadas. Essa baixa taxa de sobrevida se deve à natureza agressiva do tumor e à dificuldade de identificá-lo precocemente.
Apesar dos avanços terapêuticos, o mesotelioma pleural maligno ainda apresenta prognóstico reservado. As opções de tratamento incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo e imunoterapia, com o objetivo principal de controlar os sintomas, retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida.

Diagnóstico

O diagnóstico do mesotelioma baseia-se na combinação de avaliação clínica detalhada, histórico ocupacional de exposição ao amianto, exames de imagem como a tomografia computadorizada (TC) do tórax, PET-ct e análise citológica do líquido pleural ou biópsia pleural. Esses métodos permitem confirmar o diagnóstico e excluir outras doenças com apresentação semelhante.

Tratamento

O tratamento depende do estágio da doença e das condições clínicas do paciente. Em estágios muito iniciais, pode-se considerar a cirurgia para remoção máxima do tumor (como a pleurectomia/decorticação ou a pneumonectomia extrapleural), geralmente em combinação com quimioterapia e radioterapia. Nos estágios avançados, o foco é controle da doença para garantir controle dos sintomas, podendo lançar mão de procedimentos como drenagem do líquido pleural e manejo da dor, além de terapias sistêmicas — como imunoterapia — que buscam retardar o avanço do câncer.

Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim

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