Manter uma alimentação saudável ao longo da vida é essencial para prevenir a má nutrição em todas as suas formas, além de reduzir o risco de diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, cardiopatias, obesidade e até câncer, conforme alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Adotar bons hábitos alimentares não significa abrir mão do prazer de comer, mas sim fazer escolhas conscientes, priorizando a qualidade dos alimentos e a saúde como um todo. Neste conteúdo, você vai conhecer os principais alimentos que podem estar associados a um maior risco de desenvolver câncer e como substituí-los por opções mais seguras e nutritivas.
Qual é a relação entre alimentação e câncer?
A alimentação inadequada é considerada a segunda principal causa evitável de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ficando atrás apenas do tabagismo. Por isso, é fundamental adotar uma dieta rica em alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas. Esses alimentos são fontes de fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos com ação antioxidante e anti-inflamatória, capazes de proteger as células contra danos.
Além disso, manter uma alimentação equilibrada é essencial para prevenir o sobrepeso e a obesidade, condições reconhecidas pela OMS como fatores de risco para pelo menos 13 tipos de câncer, incluindo os de mama, intestino, fígado e pâncreas.
Por outro lado, recomenda-se reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados (com corantes, aromatizantes, conservantes e realçadores de sabor), carnes processadas (como embutidos), bebidas açucaradas e frituras em excesso. Esses produtos estão associados a inflamação crônica e disfunções metabólicas que podem favorecer alterações celulares com potencial carcinogênico. Optar por preparações caseiras, com menor teor de sal, açúcar e gordura, é uma estratégia eficaz para a saúde a longo prazo.
Quais alimentos estão associados ao câncer?
A seguir, os principais grupos de alimentos que, quando consumidos em excesso e de forma contínua, estão associados a um risco aumentado de câncer:
1. Carnes processadas
Produtos como salsicha, presunto, bacon, linguiça e mortadela passam por processos de defumação, cura e adição de conservantes como nitritos e nitratos. Esses compostos podem formar substâncias cancerígenas no organismo, especialmente quando os alimentos são preparados em altas temperaturas. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC/OMS) classifica as carnes processadas como carcinogênicas para humanos (Grupo 1), com associação comprovada principalmente ao câncer colorretal.
2. Carnes vermelhas em excesso
O consumo frequente e elevado de carne bovina, suína ou de cordeiro pode estar ligado a um risco maior de câncer, sobretudo de intestino. Isso ocorre, entre outros fatores, devido à presença de ferro heme, que em quantidades elevadas pode gerar espécies reativas de oxigênio e danificar células. A IARC classifica a carne vermelha como provavelmente carcinogênica para humanos (Grupo 2A). No entanto, em quantidades moderadas, continua sendo uma fonte importante de proteínas, ferro, zinco e vitamina B12.
3. Alimentos ultraprocessados
Um estudo conduzido no Reino Unido e publicado em 2023 na revista The Lancet mostrou que o consumo elevado de alimentos ultraprocessados está associado ao aumento da mortalidade por câncer e ao risco de diferentes tipos de tumores, inclusive alguns menos comuns, como o do ovário.
Exemplos incluem salgadinhos de pacote, refrigerantes, biscoitos recheados, refeições prontas congeladas e outros produtos industrializados ricos em aditivos químicos, conservantes, corantes, além de excesso de sódio, açúcar e gorduras. O consumo frequente desses produtos deve ser evitado.
4. Frituras
Alimentos fritos, especialmente quando preparados em óleo reutilizado, podem gerar compostos tóxicos como acrilamida e aldeídos, associados a processos inflamatórios e danos celulares. Seu consumo deve ser moderado e, sempre que possível, substituído por métodos de preparo mais saudáveis, como assar, grelhar ou cozinhar.
5. Bebidas alcoólicas
O álcool é um fator de risco bem estabelecido para diferentes tipos de câncer, incluindo fígado, esôfago, boca, garganta, laringe, cólon e mama. Ao ser metabolizado, o etanol se transforma em acetaldeído, uma substância carcinogênica classificada pela IARC. O risco aumenta proporcionalmente à quantidade consumida, não havendo um nível considerado totalmente seguro.
Sorvete causa câncer?
O sorvete, por si só, não causa câncer. Porém, é um alimento rico em açúcar e gordura saturada, que em consumo excessivo pode contribuir para obesidade, inflamação e doenças metabólicas, indiretamente aumentando o risco de câncer. Versões caseiras à base de frutas naturais, iogurte sem açúcar ou alternativas veganas são opções mais leves e nutritivas.
Caldo em cubo causa câncer?
Os caldos em cubo fazem parte do grupo de ultraprocessados e contêm excesso de sal, gordura e aditivos químicos, que podem favorecer processos ligados a doenças crônicas quando usados frequentemente. Substituí-los por caldos caseiros feitos com legumes, ervas frescas e temperos naturais é mais saudável e saboroso.
Macarrão instantâneo causa câncer?
Assim como outros ultraprocessados, o macarrão instantâneo apresenta baixo valor nutricional, excesso de sódio e aditivos artificiais. O consumo frequente e exagerado pode contribuir para desequilíbrios metabólicos que aumentam o risco de doenças crônicas, incluindo o câncer. Uma boa alternativa é preparar massas frescas com molho caseiro e proteínas magras.
Salsicha e outros embutidos dão câncer?
Sim, o consumo regular de salsichas e outros embutidos está associado a maior risco de câncer, principalmente o colorretal, devido à presença de conservantes e métodos de processamento. O ideal é substituí-los por carnes frescas, aves, peixes, ovos ou leguminosas, como grão-de-bico e lentilha, que são fontes saudáveis de proteína.
A ingestão ocasional dos alimentos citados, dentro de uma dieta saudável e balanceada, não representa um risco isolado de câncer. No entanto, a ingestão frequente, combinada com outros hábitos alimentares inadequados, pode contribuir para um estado inflamatório e favorecer doenças crônicas. Sempre que possível, prefira refeições feitas com ingredientes frescos e naturais.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


