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Câncer na pleura: o que é, sintomas, causas e tratamento

O câncer na pleura é um tipo de tumor maligno que se desenvolve em uma membrana fina e delicada que reveste os pulmões e o interior da parede torácica. A pleura possui duas camadas principais: a pleura visceral, que cobre diretamente os pulmões, e a pleura parietal, que reveste a parte interna da cavidade torácica.

Sua principal função é produzir uma pequena quantidade de líquido lubrificante, que reduz o atrito entre essas camadas durante a respiração.

Também chamado de mesotelioma pleural maligno, esse câncer é considerado raro em comparação a outros tipos de tumores, mas representa uma importante preocupação em saúde pública por seu comportamento agressivo e diagnóstico geralmente tardio.

Quais são as causas?

A principal causa do câncer na pleura é a exposição prolongada ao amianto (ou asbestos). Esse mineral fibroso foi amplamente utilizado por décadas em construções, indústrias e na fabricação de materiais isolantes e telhas, devido à sua alta resistência ao calor e durabilidade.

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a extração, industrialização, comercialização e distribuição do amianto em 2017, após a comprovação de seu potencial cancerígeno e dos inúmeros casos de doenças associadas ao seu uso.

Quando partículas microscópicas de amianto são inaladas, elas podem ficar retidas nos pulmões e na pleura por muitos anos. Com o tempo, provocam inflamações crônicas e danos celulares que podem levar à formação de tumores malignos.

O intervalo entre a exposição e o aparecimento do câncer costuma ser longo, variando de 10 a 40 anos.

Quais são os sintomas?

Os sintomas do câncer de pleura geralmente surgem de forma lenta e progressiva, podendo ser confundidos com outras doenças respiratórias, como pneumonia, bronquite crônica ou insuficiência cardíaca. Isso muitas vezes atrasa o diagnóstico.
Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Dor torácica persistente;
  • Falta de ar (dispneia);
  • Tosse ou rouquidão contínuas;
  • Inchaço nos braços ou pernas;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Suor noturno intenso;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Febre baixa.

Como esses sinais podem ocorrer em várias condições, é essencial procurar um médico, especialmente em pessoas com histórico de exposição ao amianto, para uma investigação completa e diagnóstico precoce.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer pleural envolve diversas etapas para confirmar a presença do tumor e avaliar sua extensão. Inicialmente, o médico coleta informações sobre o histórico de exposição ao amianto e os sintomas do paciente.

Os exames de imagem geralmente começam com uma radiografia de tórax, que pode mostrar derrame pleural (acúmulo de líquido), espessamento pleural ou áreas opacas suspeitas. A tomografia computadorizada (TC) e, em alguns casos, a ressonância magnética (RM) ajudam a definir melhor o tamanho e a localização das lesões.

O diagnóstico definitivo depende da biópsia pleural, na qual é coletada uma amostra de tecido para análise microscópica.

Essa coleta pode ser feita por diferentes métodos, como toracoscopia (cirurgia minimamente invasiva que permite visualizar a pleura) ou agulha guiada por imagem. Após a confirmação, outros exames são realizados para verificar se houve disseminação para linfonodos ou outros órgãos, etapa essencial para definir o tratamento mais adequado.

Câncer na pleura do pulmão tem cura?

Por se tratar de um tipo de tumor raro e de comportamento agressivo, o mesotelioma pleural maligno infelizmente não é considerado curável na maioria dos casos.

O diagnóstico costuma ocorrer em fases avançadas, quando o tumor já se espalhou além da pleura, dificultando a remoção completa.

De acordo com o Moffitt Cancer Center e outras instituições especializadas, a taxa média de sobrevida é de cerca de 73% em 1 ano e 12% em 5 anos, variando conforme o estágio e as condições do paciente.

Mesmo assim, o tratamento é fundamental para aliviar sintomas como dor e falta de ar, melhorar a qualidade de vida e, em alguns casos, prolongar a sobrevida.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento do mesotelioma pleural costuma ser multimodal, ou seja, combina diferentes abordagens para controlar o tumor, reduzir sintomas e oferecer o melhor prognóstico possível.
A escolha depende do estágio da doença, da idade e do estado geral de saúde do paciente. As opções incluem:

  • Quimioterapia, frequentemente com a combinação de pemetrexede e cisplatina;
  • Imunoterapia, com medicamentos que estimulam o sistema imunológico, como nivolumabe e ipilimumabe;
  • Cirurgia, indicada em casos selecionados, para remover parte da pleura afetada (pleurectomia) ou o revestimento pulmonar;
  • Radioterapia, utilizada para aliviar dor e controlar o crescimento tumoral;
  • Cuidados paliativos, voltados para o controle de sintomas e manutenção do bem-estar.

Se precisar, pode contar com a Oncologia D’Or!

A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.

Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso às estruturas hospitalares mais modernas e aos avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.

Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.

Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim

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