O carcinoma verrucoso é uma variante rara e bem diferenciada do carcinoma espinocelular, que pode acometer a pele e as mucosas. Caracteriza-se por crescimento lento, progressivo e exofítico, com aspecto semelhante a uma verruga grande, espessa e irregular. Embora seja considerado um tumor maligno, apresenta baixo potencial de metástase à distância, mas pode ser localmente agressivo, destruindo tecidos vizinhos.
Também conhecido como tumor de Ackerman, o carcinoma verrucoso pode surgir em diferentes regiões do corpo, originando subtipos específicos:
- Carcinoma verrucoso oral: acomete língua, gengivas, mucosa jugal e palato;
- Condiloma gigante (tumor de Buschke-Löwenstein): geralmente aparece na região anogenital;
- Epitelioma cuniculatum: afeta principalmente a planta dos pés.
Apesar de o prognóstico ser geralmente favorável, o diagnóstico precoce é fundamental para ampliar as chances de tratamento curativo e preservar a qualidade de vida do paciente.
Este tipo de câncer é contagioso?
O carcinoma verrucoso não é contagioso. Contudo, em alguns casos, pode estar associado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que é transmissível. Assim, o vírus pode ser passado de uma pessoa para outra, mas o câncer em si não.
Qual é a causa do carcinoma verrucoso?
O câncer se desenvolve quando há multiplicação anormal e descontrolada das células. As causas exatas do carcinoma verrucoso ainda não são totalmente conhecidas, mas alguns fatores estão relacionados ao seu surgimento:
- Infecção pelo HPV (especialmente subtipos de baixo risco oncogênico, como HPV-6 e HPV-11, nos casos anogenitais);
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Traumas repetitivos ou irritação crônica em pele ou mucosas;
- Inflamação persistente.
Quais são os sinais e sintomas?
As manifestações clínicas variam conforme a localização, mas incluem:
- Placas ou áreas esbranquiçadas (leucoplasia) ou avermelhadas na mucosa oral;
- Massa ou lesão de aspecto verrucoso, de crescimento lento;
- Dor, desconforto ou sangramento local;
- Dificuldade para mastigar, falar ou engolir (em lesões orais);
- Odor fétido, em alguns casos mais avançados;
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico requer avaliação clínica e biópsia, que deve incluir amostra profunda para evitar falso-negativos, já que o tumor pode ser confundido com hiperplasia verrucosa ou condiloma. Exames de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, podem ser solicitados para avaliar a extensão da doença em casos avançados.
O carcinoma verrucoso tem cura?
Sim. Quando diagnosticado precocemente e tratado de forma adequada, o carcinoma verrucoso apresenta altas taxas de cura.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento depende do tamanho, da localização e da extensão da lesão. As principais modalidades incluem:
- Cirurgia: geralmente é o tratamento de escolha, visando remoção completa da lesão;
- Radioterapia: pode ser utilizada em casos selecionados, embora exista debate na literatura sobre risco de transformação em carcinoma espinocelular convencional em alguns pacientes;
- Terapias complementares: crioterapia, laser de CO₂ e terapia fotodinâmica podem ser opções em situações específicas ou em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia;
- Quimioterapia tópica ou sistêmica: utilizada raramente, em casos selecionados.
A definição da melhor abordagem deve ser individualizada por um médico especialista, considerando o estado clínico do paciente e as características do tumor.
O acompanhamento periódico é indispensável para detecção precoce de recidivas locais, que são relativamente comuns.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


