Receber o resultado de um exame de sangue pode gerar dúvidas e ansiedade, especialmente quando aparecem termos pouco conhecidos, como anisocitose. É comum que, ao ver essa palavra no laudo, o paciente se pergunte se isso tem relação com algo mais grave, como o câncer.
Apesar do nome técnico, a anisocitose está relacionada apenas ao tamanho das células vermelhas do sangue (hemácias). E o mais importante: o aparecimento desse termo não representa, por si só, um diagnóstico de doença.
Antes de tirar conclusões, é essencial entender o que o termo significa, quais são suas possíveis causas e quando ele merece investigação mais detalhada.
O que é anisocitose?
A anisocitose é um termo médico que descreve uma variação anormal no tamanho das hemácias. Em condições normais, as células vermelhas do sangue têm dimensões semelhantes, o que garante o bom transporte de oxigênio pelo corpo.
Quando há diferenças perceptíveis, algumas hemácias maiores (macrócitos) e outras menores (microcitos), o exame registra a presença de anisocitose.
É importante destacar que a anisocitose não é uma doença, e sim um achado laboratorial que indica que algo pode estar interferindo na produção ou na destruição das hemácias.
Essa alteração costuma ser identificada por meio do índice RDW (Red Cell Distribution Width, traduzido como amplitude de distribuição dos glóbulos vermelhos), presente no hemograma.
Existe relação entre anisocitose e câncer?
Essa é uma dúvida muito comum. A resposta é: não necessariamente.
A anisocitose, seja ela discreta, moderada ou acentuada, não é sinônimo de câncer e não indica automaticamente a presença de leucemia ou de qualquer outro tipo de tumor.
O achado deve sempre ser interpretado em conjunto com os demais resultados do hemograma e com a avaliação clínica do paciente. Somente o médico, considerando sintomas, histórico pessoal e exames complementares, pode determinar o real significado dessa alteração.
Em alguns casos, a anisocitose pode até aparecer em pacientes com doenças hematológicas mais sérias, como a síndrome mielodisplásica, mas ela nunca é suficiente sozinha para fechar um diagnóstico.
O que pode causar a anisocitose?
A causa mais comum de anisocitose são as anemias, especialmente aquelas que alteram o formato ou o tamanho das hemácias. Entre os tipos mais associados estão:
- Anemia ferropriva (por falta de ferro);
- Anemia megaloblástica (por deficiência de vitamina
- B12 ou ácido fólico);
- Anemia hemolítica autoimune;
- Anemia perniciosa;
- Anemia sideroblástica;
- Anemia falciforme.
Além das anemias, a anisocitose também pode aparecer em outras condições, como:
- Talassemia;
- Doença renal ou hepática;
- Distúrbios da tireoide;
- Mielofibrose;
- Síndrome mielodisplásica;
- Esferocitose hereditária;
- Doenças cardíacas crônicas.
Essas situações podem alterar a produção, o formato ou o tempo de vida das hemácias, refletindo em maior variação do seu tamanho.
O que fazer se meu exame indicar anisocitose?
Encontrar o termo “anisocitose” em um exame de sangue pode causar preocupação, mas é fundamental lembrar que esse achado isolado não indica uma doença grave. Ele deve ser interpretado no contexto do restante do hemograma e do seu estado de saúde geral.
Evite tirar conclusões por conta própria ou buscar respostas apenas na internet. A anisocitose pode ter diversas causas, muitas das quais são simples e tratáveis.
O ideal é levar o exame a um clínico geral ou hematologista, que poderá avaliar o conjunto dos resultados, seus sintomas e histórico, solicitando outros testes se necessário.
Com a orientação adequada, é possível identificar a causa e iniciar o tratamento correto, quando indicado, garantindo mais tranquilidade e segurança ao paciente.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


