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Alimentação e câncer: tudo o que você precisa saber

A alimentação é um dos pilares mais importantes da saúde e da qualidade de vida. O que comemos influencia diretamente o funcionamento do nosso corpo, desde o sistema imunológico até o equilíbrio hormonal e o metabolismo. Por isso, uma dieta equilibrada é considerada essencial tanto para prevenir doenças quanto para auxiliar no tratamento de diversas condições, incluindo o câncer.

Diversos estudos científicos demonstram que determinados hábitos alimentares podem aumentar ou reduzir o risco de desenvolver diferentes tipos de câncer. Além disso, para quem já recebeu o diagnóstico, a nutrição adequada é uma aliada no fortalecimento do organismo, na redução de efeitos colaterais e na melhora da resposta às terapias.

Ao longo deste artigo, você encontrará as principais informações sobre a relação entre alimentação e câncer, além de links para outros conteúdos da Oncologia D’Or, caso queira se aprofundar no tema.

O papel da alimentação na prevenção do câncer

A alimentação inadequada é considerada a segunda principal causa evitável de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), ficando atrás apenas do tabagismo. Por isso, é fundamental adotar uma dieta rica em alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais e leguminosas.

Esses alimentos fornecem fibras, vitaminas, minerais e compostos bioativos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que ajudam a proteger as células contra danos ao DNA e processos inflamatórios crônicos.

Manter uma alimentação equilibrada também é essencial para prevenir o sobrepeso e a obesidade, condições associadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo WCRF a pelo menos 13 tipos de câncer, entre eles os de mama, intestino, fígado, esôfago, pâncreas e ovário.

Outra recomendação importante é reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, que contêm aditivos como corantes, conservantes, aromatizantes e realçadores de sabor. Carnes processadas (como salsicha, presunto e bacon), bebidas açucaradas e frituras frequentes também devem ser evitadas, pois estão associadas à inflamação crônica, resistência à insulina e alterações metabólicas que podem favorecer o surgimento de células cancerígenas.

Optar por preparações caseiras, com menor teor de sal, açúcar e gordura, é uma das formas mais eficazes de promover a saúde a longo prazo.

Saiba mais: Quais alimentos estão associados ao câncer?

O que comer para evitar o câncer

Embora nenhum alimento isolado seja capaz de impedir o aparecimento do câncer, um padrão alimentar saudável, equilibrado e variado pode reduzir significativamente o risco da doença. Os principais grupos que devem fazer parte da rotina alimentar incluem:

  • Frutas, verduras e legumes (coloridos e variados);
  • Grãos integrais (como arroz integral, aveia e quinoa);
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico e ervilha);
  • Oleaginosas e sementes (castanhas, nozes, linhaça e chia);
  • Peixes ricos em ômega-3, como salmão, sardinha e atum;
  • Chás e especiarias naturais, como cúrcuma, gengibre e chá-verde.

Vale lembrar que cada pessoa tem necessidades específicas. A presença de alergias, intolerâncias, distúrbios gastrointestinais ou efeitos adversos de tratamentos pode exigir ajustes individuais. Por isso, o acompanhamento de um nutricionista é essencial para personalizar o plano alimentar.

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Como a alimentação atua no tratamento do câncer

Durante o tratamento oncológico, a alimentação tem papel fundamental na recuperação, na resposta às terapias e na qualidade de vida. Uma dieta personalizada, adequada ao quadro clínico e às preferências do paciente, ajuda a fortalecer o sistema imunológico, preservar a massa muscular, prevenir a desnutrição e aliviar efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia.

O câncer e seu tratamento podem causar alterações no apetite, no paladar, na digestão e na absorção de nutrientes. Náuseas, vômitos, mucosite (inflamação na mucosa da boca), alterações do paladar, diarreia e constipação são comuns e podem reduzir o consumo alimentar.

A combinação entre baixa ingestão de nutrientes e aumento da demanda metabólica do corpo pode levar à caquexia, uma síndrome caracterizada pela perda de massa muscular e gordura corporal, uma das complicações mais graves em pacientes com câncer.

Uma alimentação equilibrada e nutritiva pode:

  • Aumentar a tolerância ao tratamento, com melhor resposta e menos interrupções;
  • Reduzir o risco de infecções, mantendo a integridade da pele e mucosas (dependente de nutrientes como proteínas, zinco e vitamina A);
  • Preservar a massa muscular, com ingestão adequada de proteínas e calorias;
  • Controlar processos inflamatórios, com alimentos ricos em ômega-3 e antioxidantes;
  • Melhorar o bem-estar e a qualidade de vida, contribuindo para mais disposição e equilíbrio emocional.

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Por que a dieta deve ser personalizada

A personalização da dieta no tratamento oncológico é essencial. Cada paciente apresenta características únicas, físicas, metabólicas, emocionais e clínicas, que influenciam a resposta ao tratamento e às intervenções nutricionais.

Pessoas com o mesmo tipo de câncer podem ter necessidades muito diferentes: enquanto algumas mantêm o apetite e o peso, outras enfrentam perda de massa muscular, náuseas intensas ou dificuldade para mastigar e engolir.

Por isso, as orientações variam conforme:

Tipo e localização do tumor;
Estágio da doença;
Tipo de tratamento em curso;
Presença de comorbidades;
Sintomas e efeitos colaterais;
Idade e estado nutricional;
Preferências alimentares e capacidade de ingestão.

A alimentação deve ser ajustada ao longo de todo o tratamento, acompanhando a evolução do quadro clínico. Dietas padronizadas e generalistas podem ser ineficazes, ou até prejudiciais.

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A nutrição no câncer infantil

Nos casos de câncer infantil, a nutrição tem papel ainda mais estratégico. Crianças e adolescentes estão em fase de crescimento e desenvolvimento, o que torna essencial o cuidado para manter o equilíbrio nutricional e garantir o desenvolvimento físico, cognitivo e emocional.

O tratamento oncológico pediátrico pode causar efeitos colaterais que afetam o apetite e a absorção de nutrientes. Além disso, alguns tumores e terapias alteram o metabolismo e o equilíbrio hormonal, podendo interferir no crescimento e no peso.

Por isso, o suporte nutricional especializado é indispensável.

Entre os principais objetivos da nutrição no câncer infantil estão:

  • Prevenir e tratar a desnutrição;
  • Garantir crescimento e desenvolvimento adequados;
  • Preservar força e disposição;
  • Minimizar efeitos colaterais;
  • Apoiar o sistema imunológico;
  • Proporcionar conforto e bem-estar.

O plano alimentar deve ser individualizado, considerando a idade, o tipo de câncer, a fase do tratamento e as preferências alimentares.

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Quem elabora a dieta do paciente oncológico

A dieta do paciente com câncer deve ser elaborada e acompanhada por um nutricionista oncológico, profissional capacitado para avaliar o estado nutricional, identificar necessidades específicas e propor um plano alimentar individualizado.

Esse especialista atua em conjunto com a equipe multidisciplinar, formada por médicos oncologistas, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais, garantindo uma abordagem integrada e segura.

Entre suas principais funções estão:

  • Avaliar o estado nutricional e riscos de desnutrição;
  • Planejar uma alimentação personalizada e adaptável;
  • Prescrever suplementos, quando necessário;
  • Monitorar sintomas e ajustar a dieta;
  • Educar o paciente e familiares sobre hábitos alimentares saudáveis;
  • Acompanhar a evolução em todas as fases do tratamento.

Com esse suporte especializado, a nutrição contribui para melhores resultados clínicos, menor tempo de internação e mais qualidade de vida durante e após o tratamento.

Saiba mais: Nutricionista Oncológico: profissional essencial no tratamento do câncer

Confira o Guia de Alimentação Durante e Após o Tratamento!

Pensando em apoiar pacientes oncológicos e seus familiares, a Oncologia D’Or preparou um material exclusivo com orientações práticas, baseadas em evidências científicas, sobre alimentação antes, durante e após o tratamento.

Se precisar, pode contar com a Oncologia D’Or!

A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.

Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso às estruturas hospitalares mais modernas e aos avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.

Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.

Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim

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