A colite é uma inflamação do intestino grosso (cólon), que pode causar dor abdominal, diarreia, sangramento nas fezes e desconforto persistente. Embora frequentemente associada a distúrbios gastrointestinais comuns, uma dúvida recorrente entre os pacientes é: colite pode evoluir para câncer?
Essa é uma preocupação legítima, sobretudo porque determinados tipos de colite exigem acompanhamento contínuo. Compreender as diferentes formas da doença, suas causas e os métodos de tratamento é essencial para prevenir complicações graves, incluindo o câncer colorretal.
Afinal, qual é a relação entre colite e câncer?
A colite ulcerativa em especial, uma das doenças inflamatórias intestinais crônicas, está associada a um risco aumentado de desenvolvimento de câncer colorretal, especialmente em casos de inflamação extensa e duradoura. Quanto mais tempo a mucosa intestinal permanece inflamada e ulcerada, maior é a chance de ocorrerem alterações celulares (displasias), que podem progredir para neoplasias malignas. Por isso, o diagnóstico precoce e o controle rigoroso da doença são fundamentais.
Entretanto, é importante enfatizar: nem toda colite está relacionada ao risco de câncer. Formas transitórias, como a colite infecciosa ou medicamentosa, geralmente têm evolução benigna e não costumam predispor ao desenvolvimento de neoplasias.
Quais são os tipos de colite?
A colite pode se manifestar de diversas formas, dependendo de suas causas e características clínicas. As principais incluem:
- Colite ulcerativa: doença inflamatória crônica, de etiologia ainda não completamente esclarecida, que causa ulcerações na mucosa do cólon;
- Colite infecciosa: provocada por agentes bacterianos, virais ou parasitários;
- Colite isquêmica: decorrente da redução ou interrupção do fluxo sanguíneo intestinal;
- Colite medicamentosa: associada ao uso de determinados fármacos, como anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) ou antibióticos;
- Colite microscópica: inflamação que só pode ser diagnosticada por exame histopatológico, muitas vezes relacionada a doenças autoimunes ou uso crônico de medicamentos;
- Colite funcional ou psicossomática (frequentemente chamada de “colite nervosa”): não envolve inflamação verdadeira, sendo relacionada a distúrbios do eixo cérebro-intestino, como síndrome do intestino irritável (SII), com forte componente emocional (estresse, ansiedade, depressão).
Como fazer o controle adequado da colite?
O tratamento varia conforme o tipo de colite, mas geralmente envolve:
- Uso de medicamentos como anti-inflamatórios, antibióticos, imunossupressores ou biológicos;
- Adoção de uma dieta personalizada, evitando alimentos que irritam o trato gastrointestinal;
- Acompanhamento periódico com gastroenterologista;
- Realização de colonoscopias em intervalos definidos, principalmente nos casos crônicos (como na colite ulcerativa), para rastreamento de displasias ou lesões precoces.
Em pacientes com colite ulcerativa de longa duração, sobretudo com envolvimento de todo intestino, a vigilância endoscópica com colonoscopia é fundamental para a prevenção do câncer colorretal.
A colite pode levar a quais complicações?
Quando não tratada adequadamente, a colite pode evoluir com complicações relevantes, incluindo:
- Sangramentos intestinais persistentes;
- Perfuração do intestino;
- Megacólon tóxico (dilatação grave e potencialmente fatal do cólon);
- Desnutrição e comprometimento da absorção de nutrientes;
- Aumento do risco de câncer colorretal, em casos de colite crônica inflamatória.
Quais são os sinais de alerta?
Alguns sintomas podem indicar agravamento do quadro ou risco de complicações, exigindo avaliação médica imediata:
- Sangue ou muco nas fezes;
- Diarreia ou constipação persistentes;
- Dor abdominal intensa e recorrente;
- Sensação de evacuação incompleta;
- Perda de peso não intencional;
- Febre prolongada;
- Fadiga acentuada e sem causa aparente.
Essas manifestações podem refletir processos inflamatórios ativos ou alterações mais graves na mucosa intestinal. Por isso, buscar atendimento especializado é essencial para diagnóstico precoce e conduta adequada.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


