Receber um diagnóstico com um nome pouco familiar pode gerar preocupação. A hiperostose é uma dessas condições que, à primeira vista, costuma causar dúvidas e ansiedade, especialmente pela possível associação com doenças mais graves, como o câncer. Mas, afinal, o que significa esse termo e qual é a gravidade desse achado? Neste artigo, vamos explicar o que é a hiperostose, suas causas, os tipos mais comuns e esclarecer se há ou não ligação com tumores malignos.
O que é a hiperostose?
A hiperostose é uma condição caracterizada pelo crescimento anormal e excessivo de tecido ósseo, que pode ocorrer em diferentes partes do corpo. Esse termo não se refere a uma doença específica, mas a uma alteração estrutural do osso, podendo estar associada a diversos quadros clínicos.
É importante destacar que, embora o nome possa soar preocupante, a hiperostose geralmente é uma condição benigna. Ainda assim, sua avaliação cuidadosa por um médico é essencial para identificar a causa subjacente e descartar outras doenças ósseas de comportamento mais agressivo.
Existe relação entre hiperostose e câncer?
Não, a hiperostose não é um tipo de câncer. Esse espessamento ósseo ocorre de forma controlada e geralmente lenta, sem apresentar as características típicas dos tumores malignos, como o crescimento desordenado ou a invasão de tecidos vizinhos.
Entretanto, em alguns exames de imagem, a aparência da hiperostose pode ser confundida com lesões tumorais. Por isso, a diferenciação entre alterações benignas e malignas é fundamental, e deve ser feita por um médico especialista, geralmente com o apoio de exames de imagem mais detalhados e, em alguns casos, biópsia.
Quais são os principais tipos de hiperostose?
A hiperostose pode se manifestar de diversas formas, conforme a localização e a extensão do crescimento ósseo. Entre os tipos mais conhecidos, destacam-se:
- Hiperostose frontal interna (HFI) – também chamada de síndrome de Morgagni-Stewart-Morel, caracteriza-se pelo espessamento da tábua interna do osso frontal. É mais comum em mulheres após a menopausa e, na maioria dos casos, não causa sintomas, sendo descoberta de forma incidental em exames de imagem.
- Hiperostose esquelética idiopática difusa (DISH) – conhecida como doença de Forestier, afeta principalmente a coluna vertebral, levando à formação óssea ao longo dos ligamentos. Essa ossificação pode provocar rigidez, dor e limitação de movimentos, sendo mais frequente em pessoas idosas e em pacientes com síndrome metabólica, obesidade ou diabetes tipo 2.
- Hiperostose cortical infantil (doença de Caffey) – forma rara que acomete bebês, caracterizada por inflamação e espessamento de ossos como a mandíbula e a clavícula, acompanhados de inchaço nos tecidos moles e febre. Apesar do quadro agudo, a condição costuma ser autolimitada, com boa evolução.
Embora todas as formas tenham em comum o crescimento ósseo excessivo, cada tipo apresenta características clínicas e condutas diferentes. O diagnóstico correto é fundamental para orientar o acompanhamento e descartar outras condições ósseas mais complexas.
O que causa a hiperostose?
A causa exata da hiperostose nem sempre é conhecida e varia conforme o tipo. Em geral, ela está relacionada a fatores que estimulam a formação óssea além do normal. Entre os aspectos mais frequentemente associados estão:
- Envelhecimento;
- Obesidade;
- Síndrome metabólica;
- Desequilíbrios hormonais (como alterações nos níveis de estrogênio ou hormônio do crescimento);
- Predisposição genética;
- Exposição excessiva ao fluoreto ou à vitamina A;
- Uso de determinados medicamentos (como retinoides);
- Histórico de cefaleias ou distúrbios endócrinos;
- Processos inflamatórios crônicos;
- Traumas repetitivos na região afetada;
- Condições degenerativas ou neurocognitivas.
Cada um desses fatores pode contribuir para o estímulo anormal de osteoblastos, as células responsáveis pela formação óssea, levando ao espessamento local do osso.
A hiperostose pode causar complicações?
Na maioria dos casos, a hiperostose é benigna e assintomática. No entanto, quando o crescimento ósseo é extenso ou ocorre em locais próximos a estruturas sensíveis, pode haver complicações.
Os principais sintomas, quando presentes, incluem dor local, sensação de rigidez, limitação de movimentos e, em situações mais avançadas, compressão de nervos ou vasos adjacentes.
Por isso, o acompanhamento médico periódico é essencial, permitindo monitorar a progressão das alterações ósseas, detectar precocemente eventuais complicações e garantir uma boa qualidade de vida, mesmo nos casos sem sintomas evidentes.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


