O câncer que afeta a região da virilha é grave?
O câncer que afeta a região da virilha é uma condição que merece atenção devido à sua complexidade e relação com outros tipos de tumores. Embora seja raro que um tumor primário se desenvolva diretamente nessa área, o aumento dos linfonodos inguinais pode indicar metástases de cânceres originados em outros locais do corpo, como testículos, pênis, canal anal, linfoma, próstata, bexiga ou pele (melanoma). A identificação precoce da causa do aumento dos linfonodos é essencial para um tratamento adequado.
O que é câncer “inguinal” ou na região da virilha?
O termo “câncer inguinal” é utilizado para descrever tumores que acometem os linfonodos da virilha. No entanto, é importante destacar que a maioria dos casos de linfonodomegalia inguinal (inchaço dos linfonodos) ocorre devido à propagação de cânceres primários de outras regiões do corpo. Entre os principais tipos de câncer que podem levar ao comprometimento dos linfonodos inguinais estão o câncer de pênis, câncer de testículo, canal anal, linfomas e melanomas.
Quais são os sintomas do câncer “inguinal”?
Os principais sinais e sintomas que podem indicar a presença de um câncer na região da virilha incluem:
- Presença de nódulo na virilha: um dos sinais mais comuns é o aparecimento de um caroço ou nódulo endurecido, que pode aumentar progressivamente de tamanho.
- Dor local: a região afetada pode apresentar dor ou sensação de desconforto, principalmente nos estágios avançados da doença.
- Sintomas sistêmicos: febre persistente, perda de peso não intencional e fadiga podem estar associados a tumores malignos.
- Complicações locais: em estágios avançados, o nódulo pode ulcerar, causando sangramentos e infecções secundárias.
A detecção precoce desses sintomas é fundamental para um prognóstico favorável.
Câncer inguinal masculino
Nos homens, o aumento dos linfonodos na virilha pode estar associado a diferentes tipos de câncer:
Câncer de pênis: o câncer de pênis pode se disseminar para os linfonodos inguinais. Os sintomas incluem lesões ulceradas ou nodulares no órgão genital, inflamação persistente, secreção purulenta, sangramento e odor fétido. A falta de higiene íntima e a infecção pelo HPV são fatores de risco conhecidos.
Câncer de testículo: é o tumor mais comum em homens jovens, entre 20 e 40 anos. Os sintomas incluem a presença de um nódulo endurecido no testículo, dor abdominal ou lombar nos estágios avançados e aumento dos linfonodos inguinais em casos metastáticos.
Linfomas: são cânceres do sistema linfático que podem causar linfonodomegalia inguinal. Esses tumores costumam se manifestar com nódulos indolores na virilha, acompanhados de sintomas sistêmicos como febre, sudorese noturna excessiva e perda de peso inexplicada.
Câncer anal: o câncer anal pode se disseminar para os linfonodos inguinais, especialmente nos estágios avançados da doença. Esse tipo de tumor está frequentemente associado à infecção pelo HPV e HIV e pode apresentar sintomas como dor anal persistente, sangramento retal, alteração do hábito intestinal, sensação de massa na região anal e secreção anormal.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer com envolvimento inguinal envolve uma combinação de avaliação clínica e exames complementares:
- Exame físico: avaliação da presença de linfonodos aumentados e sinais de inflamação.
- Exames de imagem: ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) ajudam na avaliação da extensão da doença.
- Biópsia: a amostra do linfonodo suspeito é coletada para análise histopatológica e confirmação da presença de células cancerígenas.
- Exames laboratoriais: marcadores tumorais específicos podem ser solicitados para auxiliar no diagnóstico.
Tratamento
O tratamento depende do tipo de câncer envolvido e do estágio da doença. As opções terapêuticas incluem:
- Cirurgia: remoção dos linfonodos afetados, especialmente em casos de câncer de pênis ou melanoma com metástase inguinal.
- Quimioterapia: utilizada para cânceres sistêmicos, como linfomas, e para casos de metástase de outros tumores responsivos à quimioterapia.
- Radioterapia: pode ser aplicada para reduzir tumores antes da cirurgia ou para eliminar células cancerígenas remanescentes.
A escolha do tratamento depende de fatores como o tipo de tumor, estadiamento da doença e condição clínica do paciente.
Nem todo aumento dos linfonodos inguinais está relacionado ao câncer. Infecções, doenças autoimunes e outras condições benignas também podem levar à linfonodomegalia. No entanto, quando os sintomas persistem ou há suspeita de malignidade, é fundamental buscar avaliação médica.
A detecção precoce e o tratamento imediato são cruciais para melhorar o prognóstico em casos de câncer que afetam a região inguinal.




