Você está em Oncologia D`Or
Você está em Oncologia D`Or

Colecistite aumenta a chance de ter câncer?

A colecistite é uma inflamação da vesícula biliar, um pequeno órgão localizado abaixo do fígado, responsável por armazenar a bile, substância essencial para a digestão das gorduras. Na maioria das vezes, essa inflamação ocorre devido à obstrução dos canais por onde a bile passa, geralmente por cálculos biliares, também conhecidos como pedras na vesícula.

Embora a colecistite seja uma condição tratável, muitos pacientes têm dúvida sobre um ponto importante: essa inflamação pode aumentar a chance de câncer? A preocupação é compreensível, especialmente quando o problema se torna crônico, já que a inflamação persistente pode alterar o funcionamento e a estrutura da vesícula ao longo do tempo.

Antes de detalhar essa relação, é essencial conhecer os tipos de colecistite e como eles se manifestam. É isso que veremos a seguir.

Quais são os tipos de colecistite?

A colecistite pode se apresentar de duas formas principais:

1. Colecistite aguda

É a forma mais frequente e costuma surgir de maneira súbita, geralmente causada pelo bloqueio do ducto cístico por cálculos. Essa obstrução impede a saída da bile, levando a uma inflamação intensa e a dor abdominal forte, principalmente no lado direito superior do abdômen. Em alguns casos, a evolução é rápida e pode exigir cirurgia de emergência.

2. Colecistite crônica

Ocorre quando há episódios repetidos de inflamação, geralmente em pessoas que convivem com pedras na vesícula por muitos anos. Esse processo contínuo provoca alterações na parede da vesícula, que se torna espessa e endurecida, um quadro conhecido como fibrose. Embora os sintomas possam ser leves ou até ausentes por longos períodos, o risco de complicações aumenta com o tempo.

É justamente a forma crônica da doença que mais desperta atenção quando o assunto é câncer de vesícula biliar. Processos inflamatórios prolongados podem favorecer alterações celulares que, em alguns casos, evoluem para tumores.

Existe relação entre colecistite e câncer?

Sim. Há uma relação reconhecida entre colecistite crônica, especialmente associada à presença prolongada de cálculos biliares e o câncer de vesícula biliar, chamado colangiocarcinoma.

A inflamação crônica repetida leva a danos na parede da vesícula e pode causar alterações celulares progressivas, como metaplasia e displasia, que são consideradas etapas preliminares para o desenvolvimento do câncer.

Já em relação ao câncer das vias biliares (colangiocarcinoma), a ligação é menos direta. A colecistite isolada não costuma ser causa desse câncer, mas condições que provocam inflamação prolongada das vias biliares podem favorecer o surgimento desses tumores. Isso pode ocorrer, por exemplo, em pessoas com cálculos impactados por longos períodos ou doenças concomitantes que afetam o sistema biliar.

É importante lembrar que nem toda pessoa com colecistite desenvolverá câncer. O risco está principalmente associado aos casos crônicos sem tratamento adequado e a fatores como tabagismo, consumo excessivo de álcool, obesidade, doenças hepáticas e histórico familiar de problemas biliares.

Leia também: Câncer na vesícula tem cura? Entenda o que é, sintomas e linhas de tratamento

Quais são os sinais de alerta para esses tipos de câncer?

O câncer das vias biliares costuma ser silenciosos no início, o que dificulta o diagnóstico precoce. Por isso, pessoas com colelitíase de longa data ou episódios repetidos de colecistite devem manter acompanhamento médico regular.
Os principais sinais de alerta incluem:

  • Icterícia (amarelão da pele e dos olhos)
  • Coceira intensa
  • Perda de peso inexplicável
  • Inchaço abdominal
  • Dor abdominal, especialmente no lado direito
  • Náuseas e vômitos
  • Febre
  • Fezes muito claras
  • Urina escura

Esses sintomas podem ocorrer em diversas doenças do sistema digestivo, mas sua persistência, especialmente em pessoas com histórico de problemas na vesícula, deve motivar uma avaliação médica. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de sucesso no tratamento.

Como prevenir complicações da colecistite?

A prevenção de complicações incluindo infecções graves, colecistite crônica e o aumento do risco de câncer depende de diagnóstico precoce e tratamento adequado. Quando a inflamação é identificada logo nos primeiros episódios, diminui-se de forma importante a possibilidade de evolução para quadros mais graves.

O tratamento padrão da colecistite, em muitos casos, é a colecistectomia, cirurgia que remove a vesícula biliar. A hospitalização e o uso de antibióticos também podem ser necessários, principalmente na forma aguda.

Além disso, a adoção de um estilo de vida saudável ajuda a reduzir o risco de novos episódios e complicações. Isso inclui alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, evitar sedentarismo, interromper o tabagismo, moderar o consumo de álcool e evitar automedicação.

Se precisar, pode contar com a Oncologia D’Or!

A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.

Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso às estruturas hospitalares mais modernas e aos avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.

Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.

Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim

Compartilhe este artigo