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Câncer de nasofaringe: sintomas, diagnóstico e tratamentos

O câncer de nasofaringe é um tipo raro de tumor maligno que se desenvolve na nasofaringe, a parte superior da garganta situada atrás do nariz e acima da parte posterior da boca. Essa região é responsável por conectar o nariz à garganta e permitir a passagem do ar que respiramos.

Esse tipo de câncer apresenta maior incidência em algumas áreas da Ásia, do norte da África e do Oriente Médio. Ele possui forte relação com a infecção pelo vírus Epstein–Barr (EBV), o mesmo que causa a mononucleose, além de envolver fatores genéticos, ambientais e hábitos alimentares específicos.

Apesar de surgir em uma área pequena e de difícil acesso, o câncer de nasofaringe pode se espalhar rapidamente para os gânglios linfáticos do pescoço e, em estágios mais avançados, para órgãos distantes. Por isso, é fundamental reconhecer seus sinais iniciais, entender como é feito o diagnóstico e conhecer as opções de tratamento disponíveis atualmente.

O que causa o câncer de nasofaringe?

A causa exata do câncer de nasofaringe ainda não é totalmente esclarecida, mas a infecção crônica pelo vírus Epstein–Barr (EBV) é considerada o principal fator associado ao seu desenvolvimento. O vírus pode causar alterações nas células da nasofaringe ao longo dos anos, aumentando o risco de transformação maligna.

Além do EBV, outros fatores associados incluem:

  • Predisposição hereditária, com maior risco entre familiares de primeiro grau;
  • Consumo frequente de alimentos conservados com sal, nitritos e compostos nitrosados, especialmente peixes e carnes salgadas;
  • Tabagismo;
  • Ingestão excessiva e frequente de bebidas alcoólicas;
  • Exposição prolongada a partículas, poeiras industriais, fumaças e poluentes do ar.

Quais são os sinais e sintomas?

O aparecimento de nódulos no pescoço é, de fato, uma das manifestações iniciais mais comuns do câncer de nasofaringe, já que o tumor frequentemente se espalha para os linfonodos cervicais nas fases iniciais.

Outros sinais e sintomas que podem ocorrer incluem:

  • Zumbido, sensação de ouvido tampado e/ou dor nos ouvidos;
  • Perda auditiva, geralmente em um dos lados;
  • Infecções repetidas no ouvido (otites de repetição);
  • Secreções nasais persistentes, sangue no nariz ou sangramentos nasais;
  • Dormência, formigamento ou inchaço no rosto;
  • Dor de cabeça persistente;
  • Dificuldade para abrir a boca (trismo), falar ou respirar.

É importante lembrar que esses sintomas não significam necessariamente a presença de câncer. No entanto, quando permanecem por semanas ou se manifestam de forma incomum, é essencial procurar avaliação médica. O diagnóstico precoce melhora significativamente as chances de sucesso no tratamento e reduz o risco de complicações mais graves.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do câncer de nasofaringe envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Como os sintomas iniciais são muitas vezes vagos ou semelhantes aos de infecções comuns, é comum que o paciente procure o médico após queixas persistentes relacionadas ao nariz, ouvidos ou garganta.

O processo diagnóstico geralmente inclui:

  • Avaliação clínica detalhada, com análise do histórico de sintomas e palpação do pescoço em busca de linfonodos aumentados.
  • Exame endoscópico da nasofaringe, que permite visualizar diretamente a região e identificar lesões suspeitas.
  • Biópsia da área alterada, que é fundamental para confirmar o diagnóstico.
  • Testes para EBV (Vírus Epstein–Barr).
  • Exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou PET-CT, para avaliar a extensão do tumor e verificar se houve disseminação para linfonodos ou outros órgãos.

Câncer nasofaríngeo tem cura?

Após o diagnóstico, é comum surgir a dúvida sobre a gravidade da doença e se o câncer de nasofaringe pode matar. A resposta é que esse tipo de câncer pode ter cura, especialmente quando identificado precocemente e tratado de forma adequada.

As chances de recuperação completa variam conforme:

  • o estágio da doença no momento do diagnóstico;
  • o subtipo do tumor;
  • a resposta individual ao tratamento;
  • a saúde geral do paciente.

Por outro lado, quando não tratado de maneira apropriada, o câncer de nasofaringe pode progredir, gerar metástases e, infelizmente, levar ao óbito. Ainda assim, com os avanços terapêuticos das últimas décadas, muitos pacientes conseguem passar pelo tratamento com bons resultados, o que melhora a expectativa e a qualidade de vida.

Quais são os tratamentos disponíveis?

O tratamento do câncer de nasofaringe é definido de forma individualizada, considerando o tipo e o estágio do tumor, bem como as condições gerais do paciente. As principais modalidades de tratamento incluem:

  • Radioterapia, que é o tratamento principal na maioria dos casos, já que o tumor é sensível à radiação e a região é de difícil acesso cirúrgico;
  • Quimioterapia, frequentemente associada à radioterapia (quimiorradioterapia), principalmente nos estágios mais avançados;
  • Cirurgia, indicada apenas em situações específicas, como persistência de doença em linfonodos após tratamento inicial ou casos selecionados em que o tumor permite abordagem cirúrgica, embora isso seja menos comum.

Além do tratamento oncológico, o acompanhamento multidisciplinar é essencial. Nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, dentistas e psicólogos desempenham papéis fundamentais para reduzir efeitos colaterais, preservar funções importantes e melhorar a qualidade de vida durante e após o tratamento

Se precisar, pode contar com a Oncologia D’Or!

A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.

Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso às estruturas hospitalares mais modernas e aos avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.

Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.

Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim

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