Nos exames laboratoriais, é comum aparecerem termos pouco conhecidos, como a sinaptofisina. Quando esse nome surge em um laudo acompanhado da palavra “positivo”, é natural que surjam dúvidas e até preocupações. Para compreender o que esse resultado realmente indica, é importante entender o que é a sinaptofisina, por que o exame é solicitado e como interpretar corretamente os achados.
O que é a sinaptofisina?
A sinaptofisina é uma glicoproteína presente nas vesículas sinápticas dos neurônios, estruturas responsáveis pela comunicação entre as células nervosas. Além do sistema nervoso, essa proteína também está presente em células neuroendócrinas, que possuem características tanto de células nervosas quanto de células produtoras de hormônios.
Na prática médica, a sinaptofisina é utilizada como marcador imunohistoquímico. Isso significa que, ao analisar uma amostra de tecido no microscópio, o patologista pode recorrer a esse marcador para identificar a presença de células com diferenciação neuroendócrina.
Esse recurso é especialmente importante no diagnóstico de tumores neuroendócrinos, que podem surgir em diferentes órgãos, como pulmões, pâncreas, intestinos e glândulas suprarrenais.
Para que serve o exame de sinaptofisina?
O exame é geralmente realizado em amostras de biópsia, usando anticorpos específicos para detectar a proteína. Sua principal função é auxiliar no diagnóstico e na caracterização de tumores de origem neuroendócrina, como:
- Tumores carcinoides
- Feocromocitomas
- Neuroblastomas
- Carcinoma de pequenas células do pulmão
Além de identificar esses tumores, o exame de sinaptofisina também ajuda a diferenciá-los de outros que não apresentam essa proteína, contribuindo para o diagnóstico preciso e para a escolha da melhor estratégia terapêutica.
O que significa um resultado positivo?
Quando o resultado é positivo, isso indica que a proteína foi identificada nas células analisadas. Em termos práticos, significa que o tecido apresenta características neuroendócrinas ou neurais.
Na maioria das vezes, esse resultado aparece em exames feitos para investigar lesões suspeitas, como nódulos ou massas observadas em exames de imagem.
Resultados positivos sempre significam câncer?
Não necessariamente. A presença de sinaptofisina não confirma, por si só, a existência de câncer. Esse marcador apenas indica que o tecido tem diferenciação neuroendócrina, o que pode ocorrer tanto em tumores malignos quanto em lesões benignas.
Por isso, o exame de sinaptofisina deve ser sempre interpretado em conjunto com outros testes laboratoriais, exames de imagem e avaliação clínica do paciente.
Leia também: Diferença entre tumor maligno e benigno
Quais exames complementares podem ser solicitados?
Para aumentar a precisão do diagnóstico, o médico pode solicitar exames adicionais, como:
- Outros marcadores imunohistoquímicos, como cromogranina A e CD56;
- Exames hormonais (em casos de suspeita de tumores funcionantes);
- Métodos de imagem, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Esses exames ajudam a confirmar o tipo de tumor, avaliar sua extensão e definir o tratamento mais adequado.
Qual especialista solicita e interpreta o exame de sinaptofisina?
A solicitação pode ser feita por diferentes especialistas, como oncologistas, endocrinologistas ou neurologistas, dependendo do quadro clínico. Entretanto, a análise do material e a emissão do laudo são realizadas por um médico patologista, responsável por avaliar o tecido ao microscópio e interpretar os resultados da imunohistoquímica.
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Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


