Tumor de Klatskin: o que é, sintomas e tratamento
O tumor de Klatskin, também conhecido como colangiocarcinoma perihilar, é um tipo raro e agressivo de câncer que afeta os ductos biliares hepáticos, especificamente na região onde os canais biliares direito e esquerdo se unem para formar o ducto hepático comum. Esse local é conhecido como hilo hepático, uma área anatomicamente complexa que também abriga a artéria hepática e a veia porta, estruturas vitais para o funcionamento do fígado.
O que é tumor de Klatskin?
O tumor de Klatskin é um subtipo de colangiocarcinoma, caracterizado pelo seu surgimento na bifurcação dos ductos biliares intra-hepáticos. Ele é o tipo mais comum de colangiocarcinoma, correspondendo a aproximadamente 50% a 70% dos casos dessa neoplasia. O tumor se origina nas células epiteliais dos ductos biliares, que são responsáveis pelo transporte da bile produzida no fígado para o intestino delgado. Sua progressão é variável, mas a diagnóstico geralmente ocorre em estágios avançados devido à sua localização e ao curso assintomático inicial.
Sintomas do tumor de Klatskin
Os sintomas do tumor de Klatskin são frequentemente inespecíficos e podem se assemelhar a outras doenças hepáticas. Os principais sinais incluem:
Icterícia: coloração amarelada da pele e dos olhos devido à obstrução dos ductos biliares, impedindo o fluxo normal da bile.
Prurido: coceira intensa, associada à acumulação de sais biliares na pele.
Perda de peso: redução significativa do peso corporal, geralmente devido à perda de apetite e ao impacto sistêmico do tumor.
Dor abdominal: dor na região superior do abdômen, geralmente difusa e progressiva.
(Fadiga: sensação de cansaço generalizado, frequentemente associada a doenças oncológicas.
Descoloração das fezes e urina: fezes esbranquiçadas (acólicas) e urina escura devido à redução ou ausência de bile no trato digestivo..
Tumor de Klatskin em fase terminal
O tratamento do tumor de Klatskin é desafiador devido à sua localização próxima a estruturas hepáticas vitais. As opções terapêuticas incluem:
Cirurgia: Ressecção cirúrgica é o único tratamento potencialmente curativo, mas só é viável em estágios iniciais, quando o tumor ainda não avançou para estruturas adjacentes. Muitas vezes, pode ser necessária a hepatectomia parcial para remoção completa do tumor.
Quimioterapia e Imunoterapia: Utilizadas para reduzir o tamanho do tumor e para controle da doença em casos inoperáveis. Os esquemas mais comuns incluem agentes como gemcitabina e cisplatina.
Transplante de fígado: Pode ser uma opção em casos bem selecionados, particularmente em tumores não ressecáveis, desde que o paciente atenda aos critérios rigorosos estabelecidos pelos protocolos de transplante hepático.
Derivação biliodigestiva: Procedimento paliativo para aliviar a obstrução biliar, promovendo melhora dos sintomas, como icterícia e prurido. Pode ser feita cirurgicamente ou por meio da colocação de stents biliares.
Embora o tumor de Klatskin seja uma neoplasia rara e de prognóstico reservado, avanços na medicina têm permitido melhorias significativas no manejo da doença. A detecção precoce e um plano de tratamento individualizado são fundamentais para otimizar os desfechos e melhorar a sobrevida dos pacientes.




