
Geriatria Oncológica
A geriatria oncológica é a especialidade que cuida de idosos com câncer por meio de uma avaliação multidimensional que considera saúde física, emocional, funcional e social para oferecer um tratamento individualizado e humanizado.
O que é geriatria oncológica?
Geriatria oncológica, ou oncogeriatria, é uma subespecialidade que integra oncologia e geriatria para atender idosos com câncer. Não se baseia apenas na idade cronológica (geralmente ≥ 60–65 anos), mas considera a complexidade individual desses pacientes. A avaliação multiprofissional inclui fatores como comorbidades, fragilidade, cognição, capacidade funcional e suporte social, permitindo um tratamento verdadeiramente centrado no paciente.
De quais doenças esta especialidade cuida?
A geriatria oncológica não trata necessariamente de tipos específicos de câncer, mas de pacientes idosos com câncer, independentemente da localização da doença. Contudo, vale destacar os cânceres mais prevalentes nessa faixa etária:
Quais são os principais desafios da geriatria oncológica?
Os idosos com câncer enfrentam desafios específicos, como:
- Fragilidade física e perda de massa muscular;
- Problemas cognitivos, emocionais e nutricionais podem reduzir a adesão ao tratamento;
- Os efeitos adversos da quimioterapia e radioterapia são mais intensos nesta parcela da população;
- Perda de apetite, dificuldade de deglutição, alterações no paladar.
Como é definido o tratamento na geriatria oncológica?
A definição do tratamento para o idoso com câncer exige uma abordagem individualizada e criteriosa, baseada na Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). Esta avaliação é essencial para identificar condições clínicas, funcionais, cognitivas e sociais que impactam diretamente na escolha da melhor estratégia terapêutica, sempre em diálogo com o paciente e sua família.
Diversos aspectos são analisados durante a AGA, entre eles:
- Estado nutricional: avaliação de deficiências, perda de peso e risco de desnutrição;
- Cognição: identificação de alterações de memória, demência ou comprometimento cognitivo leve;
- Estado emocional: detecção de sintomas de depressão, ansiedade ou outras alterações de humor;
- Polifarmácia: análise detalhada dos medicamentos em uso e dos riscos de interações medicamentosas;
- Risco de quedas: avaliação do equilíbrio, força muscular e histórico de quedas;
- Comorbidades: presença de doenças crônicas pré-existentes, como hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca, entre outras;
- Capacidade funcional: verificação da autonomia nas atividades da vida diária (como higiene pessoal, alimentação e locomoção) e nas atividades instrumentais (como uso de telefone, gerenciamento de finanças e medicamentos).
Com base nessa análise abrangente, a equipe multidisciplinar consegue adaptar o plano de tratamento oncológico às condições e necessidades reais do paciente, equilibrando eficácia, segurança e qualidade de vida.