Curva Glico-insulinica
Sinônimos
- Curva Glicêmica-Insulinêmica
- Teste de Curva Glicose-Insulina
- Dosagem Pareada em Curva da Glicose e Insulina
O que é o exame de curva glicêmica?
O exame de curva glicêmica, também conhecido como teste oral de tolerância à glicose (TOTG), é um procedimento laboratorial utilizado para avaliar como o corpo responde à ingestão de glicose ao longo de um determinado período. Em gestantes, ele é fundamental para diagnosticar o diabetes gestacional, uma condição em que os níveis de açúcar no sangue se elevam durante a gravidez, podendo causar complicações tanto para a mãe quanto para o bebê. Por meio da curva glicêmica, o médico consegue observar como o organismo metaboliza o açúcar após a ingestão de uma carga padronizada de glicose.
Para que serve o exame de curva glicêmica?
O exame serve para identificar distúrbios no metabolismo da glicose, como diabetes mellitus, pré-diabetes e resistência à insulina. Ele é fundamental para diagnosticar casos em que o organismo não processa adequadamente o açúcar ingerido, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Além de ser essencial no diagnóstico de diabetes gestacional, também é utilizado na investigação de risco metabólico, prevenção de diabetes tipo 2 e avaliação da resistência à insulina, condição que pode levar ao desenvolvimento de síndrome metabólica e outras complicações de saúde.
Com quantas semanas se faz o exame de curva glicêmica?
Geralmente o exame é realizado entre a 24ª e a 28ª semana de gestação, período em que os hormônios da placenta começam a interferir de forma mais significativa na ação da insulina. Entretanto, se a gestante apresentar fatores de risco como histórico familiar de diabetes, sobrepeso, hipertensão ou diagnóstico de diabetes gestacional em gestações anteriores, o médico pode solicitar o exame em uma fase mais precoce da gravidez.
Quanto tempo de jejum é necessário para fazer o exame?
Para garantir a precisão dos resultados, a gestante precisa estar em jejum absoluto de pelo menos 8 horas antes de iniciar o exame. Esse jejum deve incluir a suspensão completa de qualquer alimento e bebida, com exceção de água, que pode ser consumida com moderação. O jejum mais comum recomendado é entre 8 a 12 horas. O ideal é conversar com o laboratório para confirmar a exigência exata de jejum antes do exame.
Como funciona e como é feito o exame de curva glicêmica?
O exame é realizado em laboratório e dura cerca de duas a três horas. Inicialmente, é coletada uma amostra de sangue em jejum para medir a glicemia basal. Em seguida, o paciente ingere um líquido que contém 75 gramas de glicose diluída em água, que tem um sabor bastante doce e pode causar náuseas em algumas pessoas. Após a ingestão, são feitas novas coletas de sangue após 1 hora e depois de 2 horas, totalizando três coletas. Durante esse período, o paciente deve permanecer no laboratório, em repouso, sem se alimentar e evitando esforços físicos.
Quais são os valores normais no exame de curva glicêmica?
Valores de referência da curva glicêmica:
Para a população geral (adultos):
Jejum: menor que 100 mg/dL (normal); entre 100-125 mg/dL (glicemia de jejum alterada); 126 mg/dL ou mais (diabetes).
Após 2 horas: menor que 140 mg/dL (normal); entre 140-199 mg/dL (intolerância à glicose); 200 mg/dL ou mais (diabetes).
Para gestantes (diagnóstico de diabetes gestacional – critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia):
Jejum: menor que 92 mg/dL.
Após 1 hora: menor que 180 mg/dL.
Após 2 horas: menor que 153 mg/dL.
O que significa quando a curva glicêmica está alterada?
Quando a curva glicêmica está alterada, significa que o organismo da gestante está apresentando dificuldade em metabolizar a glicose adequadamente, levando à elevação dos níveis de açúcar no sangue. Isso pode indicar a presença de diabetes gestacional, uma condição que exige acompanhamento rigoroso, controle da dieta, prática de atividades físicas adequadas e, em alguns casos, uso de insulina ou outros medicamentos. A alteração na curva glicêmica não significa necessariamente um risco imediato, mas é um sinal de alerta que precisa ser avaliado com atenção para proteger a saúde materna e fetal.
Quais são os efeitos colaterais do exame de curva glicêmica?
Embora seja considerado seguro, o exame pode causar alguns efeitos colaterais leves em algumas gestantes. Os mais comuns incluem náuseas, sensação de enjoo, tontura, dor de cabeça, fraqueza e até vômitos, especialmente após a ingestão do líquido açucarado. Isso ocorre porque a alta concentração de glicose pode ser difícil de tolerar, especialmente para mulheres que já apresentam enjoos intensos durante a gravidez. Esses sintomas geralmente desaparecem após o término do exame, mas em casos de vômito antes das coletas pode ser necessário remarcar o teste.
O exame de curva glicêmica faz mal para o bebê?
Não. O exame é seguro tanto para a gestante quanto para o bebê. A ingestão de glicose durante o teste não representa risco à saúde fetal. Na verdade, identificar e tratar precocemente o diabetes gestacional é essencial para prevenir complicações como crescimento fetal excessivo, parto prematuro, dificuldades respiratórias no recém-nascido, hipoglicemia neonatal e risco aumentado de obesidade infantil. Por isso, realizar o exame é uma atitude preventiva em favor da saúde do bebê.
Toda gestante precisa fazer o exame de curva glicêmica?
Embora não seja obrigatório para todas as gestantes, o exame é altamente recomendado como parte do pré-natal, especialmente entre a 24ª e 28ª semana. Mesmo mulheres sem fatores de risco podem desenvolver diabetes gestacional, e por isso os profissionais de saúde costumam solicitá-lo como uma medida preventiva. Em casos raros, se a gestante apresentar histórico de bons resultados em gestações anteriores e ausência total de fatores de risco, o obstetra pode optar por não solicitar o exame, mas essa é uma exceção.
Posso trabalhar normalmente depois do exame de curva glicêmica?
A possibilidade de retornar ao trabalho após o exame depende da reação individual da gestante. Algumas mulheres sentem-se bem e conseguem seguir com suas atividades normais, mas muitas relatam mal-estar, fraqueza, tontura ou enjoos após o teste. Por isso, é aconselhável agendar o exame para um dia em que seja possível descansar após o procedimento, evitando compromissos importantes ou atividades que exijam esforço físico ou concentração intensa.
Gestante pode ir sozinha ao exame?
A gestante pode ir sozinha realizar o exame, contudo não é recomendado. Como o teste pode provocar desconfortos como tontura, fraqueza e náuseas, é preferível estar acompanhada caso precise de ajuda para voltar para casa ou mesmo durante o exame. Algumas clínicas solicitam que a gestante esteja acompanhada, diante das possíveis reações adversas.
O que comer antes do exame?
Nos dias que antecedem o exame, é importante manter uma alimentação equilibrada, com presença de carboidratos, proteínas, frutas e vegetais. Não é recomendado fazer dietas restritivas, pois isso pode interferir no resultado. No dia do exame em si, é fundamental seguir o jejum de 8 a 12 horas sem consumir absolutamente nada, exceto água. Qualquer ingestão de alimento ou bebida (incluindo café ou chá) pode invalidar o exame.
Pode beber água antes ou durante o exame?
Sim, a água está liberada antes e durante o exame, desde que em quantidade moderada. Manter-se hidratada é inclusive recomendado, pois ajuda a amenizar o desconforto causado pelo jejum e pela ingestão da glicose. No entanto, é importante evitar exageros ou bebidas com sabor, pois apenas água pura é permitida.
Dicas para não vomitar durante o exame de curva glicêmica
Uma dica importante é dormir bem na noite anterior ao exame e evitar chegar em jejum prolongado além do necessário. Ao chegar ao laboratório, informe-se se o líquido pode ser ingerido bem gelado, pois isso costuma ajudar a reduzir a sensação de enjoo. Após tomar a glicose, permaneça sentada e evite se movimentar excessivamente. Levar fones de ouvido com música tranquila ou alguma distração pode ajudar a passar o tempo e reduzir a ansiedade. Se você já tem histórico de vômitos com o exame, informe o laboratório com antecedência.
Quando é considerado diagnóstico de diabetes gestacional na curva glicêmica?
O diagnóstico de diabetes gestacional é confirmado quando qualquer um dos seguintes valores é atingido ou ultrapassado: glicemia em jejum igual ou superior a 92 mg/dL, glicemia 1 hora após a ingestão da glicose igual ou superior a 180 mg/dL, ou glicemia 2 horas após a ingestão da glicose igual ou superior a 153 mg/dL. Não é necessário que os três valores estejam alterados — apenas um valor acima já é suficiente para confirmar o diagnóstico, de acordo com os critérios adotados pelas principais entidades de saúde.
A Rede D’Or é a maior rede de saúde do Brasil. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Paraná, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
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O Richet Medicina & Diagnóstico, fundado em 1947, faz parte da Rede D’Or, contando com diversas unidades de atendimento ambulatorial e processando as amostras de testes mais complexos, que são coletadas nos hospitais e centros médicos da Rede D’Or. A instituição possui acreditação do PALC (Programa de Acreditação para Laboratórios Clínicos) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) e também do CAP (College of American Pathologists).
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