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O álcool é a droga mais popular e de fácil acesso no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, o alcoolismo atinge 12% dos adultos brasileiros e está presente em 90% dos casos de morte por uso de drogas associadas. No mundo, mata mais que a AIDS, a tuberculose e a malária, fazendo cerca de 2,5 milhões de vítimas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O alcoolismo é uma doença crônica e sem cura, mas que pode ser tratada e prevenida. Causa crises de abstinência e pode levar a doenças mais graves como doenças cardiovasculares, o acúmulo de gordura no fígado, hepatite alcoólica, cirrose hepática, deficiências graves de vitaminas, tuberculose, pneumonia, gastrite, gastroenterite, pancreatite e cânceres diversos. Isso sem considerarmos o alto risco de acidentes que colocam em risco não só o alcoólatra, mas também pessoas que estão ao seu redor.
Reconhecer o abuso do uso de álcool como doença é difícil, pois sendo uma droga de venda livre, o consumo de bebidas é largamente incentivado e associado ao prazer, à diversão e, muitas vezes, ao sucesso. Mas os efeitos vão além das primeiras sensações de desinibição e torpor.
A partir do momento que o álcool entra no organismo, começa uma batalha para a sua eliminação. Uma pessoa adulta saudável, com cerca de 70Kg, é capaz de processar de cinco a 10 gramas de álcool por hora. O metabolismo no fígado é responsável por até 98% da eliminação da substância e o resto é eliminado pelos rins, pulmões e pele.
Mas apenas um drink contém aproximadamente 15 gramas de álcool, e mesmo que apenas uma dose seja consumida por hora, o corpo não é capaz de eliminar a substância, e daí surge a intoxicação.
Em pequenas quantidades, o álcool eleva a produção de dopamina, proporcionando uma sensação de bem estar. Mas quando o consumo passa a incomodar outras pessoas, gera culpa ou exige a ingestão de uma dose a mais para evitar a ressaca, está dado o alerta de que o consumo passou a ser excessivo e pode causar dependência física e mental.
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