A glândula parótida é a maior entre as glândulas salivares e está localizada logo à frente das orelhas, em ambos os lados do rosto. Sua função principal é produzir saliva, essencial para a digestão dos alimentos, a proteção dos dentes e a manutenção da umidade da boca.
O câncer de parótida é um tumor maligno que se desenvolve nessa glândula. Embora seja considerado raro, pode apresentar comportamento lento ou agressivo, dependendo do tipo celular envolvido. Entre todos os cânceres de cabeça e pescoço, os tumores malignos de glândulas salivares correspondem a cerca de 3% a 5% dos casos, sendo a parótida a glândula mais frequentemente acometida.
O que causa o câncer de parótida?
As causas exatas ainda não são totalmente compreendidas, mas alguns fatores estão associados a maior risco de desenvolver esse tipo de tumor:
- Exposição prévia à radiação, seja por tratamentos na região da cabeça e pescoço, seja por exposição ocupacional.
- Tabagismo, que aumenta o risco de tumores de glândulas salivares, especialmente carcinoma mucoepidermoide.
- Infecções virais, como vírus Epstein-Barr (EBV), associado a subtipos específicos de tumores, e HPV, cuja relação ainda é estudada.
- Fatores genéticos e histórico familiar, embora menos comuns.
É importante destacar que muitas pessoas com câncer de parótida não apresentam fatores de risco identificáveis.
Quais são os sinais e sintomas?
O sintoma mais típico é a presença de um caroço ou inchaço na região da parótida, geralmente percebido abaixo ou à frente da orelha. Em muitos casos, o nódulo cresce de forma lenta e indolor, dificultando a identificação precoce.
Quando o tumor progride ou invade estruturas vizinhas especialmente o nervo facial, que atravessa a glândula outros sinais podem surgir:
- Dor local, podendo irradiar para o ouvido ou mandíbula;
- Dormência ou formigamento facial;
- Fraqueza ou paralisia de um lado da face;
- Assimetria facial;
- Dificuldade para mastigar ou engolir;
- Linfonodos aumentados no pescoço.
Alterações persistentes devem sempre ser avaliadas por um médico especialista.
Como é feito o diagnóstico?
A biópsia é essencial para confirmar o diagnóstico e identificar o tipo de tumor. Antes disso, exames de imagem ajudam na avaliação da lesão:
- Ultrassonografia da glândula;
- Ressonância magnética, útil para determinar extensão, relação com o nervo facial e estruturas profundas;
- Tomografia computadorizada, em casos selecionados;
- PET-CT, quando há suspeita de doença avançada ou metástases.
Esses exames auxiliam no planejamento do tratamento e no estadiamento da doença.
Câncer de parótida tem cura?
Sim. O câncer de parótida pode ter cura, especialmente quando diagnosticado em estágios iniciais e tratado de forma adequada. O prognóstico depende de fatores como:
- tipo histológico do tumor;
- grau de agressividade;
- tamanho e extensão da lesão;
- comprometimento do nervo facial;
- presença de metástases;
- saúde geral do paciente.
Tumores de baixo grau têm melhores taxas de cura, enquanto tumores de alto grau ou avançados exigem abordagens mais complexas.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento costuma ser multidisciplinar, mas a principal terapia é a cirurgia.
Parotidectomia
A cirurgia consiste na remoção parcial ou total da glândula parótida, preservando o nervo facial sempre que possível. Em casos de invasão do nervo, pode ser necessária sua reconstrução.
Se houver suspeita de disseminação, linfonodos do pescoço também podem ser retirados.
Radioterapia
Pode ser indicada como tratamento complementar após a cirurgia, especialmente em tumores agressivos, margens comprometidas ou invasão perineural. Em tumores inoperáveis, pode ser usada como tratamento principal.
Quimioterapia
Não é o tratamento inicial na maioria dos casos, mas pode ser utilizada em tumores avançados, metastáticos ou de crescimento rápido, geralmente como parte de uma abordagem combinada.
Suporte multidisciplinar
Inclui psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, importantes para:
- reabilitação funcional,
- recuperação da mobilidade facial,
- manejo de dor,
- melhora da qualidade de vida.
Se precisar, pode contar com a Oncologia D’Or!
A Oncologia D’Or transforma o cuidado com o câncer por meio de uma rede integrada de clínicas e centros de tratamento presentes em diversos estados do país. Com um corpo clínico especializado e equipes multidisciplinares dedicadas, proporcionamos uma jornada de atendimento que une tecnologia avançada, diagnóstico ágil e tratamentos personalizados.
Como parte da Rede D’Or, a maior rede de saúde da América Latina, garantimos acesso a estruturas hospitalares modernas e avanços científicos que fazem a diferença na vida dos pacientes.
Nosso compromisso é oferecer excelência, conforto e segurança em todas as etapas do tratamento oncológico, promovendo saúde e qualidade de vida.
Revisor científico
Dra. Fernanda Frozoni Antonacio
Oncologista Clínica
Rede D’or – Hospital Vila Nova Star e Hospital São Luiz Itaim


