Dependendo do tipo de cirurgia, da complexidade do procedimento e do estado geral de saúde do paciente, o tempo de recuperação pode variar significativamente.
Como funciona o pós-operatório imediato?
Logo após a cirurgia, o paciente é encaminhado para a sala de recuperação, onde ficará sob observação até que os efeitos da anestesia passem. Durante esse período, é monitorada a pressão arterial, a frequência cardíaca e a respiração, para garantir que está se recuperando de forma adequada.
Em alguns casos, como em cirurgias abdominais ou cerebrais, o paciente pode ser transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Esse monitoramento intensivo visa assegurar uma recuperação inicial sem complicações.
Qual o tempo de recuperação?
O tempo de recuperação varia de acordo com o tipo de cirurgia. Em cirurgias menores, o paciente pode voltar para casa em poucos dias, enquanto em procedimentos mais complexos, como uma mastectomia radical ou uma ressecção de tumor gastrointestinal, o período de internação pode se estender por mais de uma semana.
Além disso, fatores como a idade do paciente, a presença de outras doenças (comorbidades) e a capacidade do corpo de cicatrizar também influenciam o tempo total de recuperação. Em média, a recuperação completa pode levar de seis a oito semanas, mas não necessariamente internado, embora algumas cirurgias possam exigir períodos mais longos para que o paciente retome suas atividades normais.
Cuidados em casa após cirurgia oncológica
Uma vez em casa, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações médicas para evitar complicações, como infecções ou rompimento dos pontos cirúrgicos. Entre os cuidados mais comuns, estão:
Higiene: manter o local do corpo onde foi realizada a cirurgia limpo e seco é fundamental. Dependendo do tipo de sutura, o médico pode recomendar o uso de soluções antissépticas ou apenas lavagem com água e sabão neutro.
Dieta: seguir uma dieta balanceada, rica em proteínas e vitaminas, auxilia no processo de cicatrização. Em alguns casos, pode ser necessário ajustar a dieta para evitar alimentos que possam irritar o trato digestivo, especialmente após cirurgias abdominais.
Movimentação: é importante que o paciente se movimente, mesmo que de forma limitada, para evitar complicações pós-cirúrgicas, como trombose venosa profunda. No entanto, deve-se evitar esforços físicos intensos, como levantar peso ou realizar atividades que possam forçar a área operada.
Medicação: o uso de medicamentos prescritos, como analgésicos e antibióticos, deve ser seguido à risca. Em caso de dor intensa ou febre, deve-se entrar em contato com o médico para uma avaliação mais detalhada.
Sinais de alerta após cirurgia oncológica
Durante o período de recuperação, alguns sinais devem ser observados com atenção, pois podem indicar complicações. Entre eles:
- Vermelhidão, inchaço ou calor ao redor da área cirúrgica;
- Drenagem de líquido ou pus pela ferida;
- Febre persistente;
- Dor intensa ou que não melhora com o uso de analgésicos;
- Dificuldade para respirar ou dor no peito (que pode indicar problemas como embolia pulmonar).
Caso o paciente observe algum desses sintomas, deve procurar atendimento médico imediatamente.
Retorno às atividades cotidianas
O retorno às atividades normais deve ser gradual e supervisionado pelo médico. Atividades físicas, como caminhadas leves, são incentivadas a partir da segunda ou terceira semana, conforme a recuperação progride. Já a retomada do trabalho e de exercícios mais intensos pode ser liberada após seis semanas ou mais, dependendo da cirurgia e do estado de saúde do paciente.
O acompanhamento médico regular no pós-operatório é essencial para monitorar o processo de recuperação e detectar precocemente qualquer complicação. Consultas de retorno são agendadas para avaliar a cicatrização, retirar pontos (quando necessário) e discutir os próximos passos do tratamento do câncer, que pode incluir quimioterapia, radioterapia ou outros tratamentos adjuvantes.




